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agosto 11, 2006

encerrado

Para as pessoas que ainda voltam a este blog, sinceramente, agradeço-vos.
Não há mais nada para escrever aqui, para as que eventualmente se sintam orfâs de blog, Aqui ficam algumas sugestões:


Assumidamente http://assumidamente.blogspot.com/
As Crónicas de Druiel http://druiel.blogspot.com/
My precious thing http://mypreciousthing.blogspot.com/
Tangas lésbicas http://tangaslesbicas.blogs.sapo.pt/


E claro o fórum http://pussycatblue.forumup.com


Obrigada pelo vosso tempo, os vossos abraços, as vossas criticas.
Bem Hajam
Helena

julho 30, 2006

no more miss nice girl - The End -




Mais um ciclo neste blog. Mais um spin around, um twist, um kick on the wild side ou então, simplesmente apagaram-se as luzes. E as coisas ficam mais causticas, acutilantes, mais intensas e sombrias. É o fim.

Este será o último post como Avalone.
Por agora que tal pensaram numa Avalone mais sombria, darker. Para a despedida deste blog, num último post.

Mas é-me impossível continuar a ser a mesma. Estou farta de ser a miúda, a mulher - o que quiserem – que tenta sempre encorajar os outros, e outras coisas mais que não me apetece enumerar. Sinto um humor negro voraz, que me preenche e que me faz rir do disparate, do ridículo, do engano que é a vida. E que no fundo, não adianta mesmo tentarmos ser felizes porque de um momento para o outro, num tempo de um sopro… Fffsssssss Crash and Burn.

Eu não sei o que é pior, ou melhor, o que custa mais ou menos, se ver os problemas a chegar, sentir que o barco está a abanar ou se é ver o foguetão explodir assim que atinge a órbita e sem oportunidade para gritar: Vénus We´ve a problem!

A vida é de facto um engano. Quem me o disse foi uma velhota de 87 anos, costumava cruzar-me com ela quando passeava o Morgan na rua. No final de uma conversa sem pressa, disse-me “A Vida é um engano”… é sim senhora.
Não abdico da minha responsabilidade nesse engano, no engano que é a minha vida. Mas na volta é isso mesmo, nós só cá andamos para nos enganar… Enganar de que podemos ser felizes, acima de tudo começa pelo engano de que merecemos ser felizes.

A felicidade é uma secreção no nosso cérebro. Estimulem-na com um comprimido qualquer e estarem estáticos a olhar para uma árvore poderá ser o momento mais feliz da vossa vida. Reprimam-no com um outro comprimido qualquer e o vosso momento mais feliz não teria existido.

Que tal então deixar-nos destas tretas de amor?
Ou porque só isso me faz feliz, ou porque só assim consigo viver, ou porque preciso de algo para viver… Balelas. Eu vivo quer eu queira quer não. Eu vivo sozinha ou acompanhada. Já vimos que a felicidade é um engano. Não há felicidade. È uma utopia, uma cenoura à frente do nariz de um burro.

Recuso-me, desisto.
Acima de tudo perdi.

Eu tinha um livro que adorei durante muito tempo. Um livro que me acompanhou desde de muito cedo e até muito tarde. Os mais belos contos de fadas. Era um livro de capa vermelha, dura, um livro de contos de fadas dos mais diversos autores. O conto das 12 princesinhas, Rapuzel, Rumplesilstik… tantos e tão deliciosos.

A verdade é de que sinto-me como uma personagem desse livro. Seria muito romântico e holístico dizer que me vejo como uma princesa que foi colocada num pedestal de gelo, por sua livre vontade, fruto de um desgosto de amor. Ainda com uma réstia de esperança, um pedacinho brilhante do seu coração despedaçado. BANG BANG
Não!

Não. Simplesmente fiquei gelada. Não há coração despedaçado, a sangrar, sofrido, blá, blá blá e a treta do costume. Há gelo. Gelo gelado, daquele azul pálido, cor intensa, gelo profundo pois não há mais vermelho, mais nada. Nem memórias, nem esperanças, nem dor, nem choque, sonhos caídos por enregelamento. Não há nada. Nada.

Dark and Frozen … é como me sinto.
E é Dark e Frozen que me vão ter.

A dada altura da vida deste blog, alguém me disse que a razão pela qual as pessoas me julgavam ou me mandavam bocas, era por causa deste blog. Porque eu me expunha em demasia. Eu acredito que sim, aliás eu sei que sim. Embora pense que isso é completamente estúpido, porque seria o mesmo que uma mulher foi violada porque andava de mini-saia.

Este blog foi criando com um propósito, fazer a minha transição de Londres para Portugal. È a escrever que eu melhor faço as minhas catarses e por ter a mania de que escrevo alguma coisa, decidi criar o blog. Eu sempre pertenci a maillings lists, ainda não havia blogs e forúms e era por email mesmo que o pessoal discutia assuntos e estados de espírito. Como nunca quis me impor às pessoas, criei o blog para dar a opção às pessoas.
Mas sempre foi um espaço pessoal, por isso nunca pensei que todos o fossem perceber, entender…

Poucas pessoas perceberam o drama que foi para mim passar de uma sociedade organizada, participativa e mesmo assim individualista, de uma sociedade aberta e balançada, para uma sociedade como a portuguesa. Não renego o meu país ou a minha nacionalidade, mas tenho todo o direito de criticar o meu país e a mentalidade do português. Do que poderiam ser feito, do que não fizemos e do que ainda não começamos a fazer.
Custa transferir de pais, uma vida que estava a começar a dar frutos de um esforço gradual. Amizades sólidas, um emprego bom, independência, liberdade de ser e estar…

Quando faço uma sinopse aos primeiros 12 meses pós Londres – Maio de 2004 –, franzo o sobrolho a certas situações. O meu primeiro pensamento é Ouch, mas depois vejo que fiz o melhor que sabia na altura.
Às vezes a ideia que tenho de mim própria nessa altura é a de um touro e entrar desvairado dentro da arena. Há procura de um sítio onde se sinta confortável, de uma forma desesperada!

