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dezembro 16, 2005

kiss, kiss, Poly's lips, part 2

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Pois é.
Candeia que vai á frente ilumina duas vezes.

Existe um grupo de POLYAMORY em PORTUGAL.

http://www.poliamor.pt.to/
http://groups.yahoo.com/group/poly_portugal/messages

somos 24, nao contando com os que andam p'rai á solta, sem saber que existe uma comunidade.

é um grupo jeitosinho, bem composto, muito variado, originario de várias cenas e orientacoes. Está se bem.

Seria porreiro que mais pessoal aparecece. Mesmo que nao tenham poly tendencias, que tragam discussoes e perguntas.. salutar para todos!

Aparecam!

novembro 16, 2005

kiss, kiss, Poly's lips...

A Avalone pediu me para eu voltar a escrever eu fiz uma fita danada por achar que nao tinha nada para contar.

Mas pensei melhor, enchi-me de lata e decidi comecar a escrever sobre aquilo que me foi sugerido por ela no principio: Polyamory (poliamor em português).

Viver Polyamory é viver sem a associacao automática e implícita de amor a monogamia. Como isso se poe depois em prática ou nao, com mais ou menos sucesso, é um desafio á criatividade de cada um@. A partir do momento em que se acredita nessa ideia, cada relacao tem total liberdade de encontrar as solucoes que melhor se lhe ajustam.

A primeira vez que a ideia me passou pela cabeca foi por alturas de 94. Gracas á internet e a alguma literatura descobri que havia mais gente no mundo a pensar e a sentir assim. Nao estava sozinha. Entre 94 e o momento presente tive oportunidade de passar da teoria á prática. Hove coisas que correram bem, houve coisas que correram mal, houve coisas que correram terrivelmente mal. Mas nao senti que o prefixo "poli" fosse o factor desestabilisante.

Durante os últimos anos nao tive muita vontade de falar acerca disto, porque a maior parte das reaccoes eram muito pouco encorajadoras ou mesmo hostis. Acabei por me isolar um bocado em tudo o que dizia respeito a essa parte da minha vida.

Ultimamente descobri, quase por acaso, que toda essa nossa comunidade invisivel que andava por ai em clusters distribuidos pelo mundo comecou a sair da casca. Há duas semanas foi a primeira Conferencia Internacional de Polyamory em Hamburgo (http://www.sozialwiss.uni-hamburg.de/publish/isoz/lehrende/pieper.html#Workshops%20&%20Konferenzen). Este domingo o tema (mais particularmente o que se passa nos USA) foi capa do jornal "the Guardian" (http://www.guardian.co.uk/usa/story/0,12271,1641613,00.html).

Naturalmente estes ultimos acontecimentos, este sair para a ribalta, encoraja me a falar da minha propria experiência.

Fiz uma pesquisa, e vi que em portugal há umas coisas, mas parecem ser sites para contactos, e nao para discussao ou suporte.

Por isso, e fica aqui o desafio: gostaria de discutir isto com quem se interessar, e conhecer pessoas que tenham eventualmente experiencias semelhantes. Venham daí os vossos comentarios. Alguém sabe se existe um grupo de discussao? senao existe pode passar a existir! Eu sei que vocês andam aí!

Digam coisas para este email: antidote#imensis.net (o # substitui a "arroba" para evitar spam!)

(e nao, nao estou aberta a uma nova relacao ;-))

outubro 13, 2005

she´s back


Nem quiz acreditar quando ouvi pela primeira vez o novo single da Kate Bush: King of the Mountain. O primeiro a ser extraido do album Aerial com lançamento agendado para Novembro.

Passaram-se 12 anos e é um prazer ter som renovado da elegantissima Kate Bush.
Já tinhamos saudades!!

outubro 12, 2005

...vagina fact ...


è certo que foram muitas as visitas, mas é certo também que muitos foram os presentes.
A Regina trouxe-me The Vagina Monologues de Eve Ensler e simplesmente adorei. The Vagina Monologues é uma paixão minha, quando estava em Londres fui ver o espectáculo 4 vezes - duas vezes cada época - delirei com a Jerry Hall em Reclaiming the word cunt e amei a Lisa Stansfield.

Ter o livro foi poder recordar tudo de novo e recordar isto também:

" The clitoris is pure in purpose. It is the only organ in the body designed purely for pleasure. The clitoris is simply a bundle of nerves: 8,000 nerve fibers, to be precise. That´s a higher concentration of nerve fibers than is found anywhere else in the body, including the fingertips, lips, and tongue, and it is twice ... TWICE ... twice the number in the penis.
Who needs a handgun when you´ve got a semi-automatic.
- from Woman: An Intimate Geography, by Natalie Angier"

outubro 06, 2005

independência


Eu não sou concretamente uma ignorante de mim mesma, ou seja, eu conheço-me … ou tento conhecer-me e nesse processo – por vezes – oiço o que outros dizem sobre mim aqui e ali. Note-se de quando eu digo outros, refiro-me à minha mãe e aos meus amigos mais chegados. Tudo o resto, questiono muito… o bom e o mau.

