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agosto 26, 2005

soul love



Para os olhos mais atentos é impossível disfarçar que o amor finalmente me apanhou.

Trata-se de uma amiga de longa data – Olhos de Chocolate –, dos tempos complicados e da certeza de que nem eu nem ela pertencíamos aquelas pessoas, mas também não sabíamos como não estar ali. Outros filmes e anos mais tarde os nossos caminhos cruzaram-se de novo.


Aos poucos e poucos algo foi crescendo dentro dela, algo foi crescendo dentro de mim e por uns tempos eu não sei se estava cega ou se já não acreditava no que sentia. A verdade é de que ontem à noite, durante um jantar mais normal possível – nada de velas, nada de musica calma, nada de afrodisíacos malucos na comida – de repente, toda a conversa, toda a intensidade fez com que como se tivessem me tirado umas palas dos olhos e eu pudesse de repente ver tudo muito mais claro. Não havia mais névoa, não havia mais distorção, tudo estava nítido e como eu que eu nunca o tinha visto antes.

Entre uma palavra e um sorriso, Eros foi implacável.
Certeiro como nunca antes tinha sido, determinado como nunca o conheci. Desta vez não foi por brincadeira, desta vez Eros cumpria ordens do destino.

Pensei em dizer-lhe que tinha acabado de me apaixonar por ela. Sabia o quanto ela ansiava por ouvi-lo, já passei pelo mesmo … a nossa vida no limbo, expomos as nossas fraquezas e ficamos à mercê da eternidade ou da faca. Eu poderia ter acabado com a angústia dela ali mesmo, mas não.
Não que quisesse prolongar a sua angustia, não nada disso. Mas eu queria compreender primeiro porque me tinha levado tanto tempo a perceber uma coisa tão óbvia e mais do que isso … tão intensa.

Acredito que a determinada altura eu não pudesse mais disfarçar, se os meus olhos brilham quando feliz, naquela altura deveriam de ter o brilho do sol. Disse-lhe e voltei a dizer-lhe e não parei de o dizer a noite toda. E depois abracei-a como se fosse a primeira vez, beijei-a como se fosse a única e amei-a como se fosse a última vez.

Estou de novo de partida para a Carrapateira.
A viagem para 3 dias de Surf há muito que estava preparada … mas há uma situação que não estava prevista. Desta vez não vou sozinha!

Partimos hoje no Soul Car e se eu não der noticias terça de manhã...
não enviem ninguém à minha procura!!
Eu estou bem, estou nos braços do amor.

falta-me o ar


Thank you for waiting for me!
Thank you for making me see what I was afraid to feel...
I was already feeling it and I kept trying running away from my own feeelings, from you.
Thank you for waiting for me.
Today, you hold my heart in your hands,
my dreams in your will,
my desire in your skin.
Today I live, thanks to you!
so very yours...
Helena

para a minha Deusa


Para ti meu amor, meu tesouro ... do "meu" poeta

Monólogo de Orfeu
by Vinicius de Moraes

Mulher mais adorada!
Agora que não estás, deixa que rompa
O meu peito em soluços!
Te enrustiste Em minha vida; e cada hora que passa
É mais por que te amar, a hora derrama
O seu óleo de amor, em mim, amada...

E sabes de uma coisa? Cada vez
Que o sofrimento vem, essa saudade
De estar perto, se longe, ou estar mais perto
Se perto, – que é que eu sei! Essa agonia
De viver fraco, o peito extravasado
O mel correndo; essa incapacidade
De me sentir mais eu, Orfeu; tudo isso
Que é bem capaz de confundir o espírito
De um homem – nada disso tem importância

Quando tu chegas com essa charla antiga
Esse contentamento, essa harmonia
Esse corpo! E me dizes essas coisas
Que me dão essa força, essa coragem
Esse orgulho de rei. Ah, minha Eurídice
Meu verso, meu silêncio, minha música!
Nunca fujas de mim! Sem ti sou nada
Sou coisa sem razão, jogada, sou Pedra rolada.
Orfeu menos Eurídice...Coisa incompreensível! A existência
Sem ti é como olhar para um relógio
Só com o ponteiro dos minutos. Tu
És a hora, és o que dá sentido
E direção ao tempo, minha amiga
Mais querida!
Qual mãe, qual pai, qual nada!
A beleza da vida és tu, amada
Milhões amada! Ah! Criatura! Quem
Poderia pensar que Orfeu: Orfeu
Cujo violão é a vida da cidade
E cuja fala, como o vento à flor
Despetala as mulheres - que ele, Orfeu
Ficasse assim rendido aos teus encantos!
Mulata, pele escura, dente branco
Vai teu caminho que eu vou te seguindo
No pensamento e aqui me deixo rente
Quando voltares, pela lua cheia
Para os braços sem fim do teu amigo!
Vai tua vida, pássaro contente
Vai tua vida que estarei contigo!

agosto 22, 2005

... there is light in my heart for you.


