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fevereiro 05, 2005

crise existencial



O dia do meu aniversário aproxima-se e para mim, trata-se do dia mais importante do ano: foi o dia em que nasci, foi o dia em que comecei a viver. Como é óbvio, gosto de o celebrar em grande, não quer dizer que tenha sempre que haver uma grande festa, mas tem sempre que haver um período de reflexão minha. Não que o faça de propósito, apenas acontece.

Fazer anos em Fevereiro é bom. Depois da euforia das festas de Natal e de Ano novo, sabe bem acalmar-me um pouco. De ano para ano a situação repete-se, muitas loucuras, muitas festas, tudo muito aéreo e depois a aterragem. Mais uma vez, não provoco a situação, ela apenas surge dentro de mim, quando tem que surgir.

Este ano, começou agora.
A verdade é que me sinto à beira de uma crise existencial. A primeira tive-a nas vésperas de fazer 17 anos. Recordo-me confessar às minhas amigas mais próximas da altura: "17 anos, vou fazer 17 anos e ainda não fiz nada em prol do mundo. 17 Anos e não consegui mudar nada daquilo que eu não gosto no mundo, na sociedade!" As minhas amigas disseram-me que ainda tinha muito tempo, que o que importava era eu manter essa vontade. Mas eu continuava, dizia que era preciso mudar o mundo antes que ele nos mude a nós. Porque isso inevitavelmente iria acontecer.

Nas vésperas de fazer 33 anos, deparo-me com uma nova crise existencial.
Sinto-me a viver um dia atrás do outro, sem planos, sem projectos.. Ou pior, os planos e os projectos existem, eu é que ainda não consegui harmonizar-me com a minha vida. Por vezes tenho a sensação de estar a saltar quando deveria de caminhar, outras a sensação de que vivo num estado de inércia perante as coisas que realmente deveria de fazer. Melhor ainda, sinto-me a viver uma experiência de quando a mente sai do corpo e teima em não voltar. Porquê? Porque sinto-me à espera de algo que insiste em não aparecer.

Confesso que neste momento não me sinto assim uma pessoa tão boa e tão especial. Talvez porque me falta algo que para mim tem sido a força motriz de toda a minha vida: Amor.

Recentemente, uma amiga ao ler um dos meus poemas dizia: "tu ainda acreditas no amor" Claro que eu acredito. Posso ter sido ferida, posso ter ferido, posso ter enganado a mim e aos outros, posso ter-me iludido... Mas claro que ainda acredito no amor. Para mim, para mim que sou eu, que sou como sou, que sinto as coisas como sinto, que sonho como sonho... E que amo como amo, para mim o Amor é essencial.

Se alguma vez deixar de acreditar no amor, se alguma vez deixar de acreditar de que existe alguém que me complemente, então, temo que mesmo continuando a respirar, morrerei nesse momento e a vida perderá todo o sentido.


2 comentários:

Anónimo disse...

Passaram mtos anos desde os teus 17... talvez... agora sintas ainda mais... é normal a vida nem sempre corre como queremos, a vida dá voltas, encontramos uns e outros que nos entendem, outros que nos afastam do que acreditamos... talvez tenhas esquecido que da paixão ao amor é um passo... será que o deste para estares mais ou menos desacreditada em relação ao amor... por vezes perdemos a noção... perdemos o grande amor da nossa vida... por nada e por tudo... por algo que achamos que na altura é importante e ~qd nos damos conta perdemos o sol da nossa vida... mas 33 anos... é uma idade de reflexão... mudança... e talvez de afirmação como pessoa.

Helena disse...

Concordo contigo, às vezes vamos atrás daquilo que julgamos ser melhor ou mais importante e perdemos o que já tinhamos de melhor.

No meu caso, isso não aconteceu, ainda. Tudo tem sido uma evolução e sim aos 33 anos - dentro de horas - dou por mim muito mais segura de mim.

Jinhos
Avalone