Em todo este processo é interessante ver como as pessoas se debatem todas nos mesmos problemas … independência, teimosia e obstinada.
E ainda esta noite disseram-me que eu tenho mau feitio.

Eu? Mau feitio? Eu??
Eu, Helena Margarida, protectora dos animais e das plantas, simpática, que ajuda velhotas a atravessar a rua, que é uma simpatia para os vizinhos, que cuido das minhas coisas, generosa para com os meus amigos, cuido da minha mãe, que ambiciono amar uma pessoa para toda a vida, eu sssssrrrrrrrraaaatttttttttccccccchhhhhhhhhhhhhhhhhhhh …. Mau feitio?

Ela tem razão. De vez em quando eu tenho um geniozinho!
E ela, trata-se de Olhos de Chocolate, entretanto acho que já chegou a altura de deixar este nome tribal e dizer o seu nome: Lúcia … Lucy.

Pois bem … sobre mim!
Eu sei que tenho muitas coisas boas. Muitas mesmo.
Mas também sei de que tenho coisas más. Sei de que sou teimosa e que quando meto uma coisa na cabeça não descanso enquanto não a faço ou tenho. Sei de que gosto de depender de mim e só de mim, detesto pedir favores no entanto adoro ajudar alguém, gosto de fazer as coisas sozinha, porque se sou capaz ou se estou capaz de as fazer porquê pedir ajuda?

Há cerca de 2 dias atrás a minha mãe perguntou pela Lucy.
- A Lucyy, tens estado com ela?
- Sim de vez em quando estou com ela, fomos à praia este fim de semana.
- E então?
- E então o quê? – pergunto à minha mãe com os olhos arregalados, mas eu sabia o que ela queria saber e continuei:
… Então que, ela gosta muito de mim mas não estou a conseguir conresponder.
- Pois – começa a minha mãe com toda a sua sabedoria – tu és muito independente. Tu passas muito e bom tempo com as tuas coisas, os teus amigos, o teu surf, o teu cinema. O facto de seres muito independente faz com que não aceites muito bem os pequenos defeitos dos outros.
Olhei para a minha mãe e voltei a colocar os olhos na estrada e a estrada virou ringue de pensamentos.

Eu sei que o excesso de independência pode ser uma coisa tão má como a falta dela. Eu sei disso e também sei que tenho que resfriar esta minha independência.

Esta noite teve a oportunidade para fazer diferente e fi-lo.
Desta vez aceitei ajuda para cozinhar. Pode não parecer muito, mas para uma pessoa possessiva com a sua cozinha – não que seja nada de especial – e com a forma como cozinha, ter outra pessoa por perto – mesmo que abrir as latas e a cortar o frango – pode ser um pouco complicado. Mas não foi.

Eu não acredito estar certa em tudo. Claro que não, mas a única coisa que eu posso fazer é ser o meu melhor dentro de aq que eu acredito ser verdade. Se ao longo desse caminho as coisas se modificam… eu terei que modificar-me com elas, moldar-me sem perder a minha personalidade e individualidade.

Não me importo de ceder um pouco… se a outra pessoa souber receber.

outubro 04, 2005


Estou a adorar o novo algum dos The Magic Numbers, faixa a faixa um trabalho intoxicante de mais uma banda com dois irm�os ... Sean o baterista e Angela a vocalista.

season over


Acabou a temporada!
Durante todo o verão tenho recebido os meus amigos de Londres mais chegados, porem Setembro foi tão agitado de que não me lembro de dias concretos. Para mim tudo não passou de um flash onde durante o qual recebi a visita da minha amiga Naomi, depois Donna e Emma e depois a Regina e o David.
Quando estacionei o carro à porta da casa depois de ter levado as últimas visitas ao aeroporto, a primeira sensação foi: “Season Over”

Apesar do ritmo acelerado, trabalhar, olhar pela minha mãe, passear com as visitas, confesso que não mudaria nada. Estes meus amigos - mais a Edi que me visitou em Maio e a Nagwa que veio em Julho - são pessoas que já me conhecem não só há muito tempo como também em diferentes fases da minha vida. Para mim deu-me um imenso prazer mostrar-lhes a minha nova vida e quão bonita é esta região.

Com tantas visitas e com tanto para mostrar, decidi fazer um Tour Turístico que englobou alguns pontos turísticos. Assim cada visita que eu recebia levava a Cascais, Guincho, Sintra, Castelo de Mouros, Casa do Vinho do Porto, Ericeira, Meco, Sesimbra e claro Lisboa … todas estas visitas acompanhadas com bons vinhos, restaurantes simpáticos e … Tenho que agradecer este Indian Summer, não há nada que impressione mais um Londrino do que céu azul e calor em todas as manhãs!
Até eu estou impressionada.