A vida, claro, é assim mesmo.
Existem momentos mais exigentes do que outros. Na certeza porem, assim que virmos as coisas a estabilizarem, temos que nos preparar para o remoinho que se lhe segue. Porque a vida, não só é um engano como é uma brincadeira de muito mau gosto.
Parece um jogo de dá e tira.

E tiram porquê?
Acaso sou assim tão não merecedora de ser feliz, de ser, de viver, de ter?
É por ser boa menina? Demasiadamente boa menina?

E as dúvidas apoderam-se, as inseguranças agudizam-se e os filtros … desta vez nem tiveram tempo de se activarem … tudo ficou coberto por uma escuridão gelada, um vazio negro numa lenta sucção.

Não há nada que possa ouvir, que possa saber ou que possa sentir para deixar de me sentir, como me sinto. Eu conheço muitas máximas de como ser feliz, o bla bla do costume sobre como ultrapassar momentos difíceis, a lenga lenga da auto estima, o rebéu béu do poder da mente e os pardais ao ninho da esperança.
Eu sei tudo isso de cor, graduei-me em cada uma delas, tenho pilhas de livros e t-shirts para o provar.

Hoje conduzi o carro até St.André. Fui depois de almoço e voltei ao final da tarde.
Conduzir longas distâncias tem para mim um efeito terapêutico. È nestas alturas que escolho as estradas secundárias e utilizo a auto estrada só no regresso, quando a cabeça está mais organizada.
Há uma estrada que eu simplesmente adoro de fazer. O caminho de Tróia a St. André. A estrada vazia, pinheiros de ambos os lados, um céu azul forte, casas antigas … Adoro. E hoje, mais uma vez, esta estrada teve o seu impacto. Perdi-me algures por lá, porque quando cheguei a St.André eu estava dark and frozen.

Tudo acontece por alguma razão. Costumava acreditar de que as pessoas encontravam-se por alguma razão. De que aprendíamos sempre algo nas relações com os outros. SLAP SLAP isso é tudo um grande disparate.
Que aprendi eu agora?
Eu já sabia que não era perfeita!
Que quando se fala de um dia para o outro, pode ser mesmo de um dia para o outro?
Ahhhhh ... Apreendi... Que um dia nós somos felizes e no dia a seguir... o mais triste…
Um dia temos os braços cheios de amor, no dia a seguir nós estamos nos braços do vazio.
Aprendi.

Com este post, termina este blog.
Não sei o que vai acontecer em termos bloguisticos. Não me apetece mais tentar explicar-me, expor o que sinto ou se quer tentar fazer sentido daquilo que sinto.
Não sei o que vou fazer com o meu tempo, se vou querer fazer alguma coisa, ou quando o vou querer. Não interessa.

Fim

julho 02, 2006

Colete Encarnado 2006

junho 01, 2006

... mais uma música ...




We belong to the Night ... Pat Banatar
Many times Ive tried to tell you
Many times Ive cried alone
Always Im surprised how well you
Cut my feelings to the bone
Dont want to leave you really
Ive invested too much time
To give you up that easy
To the doubts that complicate your mind
We belong to the light
We belong to the thunder
We belong to the sound of the words
Weve both fallen under
Whatever we deny or embrace
For worse or for better
We belong, we belong
We belong together
Maybe its a sign of weakness
When I dont know what to say
Maybe I just wouldnt know
What to do with my strength anyway
Have we become a habit
Do we distort the facts
Now theres no looking forward
Now theres no turning back
When you say
We belong to the light
We belong to the thunder
We belong to the sound of the words
Weve both fallen under
Whatever we deny or embrace
For worse or for better
We belong, we belong
We belong together
Close your eyes and try to sleep now
Close your eyes and try to dream
Clear your mind and do your best
To try and wash the palette clean
We cant begin to know it
How much we really care
I hear your voice inside me
I see your face everywhere
Still you say
We belong to the light
We belong to the thunder
We belong to the sound of the words
Weve both fallen under
Whatever we deny or embrace
For worse or for better
We belong, we belong
We belong together
************
Por vezes ouvimos uma música vezes a fio, de tempos a tempos, mas é engraçado quando músicas que anteriormente eram apenas isso ... músicas, de vez em quando há uma ... Um ritmo, uns acordes, uma voz e uma letra ... que anos mais tarde desnorteia-te pelo que estás a passar nesse momento. E a canção toma mais valor, tem um impacto diferente.
Esta teve hoje um impacto ... delicioso.

maio 18, 2006

músicas daquelas






Há músicas que me entram no ouvido, outras na alma, outras parece que sairam do meu próprio sangue e há aquelas, raras canções, que de vez em quando me tomam como um todo, sem apelo nem agravo!

Sandi Thom - I wish I was a punk rocker with flowers on my head
O album de estreia da senhora Escocesa, chama-se Smile... Confuses people e estará à venda em Junho. Abençoados os pier by pier porque no meu iTunes esta música já toca em mode repeat!

Para saberen mais sobre a talentosa Sandi ... http://www.sandithom.com/site/index.php
Para ouvir o som ... http://www.sandithom.com/site/audio.php


Chorus

Oh I wish I was a punk rocker with flowers in my hair
In 77 and 69 revolution was in the air
I was born too late to a world that doesn’t care
Oh I wish I was a punk rocker with flowers in my hair

When the head of state didn’t play guitar,
Not everybody drove a car,
When music really mattered and radio was king,
When accountants didn’t have control
And the media couldn’t buy your soul
And computers were still scary and we didn’t know everything

Chorus

When popstars still remained a myth
And ignorance could still be bliss
And when God Save the Queen she turned a whiter shade of pale
When my mom and dad were in their teen
and anarchy was still a dream
and the only way to stay in touch was a letter in the mail

Chorus

When record shops were on top and vinyl was all that they stocked
and the super ferrari was still drifting out in space
kids were wearing hand me downs, and playing games meant kick arounds
and footballers still had long hair and dirt across their face

Chorus

I was born too late to a world that doesn’t care
Oh I wish I was a punk rocker with flowers in my hair

maio 12, 2006

... dream whisper ...


... mais uma lua cheia esta noite. Mais uma entre tantas, no entanto, para uma pagân como eu é a Lua Cheia.
A casa está arrumada, arrumei as emoções ... esta noite é tempo de abrir o círculo, evocar e renovar. É tempo de harmonizar... de me libertar.


So you walked with me for a while
Bared your naked soul
And you told me of your plan
How you would never let them know
In the morning of the night
You cried a long lost child
And I tried on I tried to hold you
But you were young
And you were wild

But I, I will never be the same
Oh I, I will never be the same
Caught in your eyes
Lost in your name
I will never be the same

Secrets of your lifeI never wanted for myself
But you guarded them like a lie
Placed up on the highest shelf
In the morning of the night
When I woke to find you gone
I knew your distant devil
Must be draggin' you along

And you swore that you were bound for glory
And for wanting you had no shame
But I loved you
And then I lost you
And I will never be the same

... Melissa Etheridge ...

maio 08, 2006

song for Dabria



Dial up my number now
Weaving it through the wire
Switch me on, turn me up
Don't want it Baudelaire
Just glitter lust
Switch me on, turn me up
I want to touch you
You're just made for love

I need la la la la la la
I need oh la la la la
I need la la la la la la
I need ooh la la la la...

Cause up and round me
Teasing your poetry
Switch me on, turn me up
Oh child of Venus
You're just made for love

I need la la la la la la
I need oh la la la la
I need la la la la la la
I need ooh la la la la...

You know I walk for days
I wanna waste some time
You wanna be so mean
You know I love to watch
I wanna love some more
It'll never be the same
A broken heel like a heart
I'll never walk again

Yeah!I need la la la la la la
I need oh la la la la
I need la la la la la la
I need ooh la la la la...

Goldfrapp - Ooh la la la

maio 07, 2006

snap


Snap – Momento em que há uma ruptura de todo o nosso equilíbrio.
E hoje aconteceu-me… Snap. E como é quase tudo na minha vida, foi brutal.

Eu tinha a esperança de que não viesse a acontecer, mas acho que não há nada que o pudesse evitar. Talvez se eu tivesse tomado o Zolof e o Bialzepam quando o médico disse que eu tinha uma depressãozinha, talvez então, não teria chegado ao ponto em que me sinto, de facto com uma depressão.

Não podemos pensar que as coisas que se passam na nossa vida não nos afectem, não nos toquem, não nos ferem, não nos fustiguem e que não deixem mazelas.
Eu sei que sou forte, mas sei que peco por pensar que sou mais forte do que, na realidade, sou. Claro que todas as pessoas fortes têm momentos de fraqueza. O ser-se forte não é nunca ter tido momentos maus. È ter momentos maus e continuar a lutar, é cair e levantar-se.

Vivi 6 anos em Londres. Anos fantásticos com algumas fases complicadas, mas foram tempos extraordinários. Liberdade total!
Faz agora 2 anos que voltei. Voltei porque vi que os meus pais precisavam de ajuda na doença.
O stress de uma mudança internacional. Despachar o conteúdo de uma casa, uma mota, um emprego. Ter que encontrar A casa para alugar em 2 semanas. Reafirmar-me profissionalmente.
Pegar nos assuntos dos meus pais, tratar de encontrar recursos para as suas necessidades, ajudar com certas compras, acompanha-los aos médicos, tratamentos. De repente a que era cuidada, é a que cuida.

Quando as coisas começam a acalmar, 4 meses depois, morreu a minha avó. A senhora da sopa das maçonas, do pão na cloche e que me ajudou a criar. Dois meses depois, morre o meu pai sem que algo o fizesse prever. Foi aqui que segundo a minha mãe me caiu o raio e a trindade em cima. Literalmente a minha mãe e os seus assuntos ficaram à minha guarda, à minha responsabilidade. Bem que gostava de a partilhar com a minha irmã. Mas infelizmente, esta é Bipolar.

Estas e outras coisas fazem parte constante da minha vida. Porque certas situações, há que aceita-las pura e simplesmente. O sacrifício não está no acto mas sim no coração.

E é certo que a vida emocional tem sido uma autêntica montanha russa. Mas isso também acontecia em Londres e antes de ir para Londres e antes e sempre…
E é certo que conquistei outras coisas, a carta de condução de ligeiros, o carro, a casa …
Mas as coisas que começam a fazer moça, penso que sempre me iludi que não.

