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março 06, 2004

Carta de amor... ridícula!

Oh, Minha amada distante...
Como gostaria agora de te abraçar e junto do teu perfume segredar... "Tranquila, meu anjo, ninguém te fará mal!"

És tão mais forte do que eu e no entanto humildemente me diriges as tuas inseguranças e me confessas os teus medos. Não receies ...pois nada terás a temer, nada que não seja AMOR... ou ser-te-á tão caro este sentimento como o é para mim?

Perdoa-me se os encantos que atribuis à minha figura te provocam contradições. Perdoa-me pelas duvidas que em ti plantei. Nunca foi essa a minha intenção. Bem o sabes... Apenas e só é meu desejo poder enaltecer uma alma tão profunda e um coração que têm para dar, na mesma medida, que têm para receber.

Um coração que quer ser amado na sua força e protegido sem falsas glórias na sua fraqueza. Um coração sedento de emoções e (ao mesmo tempo) ansioso por alguém que despido de vaidades, o receba em seu regaço e que dele trate como uma pedra preciosa: ora na sua imponência de diamante, ora na sua fragilidade de cristal.

Meu bem querer, se assim é o teu coração, acalma-te, tranquila...minha ternura. Se descrevo os teus sonhos, guarda os teus escudos de guerreira, pois o teu coração está seguro comigo. Os meus encantos que encontras, não existem para te destruir ou magoar! Existem sim, por ti, para ti e cresceram à medida que deles precisares. Minha luz de sol... Não vou alguma vez pedir-te o que não me queres dar. Olhar o que não quiseres mostrar.
Rende-te ao teu ser sentido... deixa fluir os desejos, mesmo que estes estejam desalinhados, mesmo que estes se agitem dentro de ti em turbilhão de aguas revoltas.

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Navegas num lago calmo, tão calmo que assusta. O nevoeiro intenso nada te deixa ver ou ouvir... navegas só no teu barco esperando com a dissipação das brumas encontrar nos verdes bosques o teu amor.
E então... Por fim juntas será vê-las saltarem riachos, correrem por entre arvores e arbustos, montanhas e vales, bebendo toda a vida num só trago com sabor a felicidade . Para depois, radiantes de cansaço, caírem mortas, esgotadas no chão de um qualquer lugar.

Minha sábia feiticeira... Desnuda-te do teu brial e deixa guiar-te pela magia das Fadas e dos Duendes, descansa agora nesse teu barco e concede à natureza do teu amor a oportunidade de te guiar até ao porto seguro da ternura feita de carícias e da luz que te iluminará o sorriso. A oportunidade de te guiar a bom porto onde vais encontrar a força, não a que destrói , mas sim, aquela que te dá a Vida. A vida com o amor que queres!

Perante todo este acreditar, só me pergunto se concederás a honra a este humilde coração de poder ser o teu parceiro de aventuras e bravuras, de calmaria e sossego, de contigo poder correr nos mágicos bosques do amor. Por muito novo que tudo te possa parecer, nada receies ...

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