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janeiro 05, 2005


I miss London

Em breve fará 7 meses que voltei de Londres. Para trás ficaram quase 6 anos a viver a vida louca, a descobrir novas paisagens, a conhecer novas culturas e a desmistificar a fleuma dos British.

Sejamos sinceros, Londres não é assim tão, tão fantástico. Existem demasiados bêbados nas ruas, demasiados "thugs", as mulheres Inglesas são umas desenxabidas, os homens uns ignorantes e isto para não falar do tempo. No entanto, o que salva Londres, esta Meca dos Citizen of the world é justamente isso: a sua personalidade enquanto cidade. Uma cidade vasta com cerca de 50 milhões de habitantes provenientes de todas as partes do mundo, onde diariamente se fala cerca de 1,250 dialectos, onde os hipermercados estão abertos 24 horas, onde em cada bairro existe um bocado do mundo, uma cidade viva, agitada e ao mesmo tempo tranquila e calorosa.
Foi o inglês Samuel Johnson que disse a célebre frase que todo o Londrino - que se preze - sabe de cor: "When a man is tired of London, he is tired of life; for there is in London all that life can afford."

Oh Yes, I miss London.
Tenho saudades de ir à National Gallery e sentar-me em frente do meu quadro preferido.
Tenho saudades do National History Museum.
Tenho saudades de Greenwich e do Cutty Sark.
Tenho saudades da Edi, da Nagwa, da Naomi, da Elsa e da kim.
Tenho saudades das Pub night com o/as motards.
Tenho muitas saudades dos "Gatherings" com os bruxos e as bruxas.
Tenho saudades das livrarias e das lojas mágicas.
Tenho saudades do aquecimento central.
I miss London...

Tenho saudades de entrar numa loja e ser atendida com eficiência. Não ter que esperar que a Sra. da papelaria acabe de contar à vizinha, a história da Ela - que morreu assim de repente e deixou duas crianças pequenas e ainda por cima a mãe d´Ela também é doente e marido não serve, é um inútil. Nunca se pude contar com ele para nada. Mas, não é de admirar, coitada Ela não tinha sorte nenhuma. - Para eu poder pagar o meu jornal (quando há) e vir-me embora.

Tenho saudades do brio profissional das pessoas. Não ter que dar luvas brancas; laranjas ou vinho da quinta; para ser melhor atendida num qualquer serviço público ou conseguir que o nosso projecto seja aprovado.

Tenho saudades de quando as reuniões começavam às horas marcadas. Não ter que esperar, sei lá quantos cigarros, para ser atendida numa reunião onde se esqueceram que eu ia e para a qual não estavam preparados.

Tenho saudades das estradas sem remendos. Não ter que pensar em transformar a minha Cruiser numa MotoCross só para enfrentar o trilho das estradas ou pagar com o cabelo uns amortecedores novos.

Tenho saudades do respeito ao próximo e da consciência social. Isso sim, é o verdadeiro ponteiro do grau de desenvolvimento de um país.

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