Queria ter-te esta noite e amanhã, todas as noites, no meu quarto, na minha cama, nos meus braços. Em qualquer sitio, de qualquer maneira, desde que seja comigo, desde que seja na minha boca, à mercê das minhas mãos.
Dizem-me que viajo nas palavras, no vento das emoções, na esperança que eu própria crio para mim, para ti, para nós.
Dizem-me que crio expectativas, uma imagem, um desejo que persigo todas as manhãs ao acordar, todos os momentos quando sonho contigo: acordada ou a dormir à meia-luz de umas velas que insistem em esperar por ti, de uma língua que persiste em percorrer as tuas costas, as tuas curvas, o teu regaço, a rotunda dos teus sensíveis mamilos.
Dizem-me que persigo o que provavelmente não existe, que persigo a Lua e a maré cheia do meu, do nosso amor, viciada no teu perfume, na tua pele de veludo, no teu corpo de Golfinho que aperto quando me mandas, quando exiges que o meu corpo se funda no teu como um só, como um ser total unido de coração e alma. Como um ser que encontrou o porto seguro para voltar, partir e ficar... nos gemidos que quebram a geada da noite, no silêncio que extende a madrugada.
Esta noite de quase Lua cheia, a tua presença era fundamental.Queria falar-te do que me é essencial, do que quero e não tenho, do que não quero e tenho, das seguranças e das inseguranças, porque como mulher fico feliz quando encontro em outra a perfeição que me falta.
Ahh, minha Deusa, como este dia que agora nasce era tão nosso, tão meu para dar e mostrar-te como os meus ventos são aqueles que a tua vela precisa, como o teu leme é a direcção que o meu barco necessita. Não tenho que conhecer-te a fundo do ser para sentir que o teu coração é o facho, o fogo que me faz arder e transformar numa Fénix a cada beijo teu, onde renasço e morro a cada suspiro. Em todo o transpirar, em uníssono as minhas asas são mais vigorosas e a minha vontade mais viril, num cosmo onde o meu e o teu universo renascem a cada beijo, língua a língua, pele na pele rente à minha e tua alma sedenta de vontade.
Enche-me o peito de arrepios quentes e fatais cada memória, cada recordar do meu toque na tua pele, cada memória das tuas mãos a arranhar os lençoís da tua cama, feita de sons do mar e de areia quente de um qualquer sol de Agosto.
Chegaste até mim lentamente, trazendo adágios vestidos de sensualidade e respirando ansiedades minhas. Duas e quatro palavras tuas foram as certas e certeiras nos meus anseios, cantas-me uma música que eu já sei de letra e mesmo assim baixo as minhas defesas e deixo-me preencher pelos ecos dos teus desejos, pelas palavras da tuas certezas que são os meus sonhos, meus desejos, ar que respiro para viver uma vida plena.
Hoje o rio vai esperar, o por do sol vai ser mais um ocaso frio sem o teu respirar, a noite dançará sozinha as músicas que escolhi e o meu coração, mais uma vez, vai pedir-te que me dês o que preciso.
4 comentários:
ola! Adorei o teu poema... lindoooooooooooooo! Se tivesse imaginado um para dar de oferenda a minha deusa, não tinha escolhido melhores palavras q as tuas...
Como prometido, vou-lhe enviar este teu poema..... e esperar q o amor nos volte a unir. Ela é a minha deusa oriental, a flor sagrada do meu jardim, a duende encantada da minha terra dos sonhos.... Espero por ela... hoje, amanha....Sempre!
Vai escrevendo mais coisas bonitas... vou ficar de olho! Fica bem!
Avalone,
Adoro ler o que escreves, o que exprimes na tua escrita. Consigo sentir o que sentes e fico sempre deliciada. És feliz se encontras numa mulher a perfeição que te falta e eu diria que qualquer mulher seria feliz sendo a tua Deusa.
Jokas
Silvia
Urban Girl,
Não te esqueças de me dizer se a tua Deusa voltou para te iluminar. Se sim, já sabes temos festa no Porto para comemorar!
Fingers cross girl!!! :p
Silvia,
Silvia DJ és tu rapariga?
Sempre me saiste cá uma exagerada!!
Obrigada pelas tuas palavras, também elas bonitas.
Jinhos
Avalone
Se todas as Segundas Feiras começassem com leituras assim, a todas as Segundas feiras valeria a pena acordar!!
Obrigada pelo calor num dia frio como o de hoje.
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