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fevereiro 23, 1999

Excertos de A Jornada - Um conto sobre o suicídio.

E onde se esconde a minha força? Que é feito do rochedo ... O rochedo que na minha forma existia, um rochedo, nada largo mas imponente; nada alto mas seguro. Rochedo feito de energia positiva, de toda a natureza, plantado na costa do Oceano que com as ondas brincava, acolhendo-as nos seus braços e de volta para a quietude do mar as encaminhava. Rochedo escarpado, mas belo que vendo as aguas revoltas das tempestades em si se recolhia ; não sendo nem ferido nem reactivo.

E digam-me vazios perdidos, onde vive agora esse rochedo, trono do meu ser, morada da minha vontade... Voz da minha segurança? Perdida sem ti , sou barco sem rumo, sou uma folha de Outono arrastada por um vento sem norte.
É minha a consciência da minha jornada: Recuperar o que é meu, para de mim irradiar a vida, a alegria e o sabor da vitória. Não sobre os outros, mas para com aqueles que como ondas do mar, radiantes e em rejubilo de vida, da minha costa se aproximam. As mesmas que devolvo ao mar mais fortes, mais seguras para uma nova batalha na vida.

Que tempestade terá sido essa que no meu rochedo inabalável , uma fenda abriu. Uma tempestade disfarçada de maré calma e doce ... pois de nenhuma outra me lembro.

...

** do resto deste texto, só consigo encontrar o final que diz:

... Não mostro a minha dor, nem tão pouco a alegria quase criança de outrora. Sou agora indiferença, sou agora a silenciosa reivídincação de liberdade.
Nunca me querendo amarrar ou acorrentar, vejo-me agora sem ganas para nadar.

Perante as portas da liberdade... receio:"Será possivêl?" Presinto-a, atrás de mim o peso, a escuridão ... o rosto! Olho por cima dos ombros ... e lá está ela. Distante mas próxima, quieta, sossegada.

Essa será a minha vitória! Numa batalha onde não serão utilizadas nem armas, nem confrontos ... será acima de tudo uma prova de fogo... uma prova de vida. Após a qual, gritarei a minha liberdade, abraçarei o calor da doce existência.

Avalone
March 98



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