CLICK HERE FOR THOUSANDS OF FREE BLOGGER TEMPLATES »

janeiro 03, 2005

Alfie, eu e as mulheres



Não era este o post que tinha pensado para abrir o ano bloguístico. Mas, como a alma expressiva é sempre imprevisível, é este o post que se segue.

Se há algo que eu gosto de fazer é ir ao cinema, ou para o que importa, ver filmes. Sou uma apaixonada pela 7ª Arte! Ontem fui ver Alexandre O Grande e hoje Alfie e as Mulheres, Se o primeiro não morri de amores por, o segundo adorei. Mas isso sou eu. A outra pessoa talvez lhe gostaria mais o primeiro em prol do segundo, mas para quem sabe da minha vida - como eu - os In´s e os out´s, os podres e os bons é fácil compreender porque gostei tanto de Alfie.

Para mim um bom filme tem que: Divertir-me até às lágrimas; entristecer-me até à convulsão; educar-me sublinear mente; cativar a minha atenção incondicional; incomodar-me. Não necessariamente tudo ao mesmo tempo! Pois bem, Alfie incomodou-me. Porquê? Talvez porque eu me reveja um pouco nele. O mais engraçado - e daí talvez não - foi... mais do que uma vez, aquele filme parecia um pouco o meu. Eu disse um pouco!

A minha vida emocional é um desastre maior do que o Titanic. Tem sido naufrágios atrás de despistes. Entre relações frustradas, mal vividas, interrompidas, coloridas, intensas, curtas... em bom abono da verdade, na realidade ... não sei porque é que insisto. Quando terminei o meu último relacionamento mencionei: Eu deveria de usar uma T-shirt com o dizer ? Warning, I am a heartbreaker.
Porque é isso que eu sou. Pese embora já me tenham destruído o coração, espezinhado e feito troça, magoa-me sempre mais, quando vejo que magoei outro coração. Nunca foi minha intenção magoar. Mas acabo sempre por magoar alguém ou - pelo que importa - sair magoada.

O melhor de ser nova numa terra, num pais é que as Ex namoradas estão longe. Foi assim nos meus primeiros meses em Londres, altura em que todas as minhas Ex e curtes estavam em Portugal e foi assim nos meus primeiros meses de regresso a Portugal, a maior parte estava em Londres e eu andava fora do círculo das Ex Portuguesas. Mas este sossego não durou. Quando estava a colocar música no Purex, vi não uma mas duas ex-curtes. Eu quase que fiquei sem fôlego porque passei por uma e ainda não tinha acabado de dizer Olá, já a segunda me estava a comprimentar.

A primeira, a qual eu pensava que teria mais prazer em rever-me foi a que acabou por ser sarcástica. Entre uma boca e outra, à frente de toda a gente, diz-me que o meu currículo batia recordes. Eu que não sou de levar insulto para casa, porque essas coisas provocam úlceras, resolvi responder: "Eu até posso ter um currículo grande, mas lembro-me do nome de cada uma, enquanto isso, tu estás aí à meia hora a tentar lembrar-te do meu!" Aqui entre nós, não foram assim tantas como isso e humildemente confesso que foram 20 a mais daquilo que eu queria ou daquilo que eu ambicionava.

Aos 7 anos eu queria casar com um rapaz que fosse louro de olhos castanhos, com sardas e que se chamasse Bruno. Aos 13 anos eu queria juntar-me com um rapaz que fosse louro de olhos castanhos, atencioso e que fosse surfista. Aos 18 anos eu queria casar-me com uma mulher, loira ou morena, de olhos castanhos ou azuis, surfista ou não mas que me amasse incondicionalmente, tal como eu a amaria até ao fim da minha vida.

Não sei se foi de toda aquela propaganda que eu vi nos filmes românticos, ouvi nos slows ou lí nas poesias. Não sei se é de facto essa a minha intríseca vontade... mas, eu sempre quis uma e apenas uma só mulher. Para sempre.
Uma mulher que ao olhar para ela eu a visse bonita, uma mulher inteligente, meiga, sedutora, submissa e dominadora, sensual, cativante, que me estimulasse intelectualmente, ambiciosa, honesta. Uma única mulher, com quem eu iria crescer, partilhar e viver a minha vida. Uma única mulher, com quem eu iria ter a minha família. Uma única mulher, um único amor, made in heaven... Uma só, para sempre.
Mas as coisas não correram bem assim. Pelo menos para mim!

Sei e conheço mulheres que estão juntas há mais de 10, 15 e ... 20 anos. E a minha dúvida existencial -neste momento - é precisamente esta: Será que é mesmo isso que eu quero? Uma única mulher para o resto da minha vida? Será que os meus sonhos de teenager continuam os mesmos? E será que eles são de todo possiveis?

Avalone

1 comentários:

antidote disse...

A única resposta possivel é mostrar te o meu lema de vida, aquilo que eu escreveria num brazao se eu usasse tais merdas...


"Afinal o que importa nao é a literatura, nem a crítica de arte, nem a camara escura.
Afinal o que importa é nao ter medo, fechar os olhos frente ao precipício e cair verticalmente no vício,
Nao é verdade rapaz?" (Cesariny)