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fevereiro 08, 2005

alquimia do amor


Perguntaram-me porque me é tão importante um amor e se eu não me sentia bem sozinha. No decorrer da conversa, fiquei a perceber que a pessoa em questão, confundia amor com namorada. Para mim, amor não implica namorada e por vezes uma namorada não é amor.

É claro que eu me sinto bem sozinha. Estou rodeada das coisas que gosto, do meu conforto... No meu espaço, ao meu tempo. Estou só quando quero estar só e estou com os outros quando quero. Sinto-me bem comigo, sinto-me, porque gosto daquilo que sou e como sou. Já aconteceram algumas aventuras e desventuras, vivências e experiências, mal de mim, se eu nada tivesse apreendido e nada tivesse evoluído.

Amor.
Vamos lá então falar de amor!

Quando eu nasci... aliás... tenho que me lembrar porquê é que eu nasci!
Eu nasci por amor, eu fui muito desejada pelos meus pais e pela minha irmã, ela porque queria uma irmã e de tanto que pediu os meus pais acabaram por gostar da ideia. Após uns anos de tentativas, testes e essas coisas eu fui gerada.
Quando eu nasci... a ferros (yes, damage at birth), a primeira coisa que a minha mãe me disse quando me pegou foi: "Bem Vinda"... bem vinda, que coisa bonita de se ouvir quando dito de forma sincera e desinteressada.

Desde que eu me lembro de ser, lembro-me que o amor sempre esteve presente na minha vida. Esteve presente nas músicas que eu ouvia, nos filmes que eu via, nas emoções que eu sentia... muitas outras coisas estiveram sempre presentes, mas eu não me perdia. Ao longo do meu crescimento, existiram alturas dificies, alturas complicadas, situações que eu não sei como cheguei da forma como sou até aqui. Eu hoje poderia ser completamente o oposto, uma coisa má, uma pessoa triste.

Já deve de ter dado para reparar: eu sou romântica por natureza, cresci sempre a acreditar no amor e que a minha missão era encontrar a minha cara-metade, a minha metade Lua, a minha alma gémea... a metade de mim.
Pode ser patético, mas admito: eu ainda acredito no amor. Mesmo tendo razões de sombra para já não acreditar, mesmo tendo feridas que de vez em quando latejam, mesmo sabendo que a próxima vai doer sempre mais do que a última... mesmo sabendo que essa pessoa pode até não existir... Eu acredito.

Porquê?
Porque preciso de acreditar, porque para mim isto tem sido aquilo pelo qual eu tenho lutado e sonhado a minha vida inteira. Após 32 anos, após todas as batalhas disputadas desde os 7 anos e aos 13, aos 18, aos 22, aos 26, aos 29, algumas vencidas, outras perdidas... após tudo isto é agora que eu vou deixar de acreditar e lutar? Do que valeu então tudo aquilo pelo qual passei? Vou deixar aqueles que me magoaram voltarem a ganhar? A magoar-me? Não creio. Já que cheguei até aqui eu vou até ao fim.
E vou até ao fim com o melhor de mim. A minha metade Lua, merece a minha mais profunda essência e não os restos que os outros não souberam aproveitar, os retalhos que os outros foram cosendo e descosendo. A pessoa que me merece, merece aquilo que eu sou e não aquilo que os outros tentaram moldar.

Claro que tenho receio. Por vezes pavor, de perseguir algo que não existe e de me voltar a decepcionar, a ferir-me. Talvez esta seja a minha cruzada e não posso fugir dela pois só assim me sentirei um TODO, quando encontrar essa metade Lua... para então, eu e ela em TODA a Lua nos tornarmos.

Na Alquimia, todos nós necessitamos de voltar ao Todo, reconstruir a nossa identidade e sentirmo-nos completos, um Todo. Os alquimistas antigos, diziam que este processo de chegar ao Todo poderia levar uma ou muitas vidas. Chamavam-lhe o processo de A Grande Obra.

Para mim, nesta vida, a minha Grande Obra é encontrar e viver o Amor no qual eu acredito.

Avalone

1 comentários:

Anónimo disse...

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a Lua toda
Brilha, porque alta vive.

Morgana, Mi