Do "teu" poeta, José régio ... Metafísica

De cada vez que nos teus braços
Por uns momentos morro,
Nos abismos de mim o meu amor pede socorro
Como se à força alguém lhe desatasse os laços.

De cada vez apreendo
Que fica em muito pouco, ou nada, aquele tanto
Que o querer ter promete, enquanto
Se não tendo.

Desejar é que é ter! mas não nos basta.
Sonhar é que é possuir sem tédio nem cansaços.
Sei-o, mas só já morto nos teus braços.
Sofre a carne de ter, ou de ser casta.

Sobre o desejo farto, a alma se debruça,
Contempla o nada a que o fartá-lo aponta.
E atrás do mesmo nada eis que ela mesma, tonta,
Vai, se a carne reacende a escaramuça.

Entrar num corpo até onde se oculte
O para Lá do corpo - eis o supremo sonho.
De que desejos o componho,
Se ei-lo se descompõe quando o desejo avulte?

Sôfrega, a carne pede carne.
Saciada, Pede, ela própria, o que jamais sacia.
Para de novo se inflamar, é um dia.
Para de novo desgostar, um nada.

Ai, como não te amar e não te aborrecer,
Carne de leite e rosas, - terra inglória
Do longo prélio-entendimento sem vitória
Que é carne e alma, ter-não ter?


;)

agosto 19, 2005

myosotis azorica


Presente de Olhos de Chocolate para o blog,
Myosotis azorica

agosto 18, 2005

bloqueio


E aconteceu de novo … Writer´s Block!

Torna-se complicado escrever sem filtros, torna-se complicado ter que pensar no que escrever e como escrever. Este espaço por muito que seja o meu palco, é um palco onde surgem outras personagens – disfarçadas ou não – e é difícil falar delas e mantê-las no anonimato. Tenho assim a minha liberdade restrita.

Para alem das coisas que gostaria de escrever e não posso, há também aquelas que gostaria de escrever e não escrevo porque fico sujeita a ser incompreendida, pois tudo o que se passa neste blog não é nem 20% do que se passa comigo e é quase impossível contar tudo e ... mais importante, fazer entender tudo como um todo.

Por último, enquanto este blog era frequentado só pelas amigas, eu sentia-me mais liberta e mais tranquila para falar de mim, das minhas situações, das minhas aventuras. Mas agora, há demasiadas anónimas. Confesso que isso me assusta!

Que me resta então?
Alguém tem sugestões no que gostavam de ler aqui neste espaço?

agosto 15, 2005

phoenix rising


“ I can breathe again”, foram estas as primeiras palavras de Corky no filme Bound depois de ter feito – pela primeira vez - amor com a Violet. I can breathe again, não que tenha acabado de dormir com alguém, mas sinto essa sensação de: I can breathe again, que é como quem diz … I am back … I am feelling very much alive!

A sensação não é nova, ou seja, não vem de hoje ou de ontem. Um fim de semana de Soul surfing pode enviar-nos contra as rochas da costa e partir-nos toda, ou pode – como no neste caso – colocar-nos na crista de uma onda, num novo ciclo.

Não se trata de um novo amor. Nada disso.
Há relativamente pouco tempo, uma amiga minha resumiu numa frase a conclusão de uma discussão filosófica, sobre quão importante é encontrar-mos as respostas dentro de nós e quão primordial é estarmos em paz connosco próprias: “Nós somos a medida de todas as coisas.” È de nós, de dentro de nós que tem que partir a nossa felicidade. Tão simples como isso.

Não discuto. Nem tento. Nem nunca me ocorreria discordar.

Ao contrário de muitas outras vezes, o terminus deste relacionamento – que na realidade nunca o foi completamente – de facto abalou-me. Tudo bem, aceitemos isso, naturalmente.
Agora que me encontro mais distante dos dias de medo e de tristeza, consigo compreender como as coisas chegaram onde chegaram e eu fiquei como fiquei. E por muito desnecessário que isto possa parecer, para mim é primordial que entenda e encerre o passado, a fim de poder abraçar qualquer futuro.

Corre o mito urbano de que nos encontramos sempre sozinhos nos momentos fundamentais da nossa vida. Não sei se concordo inteiramente, porém, não posso negar que o fim de semana do Soul Surfing foi um verdadeiroteste à minha capacidade de estar sozinha, de me sentir só e fazer dessa situação uma oportunidade para a meditação e contemplação. Por muito lamecha que isto possa soar, para mim funciona. È assim que eu consigo fazer a minha evolução espiritual e pessoal. E sim... de facto cresci mais um pouco.

