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junho 18, 2005

Algarve I


O Algarve está bom e recomenda-se. Claro que não é todo o Algarve, mas grande parte dele, ou pelo menos parte do que já revi. Que é um Algarve muito diferente do que se vende no turismo. Mas isso provavelmente deve-se ao facto de o Algarve ter sido uma segunda casa ao longo do meu crescimento e há praias que se vai conhecendo que só os “locals” sabem e vamos vendo encostas que muitos olhos nem sonham existir. Isso, e o outro facto é de que me encontro com os locals e com velhas conhecidas – Algumas das amigas da Duffie, foram da minha convivência há cerca de 7 anos, mesmo antes de eu ir para Londres.

O Algarve está bom e eu também.
Na viagem para baixo, Duffie e eu brincávamos com a nossa própria figura. Uma mistura de Thelma e Louise com Priscilla a rainha do deserto. Ahh, e um pouco de E tudo o vento levou. Tudo com banda sonora a condizer!

Ontem, passamos o dia na praia com mais umas amigas. Muito beach ball, muitas ondas, um linguado grelhado para o almoço, gente bonita ao meu redor, muito sol e muita areia… eu estava deliciada.

Depois do duche e do creme no corpo, seguimos rumo a Faro para ir ter com uma amiga da Duffie, que afinal de contas, era minha conhecida e até chegou a ficar na minha casa nos tempos de Lisboa. Este mundo é do tamanho de uma nádega! Acreditem-me.
Colocamos a conversa em dia e fomos tentar descobrir os bares temáticos em Faro. A coisa não foi fácil, mas como nesta altura éramos um grupo de 7 mulheres fomos atacar o Salsa Latina. Eu e mais 3 entramos numa aula de dança, no fim bebo o meu Malibu e pergunto à Duffie se quer ir andando. Troco números de telefone com uma pessoa – lamenta-mos, temos mesmo que ir. Tivemos um dia em cheio e amanhã vai ser uma directa.

Como eu tinha fumado e bebido a Duffie era a condutora de serviço. No regresso a casa – um sítio lindo no Alvor – dou por mim a pensar porquê é que tinha desperdiçado uma oportunidade tão boa de acabar a noite numa praia qualquer, no regaço de uma mulher.
A situação poderia ter chegado até aí. Mas não. Vim-me embora. Conscientemente.
Porquê?
Porque a pessoa não me atraía o suficiente? Porque estou de tal forma exigente que têm que me apanhar do jeito e no momento certo? Não estou a dar espaço, nem oportunidade para se aproximarem?

Hoje vamos passar o dia a explorar umas pequenas praias semi-desertas e grutas que conheço para os lados de Armação de Pêra, trouxe todo o meu material de snorkelling e está garantida uma boa dose de mergulho! Depois de explorarmos as praias e as grutas, vimos para casa, duche, creme, perfume e vamos para a nite!

Até este momento a Gay life Algarvia, tem se mostrado ser tão dead que a Duffie e eu decidimos implementar um plano B a esta mini aventura!
Ao que tudo indica, o Boémio, é o único bar “assumidamente” gay em todo o Algarve. Assim, Portimão é o local de romaria das lesbians e gays aqui de baixo. Tudo bem. Tudo óptimo. Excepto, dizem-nos as locals de que o “B” – como lhe chamam aqui – é frequentado pelos seguintes estereótipos de lésbicas: camionistas, camiões TIR, Jipes, Bulldozers, pitas de 20 aninhos, desportistas e de vez em quando, muito raramente, once in the Blue Moon, aparece lésbicas com um certo gladiar.

A Duffie e eu não tivemos qualquer acto de pânico, não gritámos, não começamos a chorar, mas só deixámos de ter os olhos arregalados depois de criarmos o Plano B.

Plano A
Depois da praia, um jantar à beira-mar, um copo no Boémio, ficamos a ver as modas, divertimo-nos com estilo, uma de nós quer ficar, ficaremos as duas até o Boémio fechar.

Plano B
Depois da praia um jantar à beira-mar, um copo no Boémio, ficamos a ver as modas, às 01:45 horas decidimos que estamos vestidas bem demais para o local e eu conduzo-nos até ao Mister Gay onde chegaremos por volta das 4 da manhã, mesmo quando aquilo está no ponto!


A ver vamos!
Toss your coin

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