No passado fim-de-semana fui finalmente satisfazer a sede de ondas. Surfei até me apetecer e até poder! Para quem no início do verão tinha tanta sede de praia, de ondas e de calor, o facto de ter verão até Outubro é magnífico!


Edi in Setubal


a minha irmã no Music Garden!
Style runs in the family


Nagwa and me... the Clubbing Team


Eu e a minha no seu 66º aniversário a 17 de Setembro em Sesimbra!


Emma and Donnain Meco ate sunset


Naomi and me in Cabo Espichel.
Yes, it is a skirt!


Manel das Cordonizes - Palmela
Olhos de Chocolate, Donna, Emma and me
The best pork ribs in the world


Sunset Meco

setembro 21, 2005

click ou clack


Amor.
Afinal de contas o que esperamos dele? Como o pensamos encontrar, como o pensamos viver? Sim, sim, excelentes perguntas! De certo cada uma delas merecia aqui um post por si só, mas … esquecemo-nos um pouco dos pós e vamos só pensar no essencial: Como reconhecer o amor? Tudo o mais nunca poderá ser vivido se este momento não acontecer… reconhecer o amor. Não digo um amor, mais um amor, aquele amor… digo O amor, falo da união na eternidade desta vida.
Como reconhecer esse amor? O amor de uma alma gémea.

Existem alturas complicadas na minha vida, em que toda esta coisa da alma gémea me confunde um pouco. Ás vezes penso que tudo não passa de filosofias antigas, de um mito, uma lenda, uma cruzada, um negócio, uma esperança, um eneolítico e outras vezes penso que … já nem sei.

Mas, uma coisa eu sei, aquilo que eu sinto neste momento está longe de ser o que eu deveria de sentir para me entregar numa nova aventura. Talvez o racional tenha finalmente apoderado do meu lado emocional. Ou talvez tenha simplesmente apreendido com os erros das relações anteriores.

Apesar de todo o desconhecido que enfrentamos no início de uma nova relação, existem sempre sinais positivos e negativos. Sinais positivos que nos fazem sentirmos seguras, desejosas, confortáveis no caminho que se segue; Sinais negativos que nos fazem sentir ansiosas, desconfiadas e a sensação de que já aqui estivemos antes.

Por mim acredito que é escusado forçar algo que não se sente.
Não está aqui
Não consigo dar

setembro 20, 2005

rendo-me


È incrível como pode ser curta a estadia nos braços do amor.
Não que o amor não seja bom, mas pelo simples facto de que não são os braços certos para nós. São partidas que nos pregam os relacionamentos, as conquistas, os sonhos e os desejos.

O fim-de-semana no Algarve não correu como previsto. Nem pouco mais ou menos.
Do vitral das apaixonadas, sobraram apenas algumas imagens inteiras. Todas as outras foram-se partindo… provavelmente tornei-me demasiado exigente. Desta vez, foi o amor que me encontrou. Veio bater-me à porta, falou comigo, entregou-se … e eu não consigo corresponder.

Já se passaram muitos relacionamentos, muitas paixões, muitos erros e desconcertos e uma pessoa começa a ter cada vez mais a ideia daquela que é a “pessoa certa”. Medos dos erros do passado, medos dos mesmos sofrimentos, medo de estar a empatar o futuro, fazem com que eu não queira nada menos do que a pessoa certa.

Como saber quem é a pessoa certa?
Sente-se, é-me dito. Sente-se como nunca se sentiu antes …

Confesso que começo a sentir-me ridícula.
Ridícula por correr tanto atrás das coisas, apenas para me desiludir.
Ridícula por sentir-me sozinha e ao mesmo tempo ter esta necessidade de encontrar o amor de uma vida.
Ridícula … e rendo-me.

setembro 14, 2005

... life is but a dream


Todas as semanas há o mesmo ritual:
De manhã faz-se a recolha de sangue para analisar se o corpo está em condições para receber quimioterapia. Um dos efeitos do tratamento é o inchaço dos braços e das pernas dificultando assim a recolha de sangue.
Na passada Segunda Feira, a minha mãe foi picada 12 vezes, sem que mesmo assim tenham conseguido tirar sangue suficiente para análise. Se à Segunda não se consegue, volta-se a tentar na Terça. Foi o que aconteceu esta semana.

Se a analise é bem sucedida, à tarde vamos para a Clínica de Stº António, na Reboleira, receber 2 tratamentos de quimioterapia. Ambos por via intravenosa, o que implica picar novamente o corpo outras tantas vezes. Ontem, a minha mãe recebeu o tratamento através de uma veia no pé. Quando tudo acabou já passava das 8 da noite. Fui buscar a cadeira de rodas e passamos à 3ª fase do dia.
Vamos para casa onde lhe ajudo a tomar banho, a vestir-se, dou-lhe o jantar e venho-me embora.

Hoje, ela sente-se estafada, mais logo começaram as dores e com um pouco de sorte não fará obstipação, vai passar os próximos dias deitada com dores, no sábado vai sentir-se muito debilitada, Domingo sente-se um pouco melhor e Segunda volta ao tratamento.

Tem sido assim desde há muito tempo.
Mas há dias melhores do que outros.

Há 3 anos que a minha mãe luta contra o Cancro.
Até Março passado eu acreditava piamente de que a minha mãe iria vencer mais este desafio na vida dela. Porém, por muita fé que se tenha, por muita esperança que nos ilumine, os exames são magnânimos: o cancro está a evoluir.
Seja como for, a minha mãe tem continuado a fazer os tratamentos.

A Quimioterapia é como o nome indica uma terapia através de químicos. Existem cerca de 8 químicos diferentes utilizados no combate e à erradicação das células cancerígenas. Para cada tipo de cancro, consoante cada tipo de paciente, existem diversas combinações de químicos diferentes.
Ao longo da sua jornada, a minha mãe já experimentou várias combinações e ontem ficamos a saber que nenhuma das duas combinações – que ela está neste momento a tomar – estão a fazer efeito.

Torna-se difícil sofrer e ver o sofrimento de alguém quando este sofrimento está a ser gratuito.

Aquilo que eu sofro não é nada, nada, rigorosamente nada … comparado com aquilo que a minha mãe sofre. Mas a verdade é de que por tão elevado amor que lhe tenho, não posso vê-la sofrer e não sofrer com ela, não chorar um pouco das suas lágrimas, não acalmar os seus gemidos, não abraçar as suas carências.

Tanto eu como a minha mãe, sentimos e sabemos que esta jornada aproxima-se do final.
Hoje marcaram-se novos exames. Mediante os resultados, a minha mãe vai decidir se vai ou não continuar a fazer quimioterapia.

Não quero soar pessimista ou fatalista - vocês sabem que eu não sou assim -, mas se há um desgaste, uma saturação por tanto “endurance” de sofrimento, a verdade é de que o pior ainda está para vir.

Row Row Row
Your boat gently down the stream
Merrly merrly merrly
Life is but a dream….

agosto 26, 2005

soul love



Para os olhos mais atentos é impossível disfarçar que o amor finalmente me apanhou.

Trata-se de uma amiga de longa data – Olhos de Chocolate –, dos tempos complicados e da certeza de que nem eu nem ela pertencíamos aquelas pessoas, mas também não sabíamos como não estar ali. Outros filmes e anos mais tarde os nossos caminhos cruzaram-se de novo.


Aos poucos e poucos algo foi crescendo dentro dela, algo foi crescendo dentro de mim e por uns tempos eu não sei se estava cega ou se já não acreditava no que sentia. A verdade é de que ontem à noite, durante um jantar mais normal possível – nada de velas, nada de musica calma, nada de afrodisíacos malucos na comida – de repente, toda a conversa, toda a intensidade fez com que como se tivessem me tirado umas palas dos olhos e eu pudesse de repente ver tudo muito mais claro. Não havia mais névoa, não havia mais distorção, tudo estava nítido e como eu que eu nunca o tinha visto antes.

Entre uma palavra e um sorriso, Eros foi implacável.
Certeiro como nunca antes tinha sido, determinado como nunca o conheci. Desta vez não foi por brincadeira, desta vez Eros cumpria ordens do destino.

Pensei em dizer-lhe que tinha acabado de me apaixonar por ela. Sabia o quanto ela ansiava por ouvi-lo, já passei pelo mesmo … a nossa vida no limbo, expomos as nossas fraquezas e ficamos à mercê da eternidade ou da faca. Eu poderia ter acabado com a angústia dela ali mesmo, mas não.
Não que quisesse prolongar a sua angustia, não nada disso. Mas eu queria compreender primeiro porque me tinha levado tanto tempo a perceber uma coisa tão óbvia e mais do que isso … tão intensa.

Acredito que a determinada altura eu não pudesse mais disfarçar, se os meus olhos brilham quando feliz, naquela altura deveriam de ter o brilho do sol. Disse-lhe e voltei a dizer-lhe e não parei de o dizer a noite toda. E depois abracei-a como se fosse a primeira vez, beijei-a como se fosse a única e amei-a como se fosse a última vez.

Estou de novo de partida para a Carrapateira.
A viagem para 3 dias de Surf há muito que estava preparada … mas há uma situação que não estava prevista. Desta vez não vou sozinha!

Partimos hoje no Soul Car e se eu não der noticias terça de manhã...
não enviem ninguém à minha procura!!
Eu estou bem, estou nos braços do amor.

falta-me o ar


Thank you for waiting for me!
Thank you for making me see what I was afraid to feel...
I was already feeling it and I kept trying running away from my own feeelings, from you.
Thank you for waiting for me.
Today, you hold my heart in your hands,
my dreams in your will,
my desire in your skin.
Today I live, thanks to you!
so very yours...
Helena

para a minha Deusa


Para ti meu amor, meu tesouro ... do "meu" poeta

Monólogo de Orfeu
by Vinicius de Moraes

Mulher mais adorada!
Agora que não estás, deixa que rompa
O meu peito em soluços!
Te enrustiste Em minha vida; e cada hora que passa
É mais por que te amar, a hora derrama
O seu óleo de amor, em mim, amada...

E sabes de uma coisa? Cada vez
Que o sofrimento vem, essa saudade
De estar perto, se longe, ou estar mais perto
Se perto, – que é que eu sei! Essa agonia
De viver fraco, o peito extravasado
O mel correndo; essa incapacidade
De me sentir mais eu, Orfeu; tudo isso
Que é bem capaz de confundir o espírito
De um homem – nada disso tem importância

Quando tu chegas com essa charla antiga
Esse contentamento, essa harmonia
Esse corpo! E me dizes essas coisas
Que me dão essa força, essa coragem
Esse orgulho de rei. Ah, minha Eurídice
Meu verso, meu silêncio, minha música!
Nunca fujas de mim! Sem ti sou nada
Sou coisa sem razão, jogada, sou Pedra rolada.
Orfeu menos Eurídice...Coisa incompreensível! A existência
Sem ti é como olhar para um relógio
Só com o ponteiro dos minutos. Tu
És a hora, és o que dá sentido
E direção ao tempo, minha amiga
Mais querida!
Qual mãe, qual pai, qual nada!
A beleza da vida és tu, amada
Milhões amada! Ah! Criatura! Quem
Poderia pensar que Orfeu: Orfeu
Cujo violão é a vida da cidade
E cuja fala, como o vento à flor
Despetala as mulheres - que ele, Orfeu
Ficasse assim rendido aos teus encantos!
Mulata, pele escura, dente branco
Vai teu caminho que eu vou te seguindo
No pensamento e aqui me deixo rente
Quando voltares, pela lua cheia
Para os braços sem fim do teu amigo!
Vai tua vida, pássaro contente
Vai tua vida que estarei contigo!

agosto 22, 2005

... there is light in my heart for you.


Do "teu" poeta, José régio ... Metafísica

De cada vez que nos teus braços
Por uns momentos morro,
Nos abismos de mim o meu amor pede socorro
Como se à força alguém lhe desatasse os laços.

De cada vez apreendo
Que fica em muito pouco, ou nada, aquele tanto
Que o querer ter promete, enquanto
Se não tendo.

Desejar é que é ter! mas não nos basta.
Sonhar é que é possuir sem tédio nem cansaços.
Sei-o, mas só já morto nos teus braços.
Sofre a carne de ter, ou de ser casta.

Sobre o desejo farto, a alma se debruça,
Contempla o nada a que o fartá-lo aponta.
E atrás do mesmo nada eis que ela mesma, tonta,
Vai, se a carne reacende a escaramuça.

Entrar num corpo até onde se oculte
O para Lá do corpo - eis o supremo sonho.
De que desejos o componho,
Se ei-lo se descompõe quando o desejo avulte?

Sôfrega, a carne pede carne.
Saciada, Pede, ela própria, o que jamais sacia.
Para de novo se inflamar, é um dia.
Para de novo desgostar, um nada.

Ai, como não te amar e não te aborrecer,
Carne de leite e rosas, - terra inglória
Do longo prélio-entendimento sem vitória
Que é carne e alma, ter-não ter?


;)

agosto 19, 2005

myosotis azorica


Presente de Olhos de Chocolate para o blog,
Myosotis azorica

agosto 18, 2005

bloqueio


E aconteceu de novo … Writer´s Block!

Torna-se complicado escrever sem filtros, torna-se complicado ter que pensar no que escrever e como escrever. Este espaço por muito que seja o meu palco, é um palco onde surgem outras personagens – disfarçadas ou não – e é difícil falar delas e mantê-las no anonimato. Tenho assim a minha liberdade restrita.

Para alem das coisas que gostaria de escrever e não posso, há também aquelas que gostaria de escrever e não escrevo porque fico sujeita a ser incompreendida, pois tudo o que se passa neste blog não é nem 20% do que se passa comigo e é quase impossível contar tudo e ... mais importante, fazer entender tudo como um todo.

Por último, enquanto este blog era frequentado só pelas amigas, eu sentia-me mais liberta e mais tranquila para falar de mim, das minhas situações, das minhas aventuras. Mas agora, há demasiadas anónimas. Confesso que isso me assusta!

