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agosto 02, 2005

door close II


De quantas formas diferentes se pode fechar uma porta?
Com força de forma a estremecer as outras portas, devagarinho a rodar o puxador para não fazer barulho, puxar a porta atrás de nós, deixa-la fechar-se e ouvir-se aquele chualk …
Quantas razões existem para se fechar uma porta?
Para nos sentirmos mais seguros, para termos descanso, para termos mais privacidade, para afastar algo, para abrirmos outra porta…

Tinha chegado a altura de partir. Não havia muito mais tempo para ficar, na realidade não havia nada pelo que ficar. A tempestade desabou os últimos pedestais, desfez o encantamento…
Houve uma porta que se fechou. Não que tivesse saído de algum lugar, nem que tivesse entrado. Fechou-se algo: uma porta, uma gaveta, um espaço ausente do tempo e da forma, um espaço cheio do seu passado em mim. Faça o que fizer, já não me incomoda. Libertei-me!

Libertei-me das memórias, das emoções, dos desejos, das saudades, das mágoas, das lágrimas e até mesmo do seu perfume. Libertei-me dos hábitos, das expressões, das fotografias, das músicas, das risadas, dos encontros e até mesmo dos carros de uma certa marca.

O amor existiu.
Nasceu, cresceu e porque lutou tornou-se forte. Há coisas que se podem anular dentro de nós, mas não creio que o amor seja uma delas. O amor transforma-se dentro de nós, em amizade, em indiferença, em raiva, em ódio, em carinho, em ternura… mas acabar não acaba. Por mim, prefiro coloca-lo dentro de uma gaveta no meu coração, arrumadinho, ali. Tipo caixa de sapatos que se guarda no sótão, cheia de coisas de quando se era criança ou de uma viagem qualquer a um pais distante.

Na maioria das vezes, mesmo que queiramos ir na direcção oposta, é mais proveitoso remar com a corrente do que contra a corrente. A ideia é remar com a corrente até à margem mais próxima e depois subir a margem a pé.
Nesta altura sei que é inglório lutar para esquecer, por isso tenho vindo a aceitar cada vez mais a distância, aceito os pensamentos que de vez em quando ainda surge e a verdade é de que certas coisas que antigamente colocavam o meu coração a bater em modus vivendus deixaram-no de fazer.

Não é que a tivesse deixado de amar. Mas deixou-me de afectar.
Tudo o que foi sentido, tudo o que foi vivido, está agora guardado e a porta fechou-se lentamente atrás de mim.

3 comentários:

Anónimo disse...

"... e porque lutou tornou-se forte."

A Helena, é muito inteligente e não tenho qualquer dúvida que vá re-conquistar a sua paz e um novo amor.

Olhe em seu redor!

Beijokas

Anónimo disse...

how many other doors you intend to close,how many lives lived within tears and lies,you will shut behind you..i wonder........................

Helena disse...

So you can keep wondering!
But just to save you a bit of time and because you would never get it ... I don´t have any more doors to close and I just have one life - for now, this is the one - and there is no lies or tears.

Its just life ... and its always challeging us.
But, I reckon, you really don´t get it.

Bye bye