Por isso os nervos fazem Snap. Porque estão em ebulição lenta, à espera da gota final.
E hoje foi um dia de trovoada:

Acordei sobressaltada com uma ressaca monumental –e só agora me lembrei que tenho Gurosan cá em casa – não fosse a ajuda de uma amiga, eu teria perdido o almoço com a minha mãe. Sendo o dia da mãe, não queria faltar.
Vou levar a amiga a casa depois vou ter com a minha mãe…
Vou bem disposta – a tarde e a noite de ontem foram muito divertidas –, Goldfrapp a bombar no iPod, que grande dia este vai ser … cheiro a coco de cão, olho para trás o Morgan tinha tido problemas. Primeira gota.
Paro o carro, entro em histerismo com o Morgan, limpo o melhor que posso a shit que ele fez mesmo em cima do estofo. A esta altura penso: a minha mãe vai-se passar.
Chego atrasada. A minha mãe entra no carro e no caminho para o Porto Alto vamos a discutir o problema do cão… Os pelos que ela não pode ter por perto por causa do problema dela.

Mesmo a chegar ao Porto Alto, bato com o carro no jipe que estava parado à boca da rotunda. Segunda gota – O jipe não sofre um arranhão e o meu carro tem um farolim partido, o capot danificado e a grelha da frente para trás. A minha mãe ficou nervosa, eu passei-me. Desatei a chorar e aos berros sobre a minha vida. Decido que vamos voltar para casa, não há almoço, não há mais nada. Mas lá fomos almoçar.

O almoço foi péssimo. A minha mãe e eu ainda fomos lentamente recuperando dos eventos da manhã. Tínhamos programado ir ao Freeport e lá nos forçamos a ir.
No caminho decido colocar os Goldfrapp para animar a coisa, coloco a mão na gaveta onde o escondo – Não está lá. Tenho um flash de não ter guardado o iPod antes de ir para o restaurante. Outro flash, as janelas abertas por causa do Morgan.
Paro o carro, vasculho o carro todo … assaltaram o carro.
Para grande desgosto meu roubaram-me o iPod. O objecto ao qual eu dou o maior valor na minha vida. Essencial. Vital no meu dia a dia. Aqui não sei quantas gotas foram, mas acho que o crédito esgotou-se aqui.
Novamente voltei a chorar desalmadamente e a questionar-me sobre as pessoas e o mundo em que vivemos e quão saturada estou das pessoas e farta da mediocridade e o que afinal de contas se espera de mim nesta vida?
Que estou farta de ser a menina boazinha e certinha, que diz bom dia e boa tarde a toda a gente – até mesmo aos vizinhos homofóbicos – que se dane. Farta de ser simpática, de perguntar às velhotas se precisam de ajuda com os carregos.
Eu se for uma besta por completo, assaltam-me à mesma o carro.

Chegamos ao freeport.
A minha mãe decide oferecer-me os ténis, que vão compor o fato que vou levar para o casamento, para o qual fomos convidadas. Damos uma voltinha curta e as coisas melhoram
Quando chego ao carro e abro a porta de trás para o Morgan esticar as pernas, vejo pedaços de cabedal creme roído. Automaticamente pensei “Ok Morgan, tu roeste algo que não devias, mas o quê” A reposta apareceu quando olhei para a porta e ele tinha ruído até à madeira parte da porta. Descalabro total. Como eu achava que a minha mãe já tinha tido muito num só dia, fiz para com que ela não se apercebesse.
Já perdi conta às gotas.

Chego finalmente a casa. O Morgan vai para o castigo sem que eu o tivesse mandado. Deixei-o lá ficar algum tempo. Quando vou para ir ter com ele, para me sentar ao pé dele a dar-lhe festas e tentar explicar-lhe as coisas, vejo-o na sala a roer a carpete grande da sala.

Desatei num choro convulsivo que não sei como é que consegui parar.
Depois de 3 telefonemas, de literalmente ter ido para o monte gritar, aqui estou eu a purgar da única forma que sei o que sinto.
E Sinto-me cansada. Sinto-me descompassada. Há mais de 2 meses que ando com Vertigo. Estou saturada de não me sentir bem.
A minha vontade primária é “Eu quero parar” Parar de ser precisa, parar de ter que estar atenta, parar de dar, parar de … precisar. Sinto-me exausta, presa, carenciada e isso entristece-me.

Ao longo da noite de hoje, tenho estado a tentar lidar com tudo isto. As conversas ajudam … Vou passar a tratar o Zolof e o amigo Bialzepam por tu. Vou considerar retornar o Morgan à sua primeira casa. Vou voltar a dar um intervalo grande à canabis. Não me vou meter em projectos durante um tempo.
E o mais importante, vou cortar com o que sinto pela Dabria – nome que dei à minha paixão secreta. Ou fantasia, ou ilusão, ou brincadeira como já lhe chamaram. – Vou negar o que sinto, não reagir, não tentar saber o que quero saber, não imaginar o que não devo.

Existe uma fase nova que se desenrola à minha frente. Não sei se depois do dia de hoje eu voltarei a ser como era. Em principio, não. Porque crescemos e mudamos. Mas não quero mudar e ser uma pessoa dark, introvertida, desconfiada, distante … que é como me sinto agora.

É interessante, como às vezes é bem claro que vai haver mudanças na nossa vida.
Este é um desses momentos.

maio 06, 2006

... empty ...




Sem fé, ouso pensar a vida como uma errância absurda a caminho da morte, certa. Não me coube em herança qualquer deus, nem ponto fixo sobre a terra de onde algum pudesse ver-me. Tão pouco me legaram o disfarçado fu­ror do céptico, a astúcia do racio­nalista ou a ardente candura do ateu.
Não ouso por isso acusar os que só acreditam naquilo de que duvi­do, nem os que fazem o culto da própria dúvida, como se não es­tivesse, também esta, rodeada de trevas. Seria eu, também, o acusa­do, pois de uma coisa estou certo: o ser humano tem uma necessidade de consolo impossível de satisfazer.
Como posso, assim, viver a felici­dade?

Procuro o que me pode consolar como o caçador persegue a caça, ati­rando sem hesitar sempre que algo se mexe na floresta. Quase sempre atinjo o vazio, mas, de tempos a tempos, não deixa de me tombar aos pés uma presa.
Célere, corro a apoderar-me dela, pois sei quão fugaz é o consolo, sopro dum vento que mal sobe pela árvore.
Debruço-me.
Tenho-a! Mas tenho o quê, entre estes dedos?

Se sou solitário - uma mulher amada, um desditoso companheiro de viagem.
Se sou poeta ou prisio­neiro - um arco de palavras que com assombro reteso, uma súbita suspeita de liberdade.
Se sou amea­çado pela morte ou pelo mar - um animal vivo e quente, coração que pulsa sarcástico; um recife de grani­to bem sólido.
Sendo tudo isso, é sempre escas­so o que tenho! - Stig DaGerman -”

Por vezes, há coisas que são completamente o oposto de escassas.
E de vez em quando aparece uma pessoa, pela qual a unica idiotice seria ...
Não lutar.

maio 04, 2006

... rendo-me ...



A idade talvez traga destas coisas. Uma certa calma e sangue frio perante certas e determinadas situações.

Há não muito tempo atrás – basta ver os posts do ano passado – eu fiquei perante uma situação idêntica à que me encontro agora persistir num caminho sem retorno ou sair calmamente.
Em Janeiro do ano passado eu decidi, insistir. Uma decisão que me lançou numa esfera de angústia e mágoa, uma decisão que viria a precisar de longos meses para finalmente deixar de fazer sentir-se as suas consequências. Emocionalmente, admito, fiquei uma lástima.

E uma pessoa demora a recuperar destas guerras amorosas, mas como guerreiras viciadas no sabor da paixão, voltamos a persistir. Mas, menos ingenuamente. Desta vez, vou calmamente por outro caminho. Naturalmente, sem fugir, sem resistir ... porque às vezes, nestas coisas, é pior quando se combate as emoções. Elas têm esta mania de se tornarem mais fortes ...


Rendo-me...
Rendo-me aos teus segredos, ao teu perfume, ao suor da tua pele.
Rendo-me, culpada de sentir-te alem da palavra e do intuir.
Ou do olhar que negas.

Rendo-me, rendo-me, desisto.
Mas leva contigo esta chama que me persegue, que não desaparece e que cresce à medida dos teus sorrisos…
Rendo-me, rendo-me, basta.
Mas pára com a tortura do desejo, nunca ouvir os teus murmúrios, deixar os teus lábios ignorantes à minha boca, nunca navegar no mar que escondes no teu corpo…


Rendo-me,
Rendo-me, fustigada pelo silêncio dos teus Ais que ecoam tambores dentro de mim.
Rendo-me, vencida de admirar-te alem do corpo e do sentir.
Ou do romance que receias.

... the end ...



Parece ser sina que me persegue, este romantismo cadente, que me atraiçoa. Este ficar leda, à mercê das tuas palavras do teu sorriso, deixas-me à procura da razão, que cada vez mais, se esvanece.

Tem uma essência este sentir, um toque de âmbar e jasmim, feitiço da tua secreta pele, dos teus olhos de mar que me embalam no silêncio da tua voz, na fantasia dos teus lábios.

Não sei ao certo o que é isto que sinto. Quão forte ou quão fraco, quanto é de ilusão ou fruto da minha vontade, quanto é solidão ou quanto é parte de ti também.
Sei que esta noite liberto o fôlego do teu nome, há momentos em que podemos de facto escolher certos e determinados caminhos.... E percorrer o caminho de tântalo, é algo para o qual não tenho forças.

abril 30, 2006

querido diário



Não tenho diário, mas se tivesse, a entrada do mesmo hoje seria:

Dear John,

Está provado, tenho queda natural para o que é difícil, para o que não me está acessível, para o que são terrenos proibidos. Pelo menos, os meus.
Há sempre aquele momento em que nós podemos controlar quando e se nos envolvemos com alguém. Mas se esse momento, como é o caso, tivesse sido perdido por uma questão de falta de coordenação de eventos. Por exemplo, primeiro sentimos um baque pela pessoa e só depois sabemos que afinal de contas, ali não há nada mais do que áreas movediças, ou uma pessoa que sabemos ser uma dor de coração … hearthache … logo à priori.

março 31, 2006

apelo da rede ex aequo

Foi hoje dado a conhecer no portal PortugalGay (http://portugalgay.pt/news/) a nova versão do hino da GALP, cantada por Demo e Júnior, com música de Manuel Faria e Nuno Tempero e letra de Pedro Bidarra, Nuno Jerónimo e Marco Pacheco a própósito do Mundial de 2006. O anúncio de televisão conta com Ricardo Quaresma, Cristiano Ronaldo e Hélder Postiga. Essa mesma versão pode também ser verificada no próprio site da Galp em http://www.galpenergia.com/Futebol+Positivo/Fun+Zone
/CampanhaPubMun2006.htm
.

