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novembro 30, 2004

Six Feet Under




A morte de alguém querido é sempre um momento complicado. Mas não há nada que se compare a funerais.

Após um mês de queda livre em termos de saúde, o meu pai faleceu na quarta-feira passada. Acompanhei o meu pai desde meados de Outubro e vi-o a definhar-se dia para dia. Fiz o que pude e o que me foi pedido e estive do lado dele na doença.

Para mim a morte é apenas uma passagem.
O corpo fica, mas a alma, o espírito esse segue a sua viagem astral. Com um karma melhor ou pior, mas a viagem continua.
Aos vivos fica o dever de continuarem as suas vidas, é claro que fica a ausência e a saudade, mas o amor será sempre eterno. E é esse amor que nos faz encontramo-nos vida após vida.

Na altura de enterrar o corpo o stress, os nervos andam sempre à flor da pele. Não há conforto que possa ser dado por terceiros. O conforto nós encontramos dentro de nós, naquilo em que acreditamos. Por isso nunca se sabe muito bem o que dizer... porém, força e coragem ocorrem-me como sendo coisas certas para se transmitir.

O funeral do meu pai, foi um funeral bonito como há muito eu não via.
Vieram muitas pessoas, mas o mais interessante é que vieram todas as pessoas que se esperava vir. Os familiares – de todo o país - amigos do meu pai, da minha mãe, da minha irmã e meus; colegas de trabalho do meu pai, da minha mãe e meus; colegas de partido; os vizinhos; os amigos de infância... meus e da minha irmã; gerentes e empregados do comércio local e até a Presidente da Câmara enviou um telegrama.

Foi uma homenagem muito sentida e eu agradeço muito todo o apoio e carinho. Os sentidos amigos sempre emergem nestas alturas.

Agora?
Agora espera-se um período com vento favorável a uma navegação calma.
A minha mãe continua a lutar contra o Cancro e o facto de que a quimioterapia está a produzir bons resultados, é encorajador. Eu sei que não é fácil para a minha mãe, mas proporcionar-lhe o melhor é uma das minhas prioridades.

Tudo nesta vida é temporário. Tudo o que dependa do tempo, pois se tudo teve um início, tudo terá o seu fim. Os momentos de felicidade acabam, mas acabam também os momentos de infortúnio e sofrimento. Nestas alturas, recordo sempre um Outdoor do Cutty Sark: O melhor da maré baixa é que a seguir volta sempre a encher...

2 comentários:

Anónimo disse...

és uma mulher de coragem...

[espero que não leves a mal, mas deixei um pequeno texto no meu blog, pois o que aqui queria comentar era demasiado extenso e ocuparia uma grande parte do espaço para comentários.
(Passa pelo meu blog, pois o comentário está lá)]

*****beijinho*******

Anónimo disse...

Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu