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maio 18, 2006

músicas daquelas






Há músicas que me entram no ouvido, outras na alma, outras parece que sairam do meu próprio sangue e há aquelas, raras canções, que de vez em quando me tomam como um todo, sem apelo nem agravo!

Sandi Thom - I wish I was a punk rocker with flowers on my head
O album de estreia da senhora Escocesa, chama-se Smile... Confuses people e estará à venda em Junho. Abençoados os pier by pier porque no meu iTunes esta música já toca em mode repeat!

Para saberen mais sobre a talentosa Sandi ... http://www.sandithom.com/site/index.php
Para ouvir o som ... http://www.sandithom.com/site/audio.php


Chorus

Oh I wish I was a punk rocker with flowers in my hair
In 77 and 69 revolution was in the air
I was born too late to a world that doesn’t care
Oh I wish I was a punk rocker with flowers in my hair

When the head of state didn’t play guitar,
Not everybody drove a car,
When music really mattered and radio was king,
When accountants didn’t have control
And the media couldn’t buy your soul
And computers were still scary and we didn’t know everything

Chorus

When popstars still remained a myth
And ignorance could still be bliss
And when God Save the Queen she turned a whiter shade of pale
When my mom and dad were in their teen
and anarchy was still a dream
and the only way to stay in touch was a letter in the mail

Chorus

When record shops were on top and vinyl was all that they stocked
and the super ferrari was still drifting out in space
kids were wearing hand me downs, and playing games meant kick arounds
and footballers still had long hair and dirt across their face

Chorus

I was born too late to a world that doesn’t care
Oh I wish I was a punk rocker with flowers in my hair

maio 12, 2006

... dream whisper ...


... mais uma lua cheia esta noite. Mais uma entre tantas, no entanto, para uma pagân como eu é a Lua Cheia.
A casa está arrumada, arrumei as emoções ... esta noite é tempo de abrir o círculo, evocar e renovar. É tempo de harmonizar... de me libertar.


So you walked with me for a while
Bared your naked soul
And you told me of your plan
How you would never let them know
In the morning of the night
You cried a long lost child
And I tried on I tried to hold you
But you were young
And you were wild

But I, I will never be the same
Oh I, I will never be the same
Caught in your eyes
Lost in your name
I will never be the same

Secrets of your lifeI never wanted for myself
But you guarded them like a lie
Placed up on the highest shelf
In the morning of the night
When I woke to find you gone
I knew your distant devil
Must be draggin' you along

And you swore that you were bound for glory
And for wanting you had no shame
But I loved you
And then I lost you
And I will never be the same

... Melissa Etheridge ...

maio 08, 2006

song for Dabria



Dial up my number now
Weaving it through the wire
Switch me on, turn me up
Don't want it Baudelaire
Just glitter lust
Switch me on, turn me up
I want to touch you
You're just made for love

I need la la la la la la
I need oh la la la la
I need la la la la la la
I need ooh la la la la...

Cause up and round me
Teasing your poetry
Switch me on, turn me up
Oh child of Venus
You're just made for love

I need la la la la la la
I need oh la la la la
I need la la la la la la
I need ooh la la la la...

You know I walk for days
I wanna waste some time
You wanna be so mean
You know I love to watch
I wanna love some more
It'll never be the same
A broken heel like a heart
I'll never walk again

Yeah!I need la la la la la la
I need oh la la la la
I need la la la la la la
I need ooh la la la la...

Goldfrapp - Ooh la la la

maio 07, 2006

snap


Snap – Momento em que há uma ruptura de todo o nosso equilíbrio.
E hoje aconteceu-me… Snap. E como é quase tudo na minha vida, foi brutal.

Eu tinha a esperança de que não viesse a acontecer, mas acho que não há nada que o pudesse evitar. Talvez se eu tivesse tomado o Zolof e o Bialzepam quando o médico disse que eu tinha uma depressãozinha, talvez então, não teria chegado ao ponto em que me sinto, de facto com uma depressão.