"É o retrato de um país aplicado ao futebol.
Tem tudo o que é preciso, só perde por ser mole.
Toca a acordar, pessoal!
Queremos mais garra,
deixar de ficar felizes quando a bola vai à barra.
Vamos com tudo, meter o pé, chutar primeiro,
Que o último a chegar é panel****.
Ter medo deles? Isso era dantes!
Vamos embora encher de orgulho os emigrantes.
Sem esquecer que nas grandes emoções
quando grita um português, gritam logo 15 milhões".

Uma associada da rede ex aequo tomou a iniciativa de escrever directamente e demonstrar todo seu descontentamento e parcial desvinculação para com a Galp. Apelamos que façam o mesmo e que passem a palavra. Como diz a letra, é o retrato de um país aplicado ao futebol e à homofobia sem fronteiras. Se desejarem poderão utilizar o texto em baixo ou adaptá-lo.
MOSTRA O TEU DESAGRADO. FAZ A DIFERENÇA E AJUDA NO COMBATE À HOMOFOBIA!
Envia o teu email de protesto para:
galp@galpenergia.com
....

O meu já foi:


Caros senhores,

Nada positiva é a vossa associação a um hino homofóbico.
Isto só mostra o vosso total desconhecimento sobre ódio homofóbico e as diversas discriminações que sofrem os homossexuais. - As mesmas pessoas a quem vocês chamam de paneleiros – Se estivessem minimamente consciencializados, saberiam que este assunto é tudo menos Fun matter.

Saibam os senhores que, também, é por piadas como estas, que muitos dos vossos consumidores são prejudicados e discriminados social, familiar, profissional e financeiramente. Estas piadas, que já estão completamente desactualizadas, ajudam a promover estereótipos que continuam a fomentar atitudes homofóbicas. As mesmas atitudes que causam danos físicos, morais e – em alguns casos – o suicídio e homicídio de homossexuais.

Podem os senhores desculparem-se com a liberdade de expressão. Mas na vossa posição, deveriam de saber que há liberdades que é melhor não usarmos. Sobretudo as que provocam e instigam ao ódio. Esta é sem dúvida uma liberdade que os senhores não podiam usar levianamente. Não, quando tem a vossa empresa a responsabilidade civil que tem. Queiram os Senhores, por favor, informarem-se sobre a verdadeira realidade dos homossexuais para que compreendam a dimensão dos efeitos homofóbicos nas suas/nossas vidas. Ou serão os Senhores homofóbicos e assim está tudo justificado?

Como vossa consumidora, não quero estar associada a uma empresa que age de forma homófobia e que exclui os homossexuais. Entregarei o meu cartão de pontos no posto de gasolina -com um cópia desta carta – antes disso, terei o cuidado de trocar os meus milhares de pontos por produtos que não continuem a promover a vossa imagem. De igual modo irei substituir as 2 botijas de gás. Futuramente passarei a usar combustível e gás BP. O vosso mais directo concorrente!

Farei desta carta, uma carta aberta, para que outras pessoas indignadas com a vossa atitude homófobica façam o mesmo: Deixar de usar os vossos produtos.

Atentamente

Helena Margarida Martins
Activista Lésbica
http://www.pussycatblue.forumup.com/

março 02, 2006

morgan conhece o meco



março 01, 2006

morgan o husky



Apresento-vos o Morgan. Um Husky de 4 meses que veio bater à porta, ou melhor, acho que fomos bater à porta um do outro. Neste último natal, a Luna, a gatinha tigreza morreu durante o trabalho de parto. Chorei baba e ranho e provavelmente mais baba ainda. Quando enterrei a Luna, disse que nunca mais haveria de ter outro animal. Nem mesmo um peixinho. Nem mesmo uma tartaruga! A verdade é de que esta coisa de se ter o escritório em casa tem muito que se lhe diga. Por muito que possa ser fantástico, não ter que me preocupar com o transito, com o dormir as horas suficientes, com o que vou vestir ... A sério, em termos gerais, é optimo e muito saudavel ... mas no que toca à companhia ... Ui, as coisas são bem diferentes! Assim sendo, voltei a tirar os tapetes e há um cão cá em casa! Já era para ter chegado à mais tempo, visto que ele é a minha prenda de aniversário para mim própria. Contudo, o Sindroma de Vertigo voltou a atacar e tenho estado - faz já uma semana - de cama... Ou melhor, de sofá! Como hoje já me sinto bem melhor, fui logo buscar o Morgan.





De facto a diferença é tanta que, mesmo estando sozinha, desde de que o Morgan está em casa que já falei mais esta tarde do que o més inteiro! Quer dizer, comparando com outros periodos que eu esteja também sozinha em casa. Pois qualquer pessoa que me conheça, sabe que é impossivel eu falar mais numa tarde, do que num més inteiro.

fevereiro 23, 2006

festa da mulher aranha


Octopussy apresenta
a festa da...
Mulher Aranha


Casa Conveniente
4 Março – Sábado – 24 H

Miss Stephen Hawking
Estreia mundial: The Bitch Box
Introducing: DJ Sushimi + Miss Vaudeville –Live Act
Com a aparição, em exclusivo, da verdadeira e única Mulher Aranha: um beijo pode ser fatal.


