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fevereiro 19, 2006

i will never be the same



Quando eu e a minha primeira namorada “oficial” nos separamos, ela dedicou-me uma música da Melissa Etheridge – I will never be the same… eu nunca mais serei a mesma.

É claro que eu estava na minha, ainda, juventude ou diria antes, ainda na minha ingenuidade. E nessa altura acreditava que só por causa dela eu nunca mais viria a ser a mesma. Felizmente eu estava errada.

Todas as pessoas passam pela nossa vida por alguma razão. Algumas são fugazes como estrelas cadentes, outras deixam um rastro tipo cometa e poucas são como estrelas, cuja luz perdura muito após terem desaparecido da nossa vida. Mesmo que não o vejamos na altura, mesmo que não compreendamos a razão e o porquê da presença dessa pessoa nas nossas vidas, mais tarde ou mais cedo nos será revelado mais do que a ponta de um véu.

Embora eu tenha estado com demasiadas mulheres – note-se de que eu disse demasiadas e não muitas – apenas algumas tiveram o condão de me moldar, esculpir, transformar, evoluir … e outras tiveram a faca para me magoar. È claro que uma pessoa não pode continuar a mesma.
É como se tivesse sido cega em relação a determinadas coisas – boas e más – e depois de as ver e ou sentir, mesmo que por 10 minutos eu as quisesse ter novamente, ou eu não as quisesse jamais sentir.

Não falo das iluminações que vêm dos livros, dos filmes, das músicas, da arte … porque isso também nos transforma. Falo daquilo que se sente dentro de nós quando outra pessoa nos toca, que nos obriga a confrontar-nos com o pior que há em nós, com o melhor que temos para dar e também, claro, com todos os sonhos que ainda temos para cumprir.

Há um requiem que toca. Não temo a morte de nada do que sinto, pois nada para alem de renascimento é o que sinto.
Há mais um capítulo que se encerra. O único em que sinto que verdadeiramente aposto o resto da minha vida. Talvez eu seja um marinheiro que parta com certezas demais sobre o regresso ao porto seguro , talvez eu me torne um pirata ou talvez um fogo de St. Elmo me salve.

Na passada sexta feira fiz 34 anos. Julgava que tinha sangue Cigano, mas 3 dias e 3 noites foram a duração máxima das celebrações. Talvez um ano eu consiga os 7 dias.
O melhor da idade é esta certa tolerância para com os momentos acutilantes. A vida pode mudar radicalmente de um momento para o outro e digo-o literalmente.

Até lá …
Vamos vendo as nuvens passar...

4 comentários:

Anónimo disse...

Mas pq é q a partir dos 30 e tal ficamos filosóficas ;)???
As mudanças vêm sempre a seu tempo e sabem bem qdo estamos de espírito aberto para as saborear.
Parabéns e felicidades.
Beijinho

Anónimo disse...

espero que com 34 anos tenhas mais cabeça,e que nao brinques com os sentimentos dos outros!

Helena disse...

Anonymous ...
Concordo pleanamente contigo, se bem que, na minha opinião, em todas as idades se deve ter cabeça para não brincar com os sentimentos dos outros.

Se brinquei com os sentimentos dos outros, gostaria que me o disseses, para que eu possa aprender com tal erro. Porque se vou a ver, nos últimos anos, a última coisa que eu fiz com Sentimentos - meus e dos outros - foi brincar!

Para a próxima identifica-te para que a resposta possa ser mais clara.

Helena

Helena disse...

Ohh Sarita,

Eu sempre fui muito filosófica!
As dúvidas, os desafios, as repostas... tudo combustivel para o pensamento!!!

Beijinhos grandes
Helena