Que me resta então?
Alguém tem sugestões no que gostavam de ler aqui neste espaço?

agosto 15, 2005

phoenix rising


“ I can breathe again”, foram estas as primeiras palavras de Corky no filme Bound depois de ter feito – pela primeira vez - amor com a Violet. I can breathe again, não que tenha acabado de dormir com alguém, mas sinto essa sensação de: I can breathe again, que é como quem diz … I am back … I am feelling very much alive!

A sensação não é nova, ou seja, não vem de hoje ou de ontem. Um fim de semana de Soul surfing pode enviar-nos contra as rochas da costa e partir-nos toda, ou pode – como no neste caso – colocar-nos na crista de uma onda, num novo ciclo.

Não se trata de um novo amor. Nada disso.
Há relativamente pouco tempo, uma amiga minha resumiu numa frase a conclusão de uma discussão filosófica, sobre quão importante é encontrar-mos as respostas dentro de nós e quão primordial é estarmos em paz connosco próprias: “Nós somos a medida de todas as coisas.” È de nós, de dentro de nós que tem que partir a nossa felicidade. Tão simples como isso.

Não discuto. Nem tento. Nem nunca me ocorreria discordar.

Ao contrário de muitas outras vezes, o terminus deste relacionamento – que na realidade nunca o foi completamente – de facto abalou-me. Tudo bem, aceitemos isso, naturalmente.
Agora que me encontro mais distante dos dias de medo e de tristeza, consigo compreender como as coisas chegaram onde chegaram e eu fiquei como fiquei. E por muito desnecessário que isto possa parecer, para mim é primordial que entenda e encerre o passado, a fim de poder abraçar qualquer futuro.

Corre o mito urbano de que nos encontramos sempre sozinhos nos momentos fundamentais da nossa vida. Não sei se concordo inteiramente, porém, não posso negar que o fim de semana do Soul Surfing foi um verdadeiroteste à minha capacidade de estar sozinha, de me sentir só e fazer dessa situação uma oportunidade para a meditação e contemplação. Por muito lamecha que isto possa soar, para mim funciona. È assim que eu consigo fazer a minha evolução espiritual e pessoal. E sim... de facto cresci mais um pouco.

Sinto-me diferente.
Mais segura de mim e sobretudo mais confiante. Sem dúvida alguma, mais confiante.
Confiante de que venha o que vier eu vou sempre conseguir dar a volta por cima, porque me terei sempre a mim. E para isso, a única coisa que eu preciso é de estar em paz comigo própria. E sei como o fazer, sempre o soube, mas sempre gostei também de arriscar. Porém, os tempos agora são outros.

A vida é um desafio constante. Há que aceitá-lo, é uma verdade existencial por muito que não a queiramos aceitar. Esta vida, está sempre a colocar-nos à prova e neste momento sinto-me aliviada que passei mais uma. Não foi uma questão de ultrapassar mais uma etapa, foi mesmo o passar num teste… um teste que eu sempre julguei que chumbaria. Que teste foi e como o passei, talvez fique para outra noite.

Estou mais forte, porque hoje sei mais, porque hoje vejo mais.
Estou mais forte, porque me sinto renascida. Tal como uma Phoenix renasci das cinzas do que ardeu no meu coração.

agosto 12, 2005

postcard from soul surfing weekend



Surfing dude!!

postcard from soul surfing weekend

postcard from soul surfing weekend

agosto 04, 2005

surf safari


Posted by Picasa

Não sei o que vai acontecer, mas quanto muito vai ser diferente. Reservei um lugar para um Surf Safari no Algarve e costa Alentejana, que incluí também aulas de Surf!
Tou de partida ... ansiosa por um pouco de Soul Surfing.

from my astrologer

Wit and wisdom make a poor substitute for kindness and compassion. If the cup of our heart is cracked or broken, it will never hold sincerity. No matter how hard we polish it in an attempt to make this vessel sparkle and shine, it first has to be healed and made whole. You have long since learnt this. Now, a new planet brings a new possibility into your life. There is a chance to feel and be truly brilliant in both the way you express yourself and the substance of that which you need to communicate.

agosto 03, 2005

risos


De vez em quando lá surge uma coisa por email que nos faz mesmo rir. Hoje, foi esta. Eu acho que está demais! Ouvi dizer que o Ikea estava a desenvolver a versão "All Women are bastards"!!

agosto 02, 2005

door close II


De quantas formas diferentes se pode fechar uma porta?
Com força de forma a estremecer as outras portas, devagarinho a rodar o puxador para não fazer barulho, puxar a porta atrás de nós, deixa-la fechar-se e ouvir-se aquele chualk …
Quantas razões existem para se fechar uma porta?
Para nos sentirmos mais seguros, para termos descanso, para termos mais privacidade, para afastar algo, para abrirmos outra porta…

Tinha chegado a altura de partir. Não havia muito mais tempo para ficar, na realidade não havia nada pelo que ficar. A tempestade desabou os últimos pedestais, desfez o encantamento…
Houve uma porta que se fechou. Não que tivesse saído de algum lugar, nem que tivesse entrado. Fechou-se algo: uma porta, uma gaveta, um espaço ausente do tempo e da forma, um espaço cheio do seu passado em mim. Faça o que fizer, já não me incomoda. Libertei-me!