Sinto-me diferente.
Mais segura de mim e sobretudo mais confiante. Sem dúvida alguma, mais confiante.
Confiante de que venha o que vier eu vou sempre conseguir dar a volta por cima, porque me terei sempre a mim. E para isso, a única coisa que eu preciso é de estar em paz comigo própria. E sei como o fazer, sempre o soube, mas sempre gostei também de arriscar. Porém, os tempos agora são outros.

A vida é um desafio constante. Há que aceitá-lo, é uma verdade existencial por muito que não a queiramos aceitar. Esta vida, está sempre a colocar-nos à prova e neste momento sinto-me aliviada que passei mais uma. Não foi uma questão de ultrapassar mais uma etapa, foi mesmo o passar num teste… um teste que eu sempre julguei que chumbaria. Que teste foi e como o passei, talvez fique para outra noite.

Estou mais forte, porque hoje sei mais, porque hoje vejo mais.
Estou mais forte, porque me sinto renascida. Tal como uma Phoenix renasci das cinzas do que ardeu no meu coração.

agosto 12, 2005

postcard from soul surfing weekend



Surfing dude!!

postcard from soul surfing weekend

postcard from soul surfing weekend

agosto 04, 2005

surf safari


Posted by Picasa

Não sei o que vai acontecer, mas quanto muito vai ser diferente. Reservei um lugar para um Surf Safari no Algarve e costa Alentejana, que incluí também aulas de Surf!
Tou de partida ... ansiosa por um pouco de Soul Surfing.

from my astrologer

Wit and wisdom make a poor substitute for kindness and compassion. If the cup of our heart is cracked or broken, it will never hold sincerity. No matter how hard we polish it in an attempt to make this vessel sparkle and shine, it first has to be healed and made whole. You have long since learnt this. Now, a new planet brings a new possibility into your life. There is a chance to feel and be truly brilliant in both the way you express yourself and the substance of that which you need to communicate.

agosto 03, 2005

risos


De vez em quando lá surge uma coisa por email que nos faz mesmo rir. Hoje, foi esta. Eu acho que está demais! Ouvi dizer que o Ikea estava a desenvolver a versão "All Women are bastards"!!

agosto 02, 2005

door close II


De quantas formas diferentes se pode fechar uma porta?
Com força de forma a estremecer as outras portas, devagarinho a rodar o puxador para não fazer barulho, puxar a porta atrás de nós, deixa-la fechar-se e ouvir-se aquele chualk …
Quantas razões existem para se fechar uma porta?
Para nos sentirmos mais seguros, para termos descanso, para termos mais privacidade, para afastar algo, para abrirmos outra porta…

Tinha chegado a altura de partir. Não havia muito mais tempo para ficar, na realidade não havia nada pelo que ficar. A tempestade desabou os últimos pedestais, desfez o encantamento…
Houve uma porta que se fechou. Não que tivesse saído de algum lugar, nem que tivesse entrado. Fechou-se algo: uma porta, uma gaveta, um espaço ausente do tempo e da forma, um espaço cheio do seu passado em mim. Faça o que fizer, já não me incomoda. Libertei-me!

Libertei-me das memórias, das emoções, dos desejos, das saudades, das mágoas, das lágrimas e até mesmo do seu perfume. Libertei-me dos hábitos, das expressões, das fotografias, das músicas, das risadas, dos encontros e até mesmo dos carros de uma certa marca.

O amor existiu.
Nasceu, cresceu e porque lutou tornou-se forte. Há coisas que se podem anular dentro de nós, mas não creio que o amor seja uma delas. O amor transforma-se dentro de nós, em amizade, em indiferença, em raiva, em ódio, em carinho, em ternura… mas acabar não acaba. Por mim, prefiro coloca-lo dentro de uma gaveta no meu coração, arrumadinho, ali. Tipo caixa de sapatos que se guarda no sótão, cheia de coisas de quando se era criança ou de uma viagem qualquer a um pais distante.

Na maioria das vezes, mesmo que queiramos ir na direcção oposta, é mais proveitoso remar com a corrente do que contra a corrente. A ideia é remar com a corrente até à margem mais próxima e depois subir a margem a pé.
Nesta altura sei que é inglório lutar para esquecer, por isso tenho vindo a aceitar cada vez mais a distância, aceito os pensamentos que de vez em quando ainda surge e a verdade é de que certas coisas que antigamente colocavam o meu coração a bater em modus vivendus deixaram-no de fazer.

Não é que a tivesse deixado de amar. Mas deixou-me de afectar.
Tudo o que foi sentido, tudo o que foi vivido, está agora guardado e a porta fechou-se lentamente atrás de mim.