Não podemos pensar que as coisas que se passam na nossa vida não nos afectem, não nos toquem, não nos ferem, não nos fustiguem e que não deixem mazelas.
Eu sei que sou forte, mas sei que peco por pensar que sou mais forte do que, na realidade, sou. Claro que todas as pessoas fortes têm momentos de fraqueza. O ser-se forte não é nunca ter tido momentos maus. È ter momentos maus e continuar a lutar, é cair e levantar-se.

Vivi 6 anos em Londres. Anos fantásticos com algumas fases complicadas, mas foram tempos extraordinários. Liberdade total!
Faz agora 2 anos que voltei. Voltei porque vi que os meus pais precisavam de ajuda na doença.
O stress de uma mudança internacional. Despachar o conteúdo de uma casa, uma mota, um emprego. Ter que encontrar A casa para alugar em 2 semanas. Reafirmar-me profissionalmente.
Pegar nos assuntos dos meus pais, tratar de encontrar recursos para as suas necessidades, ajudar com certas compras, acompanha-los aos médicos, tratamentos. De repente a que era cuidada, é a que cuida.

Quando as coisas começam a acalmar, 4 meses depois, morreu a minha avó. A senhora da sopa das maçonas, do pão na cloche e que me ajudou a criar. Dois meses depois, morre o meu pai sem que algo o fizesse prever. Foi aqui que segundo a minha mãe me caiu o raio e a trindade em cima. Literalmente a minha mãe e os seus assuntos ficaram à minha guarda, à minha responsabilidade. Bem que gostava de a partilhar com a minha irmã. Mas infelizmente, esta é Bipolar.

Estas e outras coisas fazem parte constante da minha vida. Porque certas situações, há que aceita-las pura e simplesmente. O sacrifício não está no acto mas sim no coração.

E é certo que a vida emocional tem sido uma autêntica montanha russa. Mas isso também acontecia em Londres e antes de ir para Londres e antes e sempre…
E é certo que conquistei outras coisas, a carta de condução de ligeiros, o carro, a casa …
Mas as coisas que começam a fazer moça, penso que sempre me iludi que não.

Por isso os nervos fazem Snap. Porque estão em ebulição lenta, à espera da gota final.
E hoje foi um dia de trovoada:

Acordei sobressaltada com uma ressaca monumental –e só agora me lembrei que tenho Gurosan cá em casa – não fosse a ajuda de uma amiga, eu teria perdido o almoço com a minha mãe. Sendo o dia da mãe, não queria faltar.
Vou levar a amiga a casa depois vou ter com a minha mãe…
Vou bem disposta – a tarde e a noite de ontem foram muito divertidas –, Goldfrapp a bombar no iPod, que grande dia este vai ser … cheiro a coco de cão, olho para trás o Morgan tinha tido problemas. Primeira gota.
Paro o carro, entro em histerismo com o Morgan, limpo o melhor que posso a shit que ele fez mesmo em cima do estofo. A esta altura penso: a minha mãe vai-se passar.
Chego atrasada. A minha mãe entra no carro e no caminho para o Porto Alto vamos a discutir o problema do cão… Os pelos que ela não pode ter por perto por causa do problema dela.

Mesmo a chegar ao Porto Alto, bato com o carro no jipe que estava parado à boca da rotunda. Segunda gota – O jipe não sofre um arranhão e o meu carro tem um farolim partido, o capot danificado e a grelha da frente para trás. A minha mãe ficou nervosa, eu passei-me. Desatei a chorar e aos berros sobre a minha vida. Decido que vamos voltar para casa, não há almoço, não há mais nada. Mas lá fomos almoçar.

O almoço foi péssimo. A minha mãe e eu ainda fomos lentamente recuperando dos eventos da manhã. Tínhamos programado ir ao Freeport e lá nos forçamos a ir.
No caminho decido colocar os Goldfrapp para animar a coisa, coloco a mão na gaveta onde o escondo – Não está lá. Tenho um flash de não ter guardado o iPod antes de ir para o restaurante. Outro flash, as janelas abertas por causa do Morgan.
Paro o carro, vasculho o carro todo … assaltaram o carro.
Para grande desgosto meu roubaram-me o iPod. O objecto ao qual eu dou o maior valor na minha vida. Essencial. Vital no meu dia a dia. Aqui não sei quantas gotas foram, mas acho que o crédito esgotou-se aqui.
Novamente voltei a chorar desalmadamente e a questionar-me sobre as pessoas e o mundo em que vivemos e quão saturada estou das pessoas e farta da mediocridade e o que afinal de contas se espera de mim nesta vida?
Que estou farta de ser a menina boazinha e certinha, que diz bom dia e boa tarde a toda a gente – até mesmo aos vizinhos homofóbicos – que se dane. Farta de ser simpática, de perguntar às velhotas se precisam de ajuda com os carregos.
Eu se for uma besta por completo, assaltam-me à mesma o carro.

Chegamos ao freeport.
A minha mãe decide oferecer-me os ténis, que vão compor o fato que vou levar para o casamento, para o qual fomos convidadas. Damos uma voltinha curta e as coisas melhoram
Quando chego ao carro e abro a porta de trás para o Morgan esticar as pernas, vejo pedaços de cabedal creme roído. Automaticamente pensei “Ok Morgan, tu roeste algo que não devias, mas o quê” A reposta apareceu quando olhei para a porta e ele tinha ruído até à madeira parte da porta. Descalabro total. Como eu achava que a minha mãe já tinha tido muito num só dia, fiz para com que ela não se apercebesse.
Já perdi conta às gotas.

Chego finalmente a casa. O Morgan vai para o castigo sem que eu o tivesse mandado. Deixei-o lá ficar algum tempo. Quando vou para ir ter com ele, para me sentar ao pé dele a dar-lhe festas e tentar explicar-lhe as coisas, vejo-o na sala a roer a carpete grande da sala.

Desatei num choro convulsivo que não sei como é que consegui parar.
Depois de 3 telefonemas, de literalmente ter ido para o monte gritar, aqui estou eu a purgar da única forma que sei o que sinto.
E Sinto-me cansada. Sinto-me descompassada. Há mais de 2 meses que ando com Vertigo. Estou saturada de não me sentir bem.
A minha vontade primária é “Eu quero parar” Parar de ser precisa, parar de ter que estar atenta, parar de dar, parar de … precisar. Sinto-me exausta, presa, carenciada e isso entristece-me.

Ao longo da noite de hoje, tenho estado a tentar lidar com tudo isto. As conversas ajudam … Vou passar a tratar o Zolof e o amigo Bialzepam por tu. Vou considerar retornar o Morgan à sua primeira casa. Vou voltar a dar um intervalo grande à canabis. Não me vou meter em projectos durante um tempo.
E o mais importante, vou cortar com o que sinto pela Dabria – nome que dei à minha paixão secreta. Ou fantasia, ou ilusão, ou brincadeira como já lhe chamaram. – Vou negar o que sinto, não reagir, não tentar saber o que quero saber, não imaginar o que não devo.

Existe uma fase nova que se desenrola à minha frente. Não sei se depois do dia de hoje eu voltarei a ser como era. Em principio, não. Porque crescemos e mudamos. Mas não quero mudar e ser uma pessoa dark, introvertida, desconfiada, distante … que é como me sinto agora.

É interessante, como às vezes é bem claro que vai haver mudanças na nossa vida.
Este é um desses momentos.

maio 06, 2006

... empty ...




Sem fé, ouso pensar a vida como uma errância absurda a caminho da morte, certa. Não me coube em herança qualquer deus, nem ponto fixo sobre a terra de onde algum pudesse ver-me. Tão pouco me legaram o disfarçado fu­ror do céptico, a astúcia do racio­nalista ou a ardente candura do ateu.
Não ouso por isso acusar os que só acreditam naquilo de que duvi­do, nem os que fazem o culto da própria dúvida, como se não es­tivesse, também esta, rodeada de trevas. Seria eu, também, o acusa­do, pois de uma coisa estou certo: o ser humano tem uma necessidade de consolo impossível de satisfazer.
Como posso, assim, viver a felici­dade?