Libertei-me das memórias, das emoções, dos desejos, das saudades, das mágoas, das lágrimas e até mesmo do seu perfume. Libertei-me dos hábitos, das expressões, das fotografias, das músicas, das risadas, dos encontros e até mesmo dos carros de uma certa marca.

O amor existiu.
Nasceu, cresceu e porque lutou tornou-se forte. Há coisas que se podem anular dentro de nós, mas não creio que o amor seja uma delas. O amor transforma-se dentro de nós, em amizade, em indiferença, em raiva, em ódio, em carinho, em ternura… mas acabar não acaba. Por mim, prefiro coloca-lo dentro de uma gaveta no meu coração, arrumadinho, ali. Tipo caixa de sapatos que se guarda no sótão, cheia de coisas de quando se era criança ou de uma viagem qualquer a um pais distante.

Na maioria das vezes, mesmo que queiramos ir na direcção oposta, é mais proveitoso remar com a corrente do que contra a corrente. A ideia é remar com a corrente até à margem mais próxima e depois subir a margem a pé.
Nesta altura sei que é inglório lutar para esquecer, por isso tenho vindo a aceitar cada vez mais a distância, aceito os pensamentos que de vez em quando ainda surge e a verdade é de que certas coisas que antigamente colocavam o meu coração a bater em modus vivendus deixaram-no de fazer.

Não é que a tivesse deixado de amar. Mas deixou-me de afectar.
Tudo o que foi sentido, tudo o que foi vivido, está agora guardado e a porta fechou-se lentamente atrás de mim.

julho 31, 2005

door close

julho 29, 2005

soul sanctuary



Sempre que há uma mudança emocional na minha vida eu tendo a redecorar o meu quarto. Desta vez não foi excepção. Diferenças? Apenas o facto de que desta vez não me contive!

Eu adoro decorar, cada vez que eu mudava de casa, a minha parte preferida era ver todo o potencial da casa em termos de decoração. Uma vez que vivia em casas alugadas, eu nunca pude ser muito aventureira na decoração, mas desta vez as coisas são diferentes.

Esta semana decidi embarcar na aventura de transformar o meu quarto num lugar de sonho. Pelo menos para mim, afinal de contas, trata-se do meu quarto.
Sempre tive esta fixação de que um dia gostava de pintar o quarto de azul, claro que a todas as pessoas que eu contei, deram-me aquele olhar: “Loucura, mas o que se há-de fazer.” O olhar de loucura agudizava-se sempre que eu acrescentava que ia colocar umas placas de esferovite numa das paredes do quarto com telas pintadas por mim.
Quase poderia jurar que quando disse isto à minha mãe, ela murmurou – Meu Deus!

Mas eu tinha um plano.
Aliás como tenho para a maior parte das coisas na minha vida. Confesso que existe algum prazer em ver a cara das pessoas quando se apercebem de que afinal de contas eu tinha um plano e tudo correu de acordo com o previsto. Não sei qual é a ideia que as pessoas têm sobre mim, mas a de ser uma pessoa que faz planos, não é de certeza. Ok, o segredo foi desvendado: Secretamente, eu faço planos.

E o plano para o quarto era fazer um contraste entre o azul forte das paredes e o branco da mobília, têxteis e molduras. Sendo o meu quarto, este espaço teria que se tornar no meu Soul Sanctuary, teria que ter um pouco de magia, um pouco de sensualidade, um pouco de espiritualidade …

Tudo ficou pronto quarta à noite e eu fiquei deliciada com o resultado final.
No que diz respeito a expectativas, as coisas nunca acontecem como nós esperamos. Na maior parte das vezes o final fica muito aquém do que seria de esperar, mas, de vez em quando, as coisas excedem de uma forma fantástica as nossas expectativas. Confesso que este foi o caso.

Já passava das três da manhã quando finalmente depois de um bom duche, me deitei nos lençóis novos, acendi umas velas e adormeci a desfrutar o meu Sanctuary, a olhar os quadros nas paredes, as telas, os espelhos, as almofadas fofas, o cheiro a alfazema nos lençóis … e não pude deixar de pensar … quem será a próxima mulher com quem eu vou partilhar este recanto de mim.