Com esta festa pretendemos recuperar um ritual que ao longo de vários séculos foi praticado pela tribo celta dos Gaelios. Todos os anos, 17 luas antes da chegada da primavera, as mulheres da tribo reuniam-se num monte sagrado onde festejavam e celebravam a Mulher Aranha, ser criativo e criador do mundo. Durante dois dias, dançavam e cantavam, banhavam-se em hidromel e desfrutavam dos prazeres da vida em louvor de Liehbion, a mãe de Tudo, velha como o tempo e jovem como a eternidade.

De deusa da antiguidade a super-heroína, a figura da Mulher Aranha tem merecido lugar de destaque no imaginário colectivo. Vamos invocar o regresso de Liehbion, entidade sagrada que pode estar em toda a parte e ser muitas pessoas ao mesmo tempo, esperar pelo seu beijo fatal, fonte de juventude eterna, e exorcizar os corpos, numa cerimónia em que a dança e os demónios andam à solta.

Festa reservada a portadores de dois cromossomas XX, vulgo mulheres, que não tenham medo de se enredar na teia da Mulher Aranha... ela existe e está no meio de nós.

fevereiro 20, 2006

devilish



From Jonathan:

"They say, 'Better the devil you know than the devil you don't know'. I have never understood this. If there is a devil that you really don't know, how can you be sure that it actually is a devil? We live, do we not, in a monotheistic culture? So, if there is only one God, there must surely be only one devil too. Therefore, if there is a devil you know - and you know where that devil is, how can the alternative possibly be devilish?
You are now nervous of change. You should probably be a lot more nervous of stability."

fevereiro 19, 2006

i will never be the same



Quando eu e a minha primeira namorada “oficial” nos separamos, ela dedicou-me uma música da Melissa Etheridge – I will never be the same… eu nunca mais serei a mesma.

É claro que eu estava na minha, ainda, juventude ou diria antes, ainda na minha ingenuidade. E nessa altura acreditava que só por causa dela eu nunca mais viria a ser a mesma. Felizmente eu estava errada.

Todas as pessoas passam pela nossa vida por alguma razão. Algumas são fugazes como estrelas cadentes, outras deixam um rastro tipo cometa e poucas são como estrelas, cuja luz perdura muito após terem desaparecido da nossa vida. Mesmo que não o vejamos na altura, mesmo que não compreendamos a razão e o porquê da presença dessa pessoa nas nossas vidas, mais tarde ou mais cedo nos será revelado mais do que a ponta de um véu.

Embora eu tenha estado com demasiadas mulheres – note-se de que eu disse demasiadas e não muitas – apenas algumas tiveram o condão de me moldar, esculpir, transformar, evoluir … e outras tiveram a faca para me magoar. È claro que uma pessoa não pode continuar a mesma.
É como se tivesse sido cega em relação a determinadas coisas – boas e más – e depois de as ver e ou sentir, mesmo que por 10 minutos eu as quisesse ter novamente, ou eu não as quisesse jamais sentir.

Não falo das iluminações que vêm dos livros, dos filmes, das músicas, da arte … porque isso também nos transforma. Falo daquilo que se sente dentro de nós quando outra pessoa nos toca, que nos obriga a confrontar-nos com o pior que há em nós, com o melhor que temos para dar e também, claro, com todos os sonhos que ainda temos para cumprir.

Há um requiem que toca. Não temo a morte de nada do que sinto, pois nada para alem de renascimento é o que sinto.
Há mais um capítulo que se encerra. O único em que sinto que verdadeiramente aposto o resto da minha vida. Talvez eu seja um marinheiro que parta com certezas demais sobre o regresso ao porto seguro , talvez eu me torne um pirata ou talvez um fogo de St. Elmo me salve.

Na passada sexta feira fiz 34 anos. Julgava que tinha sangue Cigano, mas 3 dias e 3 noites foram a duração máxima das celebrações. Talvez um ano eu consiga os 7 dias.
O melhor da idade é esta certa tolerância para com os momentos acutilantes. A vida pode mudar radicalmente de um momento para o outro e digo-o literalmente.

Até lá …
Vamos vendo as nuvens passar...

fevereiro 05, 2006

canção do momento


a canção do momento no meu iPod... Glory Box dos Portishead

I'm so tired, of playing
Playing with this bow and arrow
Gonna give my heart away
Leave it to the other girls to play
For I've been a temptress too long

Just. .
Give me a reason to love you
Give me a reason to be, a woman
I just so wanna be a woman

From this time, unchained
We're all looking at a different picture
Thru this new frame of mind
A thousand flowers could bloom
Move over, and give us some room

Give me a reason to love you
Give me a reason to be ee, a woman
I just wanna be a woman

I'm so tired, of playing
Playing with this bow and arrow
Gonna give my heart away
Leave it to the other girls to play
For I've been a temptress too long

Just. .Give me a reason to love you
Give me a reason to be,
a woman
I just so wanna be a woman

So don't you stop, being a man
Just take a little look from our side when you can
Sow a little tenderness
No matter if you cry
Give me a reason to love you
Give me a reason to be ee, a woman
Its all I wanna be is all woman
For this is the beginning of forever and ever
Its time to move over... ...

fevereiro 03, 2006

to wait or not wait; to look or not to look...




Esperar ou não esperar; procurar ou não procurar e ademais o que é “andar” à procura de alguém?

Todas nós sabemos que é verdade: Acontece quando menos esperamos.
Acontece o quê? Apaixonar-nos.
Eu tenho várias experiências - e outras pessoas também – que podem comprovar esta situação. De que o acto de nos apaixonarmos não pode ser provocado por nós, não é um estado no qual nos possamos induzir - quer dizer de uma forma até podemos, mas não vamos por aí agora – e tão pouco o podemos previr.