Procuro o que me pode consolar como o caçador persegue a caça, ati­rando sem hesitar sempre que algo se mexe na floresta. Quase sempre atinjo o vazio, mas, de tempos a tempos, não deixa de me tombar aos pés uma presa.
Célere, corro a apoderar-me dela, pois sei quão fugaz é o consolo, sopro dum vento que mal sobe pela árvore.
Debruço-me.
Tenho-a! Mas tenho o quê, entre estes dedos?

Se sou solitário - uma mulher amada, um desditoso companheiro de viagem.
Se sou poeta ou prisio­neiro - um arco de palavras que com assombro reteso, uma súbita suspeita de liberdade.
Se sou amea­çado pela morte ou pelo mar - um animal vivo e quente, coração que pulsa sarcástico; um recife de grani­to bem sólido.
Sendo tudo isso, é sempre escas­so o que tenho! - Stig DaGerman -”

Por vezes, há coisas que são completamente o oposto de escassas.
E de vez em quando aparece uma pessoa, pela qual a unica idiotice seria ...
Não lutar.

maio 04, 2006

... rendo-me ...



A idade talvez traga destas coisas. Uma certa calma e sangue frio perante certas e determinadas situações.

Há não muito tempo atrás – basta ver os posts do ano passado – eu fiquei perante uma situação idêntica à que me encontro agora persistir num caminho sem retorno ou sair calmamente.
Em Janeiro do ano passado eu decidi, insistir. Uma decisão que me lançou numa esfera de angústia e mágoa, uma decisão que viria a precisar de longos meses para finalmente deixar de fazer sentir-se as suas consequências. Emocionalmente, admito, fiquei uma lástima.

E uma pessoa demora a recuperar destas guerras amorosas, mas como guerreiras viciadas no sabor da paixão, voltamos a persistir. Mas, menos ingenuamente. Desta vez, vou calmamente por outro caminho. Naturalmente, sem fugir, sem resistir ... porque às vezes, nestas coisas, é pior quando se combate as emoções. Elas têm esta mania de se tornarem mais fortes ...


Rendo-me...
Rendo-me aos teus segredos, ao teu perfume, ao suor da tua pele.
Rendo-me, culpada de sentir-te alem da palavra e do intuir.
Ou do olhar que negas.

Rendo-me, rendo-me, desisto.
Mas leva contigo esta chama que me persegue, que não desaparece e que cresce à medida dos teus sorrisos…
Rendo-me, rendo-me, basta.
Mas pára com a tortura do desejo, nunca ouvir os teus murmúrios, deixar os teus lábios ignorantes à minha boca, nunca navegar no mar que escondes no teu corpo…


Rendo-me,
Rendo-me, fustigada pelo silêncio dos teus Ais que ecoam tambores dentro de mim.
Rendo-me, vencida de admirar-te alem do corpo e do sentir.
Ou do romance que receias.

... the end ...



Parece ser sina que me persegue, este romantismo cadente, que me atraiçoa. Este ficar leda, à mercê das tuas palavras do teu sorriso, deixas-me à procura da razão, que cada vez mais, se esvanece.

Tem uma essência este sentir, um toque de âmbar e jasmim, feitiço da tua secreta pele, dos teus olhos de mar que me embalam no silêncio da tua voz, na fantasia dos teus lábios.

Não sei ao certo o que é isto que sinto. Quão forte ou quão fraco, quanto é de ilusão ou fruto da minha vontade, quanto é solidão ou quanto é parte de ti também.
Sei que esta noite liberto o fôlego do teu nome, há momentos em que podemos de facto escolher certos e determinados caminhos.... E percorrer o caminho de tântalo, é algo para o qual não tenho forças.