Mas isso nós sabemos.
Tal como sabemos que não podemos entrar no Hibernatos Modus - a menos que precisemos desse estado como catarse - e nem tão pouco devemos entrar no Desesperus Modus - mesmo que seja para purgar algo!

Resta-nos então este “…row your boat gently down the stream…”, este esperar, este sonhar.

Segundo os Budistas devemos concentrar-nos naquilo que temos neste momento, aqui e agora é o que interessa. Esta sugestão de estado é válida tanto em relação ao passado como em relação ao dia de amanhã. Ou seja, por um lado devemos perdoar, aceitar e libertar o passado. Por outro lado, devemos não nos encher de esperanças e sonhos intangíveis… O aqui e agora é o ponto fulcral, seja qual for tempo do aqui e o espaço do agora.

É claro que os Budistas não seguem esta indicação por obra e graça do Dalai Lama.
Trata-se de uma questão dentro do âmbito da reencarnação, onde para passarmos para a próxima reencarnação com um karma mais “limpo” deveremos concentrar-nos naquilo que somos e que temos em qualquer momento das nossas vidas.
A ausência de perdão, o desejo de vingança e todos os actos amargurados, seguem connosco no renascimento. Tal como seguem os nossos desejos, as nossas ânsias …

Ok.
Sim. Hum. Hum. Yeap
Claro…
Ok

Tudo bem, mas como é que eu vou sair desta situação com menos “lascas” no meu Karma?
Quero dizer eu não ando em ânsias à procura de uma nova namorada, não ando a fazer figuras ridiculas aqui e ali (penso eu?!) … mas é claro que sinto a falta de sentir certas emoções, de me sentir apaixonada e ver o mundo como as pessoas apaixonadas vêem.
Já não sei se estou tranquila ou se estou conformada:
Há aquela coisa da tranquilidade, prestes a fazer 34 anos … bom círculo social, quando tiver que ser será … I know love is looking for me too…
Depois acho que me conformei. As minhas amigas dizem-me que procuro o sonho perfeito, outras que não aceito os defeitos “delas” e a minha mãe diz-me que eu sou uma pessoa muito independente. A toda esta poção de conjuros, juntamos um ingrediente muito especial: aparentemente, e segundo um teste, a percentagem de existência do tipo de mulher ideal para mim é de 9% … uma em 9%. E eu a pensar que a taxa de 1% nos preservativos era tramada!

Resumindo, serei uma tia solteirona, muito free spirit , meio caustica, com muitos gadgets e affairs.

fevereiro 01, 2006

precisam-se

janeiro 26, 2006

pussycat blue



O novo fórum da comunidade lésbica online
Pussycat Blue
Experimentem ... !

janeiro 24, 2006

feminilidade, onde reside?



Onde é que reside a feminilidade de uma mulher?
Nas saias que veste, na forma como segura o copo, o cigarro?
Na maquilhagem que usa, na joalharia, no cabelo comprido?
Na lingerie sedosa e rendada?
Onde reside a feminilidade?

Nesta questão lésbica são muitas as opiniões, porem existe a unanimidade de opiniões de que uma mulher feminina é aquela que se veste de forma tipicamente feminina – A que gosta de se arranjar, de se embelezar. Para mim, este é um erro. Consequência de uma preguiça mental.

A feminilidade de uma mulher está no seu interior, não no seu exterior. A imagem que se vê é em muitos dos casos a imagem que se quer dar. Por motivos vários.
A razão porque puxo este assunto é porque muitas pessoas enganam-se desastrosamente sobre mim. Digamos que eu também não ajudo a desmistificar a situação.
Quem olha para mim não dirá concerteza que sou feminina, porem – julgo – que também não dirão que sou masculina. Eu estou no meio, com a virtude ou não!

Há pouco tempo alguém me perguntou se eu gostava de ser um homem.
- Não, não gostaria de ser um homem. Gosto muito de ser mulher e é como mulher que amo mulheres. Não como um homem.
- Mas, tu vestes boxers e só te vejo de calças. Vestir boxers não é feminino, isso é o que os homens vestem.

A sério, gostaria que me dissessem a vossa opinião.
Onde reside a feminilidade de uma mulher?
A feminilidade é o carácter próprio da mulher, será que se vê isso pelo facto de uma mulher vestir ou não boxers?

janeiro 18, 2006

desalento





A minha dor é outra.
Não pertencer a mais niguém, se não a ti.
A minha dor é esta, não sei de ti.

Suspiro a espera num bafo quente.
Traz uma resignação fugaz, um contentamento perdido, no desasossego dessa paz... Que é ter-te presente.

São os meus braços vazios que te esperam, que por ti esmorecem, cansados ao final da noite ... por não te abraçar.

Exalo a angustia num verso mudo, que atiro ao mundo com esperança de ti. Traz um calor. Um falso farol que se apaga na luz da madrugada, da minha constante escuridão.

São os meus lábios cheios que te querem, que por ti latejam, desejos por cumprir no principio de cada toque... do teu perfume.

Solto a solidão e as lágrimas purgam-me a dor, os olhos, a alma, as mãos e o peito, também.
Mas nada cala o grito - que grito - quando o meu coração chama por ti ...
... Amada.

janeiro 12, 2006

Working in Progress



Há ciclos e ciclos, e mais uma vez a Avalonia entrou em centrífugação.
Os bastidores voltaram a mexer-se ... Voltamos dentro de momentos!

Helena