Na imensidão do vazio que por vezes me envolve, consola-me pensar que procuras por mim. Sinto-o …
O chamar do teu coração
A busca do teu corpo,
A missão da tua alma.
Sinto-o …
A ecoar dentro de mim
Na insatisfação da minha pele,
Na imperfeição do meu ser.

Mais uma noite em silêncio… e pergunto-me que braços te envolvem, que sonhos encerram os teus olhos? Mais um dia sem sinais de ti e que cor tem o teu acordar, que beijos despem os teus lábios?

julho 28, 2005

from me to me


Mais música ...
desta vez uma pérola musical dos Coldplay - Fix You ...
Eu estou sempre a dedicar músicas ... mas esta dedico eu a mim própria.
Adoro ir a conduzir e colocar esta musica em alto som e cantar e gritar ... e renascer a cada audição.

When you try your best, but you don't succeed
When you get what you want, but not what you need
When you feel so tired, but you can't sleep
Stuck in reverse mode

When the tears come streaming down your face
When you lose something you can't replace
When you love someone, but it goes to waste
Could it be worse?

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you

And high up above or down below
When you're too in love to let it go
If you never try, then you'll never know
Just what you're worth

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you

Tears stream down your face
When you lose something you cannot replace
Tears stream down your face
And I...

Tears stream down your face
I promise you that
I'll learn from my mistakes
Tears stream down your face
And I...

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you

julho 27, 2005

morte e vida



A minha vida não é perfeita.
Se bem que, primeiro, o que é uma vida perfeita? E, segundo, não existem vidas perfeitas. Mesmo assim, mesmo dentro da imperfeição não me posso queixar. Até pelo contrário, tenho razões e motivos, vivências e sobrevivências de sobra para me congratular pela vida que tenho.

Não é uma má vida.
Tenho desfrutado de pequenos e grandes prazeres, já estive em situações que algumas pessoas nem imaginam, já tive a honra de fazer coisas nobres, já fiz muita porcaria também e neste momento estou numa fase de estabilização. Nos últimos 7 anos mudei de casa, nem mais nem menos do que onze vezes: de Vila Franca de Xira para Lisboa depois para Londres Clapham, Streatham, Peckam, Streatham, Croydon Wilcox place, Croydon Studio, Croydon Mansions, Croydon Fairholme, Greenwhich e por fim St. Iria. Onde assentei, pelo menos para os próximos anos, finalmente comprei casa.
Em Londres andava de metro ou de bicicleta depois era de mota, agora continuo com a mota e tive a sorte de herdar o carro do meu pai. A vida corre-me bem … estabilidade financeira e profissional, disponibilidade para seguir os meus interesses e hobbies, tenho amigos verdadeiros e a oportunidade de poder retribuir à minha mãe tudo aquilo que ela me deu e fez por mim.

No fundo a minha vida é igual à de muita gente. Porém, ele há coisas que só a mim parece acontecerem, provavelmente vicissitudes da forma como eu vivo a minha vida e sem dúvida, a forma como eu a exprimo.
Em Londres, quando eu estava na Agencia de Publicidade, a Sharon e a Trish riam de forma hilariante sobre as coisas que me aconteciam, algumas delas testemunhadas por elas próprias. Todas as semanas, havia uma ou mais vivências que mereciam ser contadas e recontadas… Quando voltei para Portugal e me despedi delas, Trish estava em lágrimas e disse que iria sentir saudades da minha alegria e da forma como eu vivo intensamente.

Viver intensamente.
Nunca pensei que isso fosse algo de … digamos … de reconhecimento. Viver a vida em pleno, isso não deveria de ser a nossa missão primária? Creio bem que para a maior parte das pessoas, não.
Recentemente três pessoas muito chegadas a mim, disseram que a imagem que tem de mim é de que eu aproveito a vida ao máximo, em pleno, to the full. Confesso que fiquei orgulhosa de mim. Não só eu estou a viver a minha vida ao máximo, como inspiro outros a fazer o mesmo. Não porque isso me gratifique de alguma forma, mas porque isso significa que também estas pessoas estão a desfrutar da sua vida, seja lá ela o que for.

Eu sei que muitas pessoas gostariam de me perguntar: Qual é a pressa em viver?
A verdade é de que não tenho pressa alguma, mas detesto perder tempo, ou melhor, detesto a ideia de não aproveitar o tempo que me é dado.


Há relativamente pouco tempo, numa situação de meia algazarra, tive que ouvir a “boca”: “… Até parece que o mundo acaba amanhã!”
Eu sei e toda a gente sabe que o Mundo não vai acabar amanhã. Pelo menos, não amanhã, amanhã, sexta ou sábado. No entanto, quem me garante que não acabo eu amanhã ou até mesmo hoje?
Todos nós temos um prazo de validade, uma expiry date … e apesar de não sabermos qual é esse momento, a maior parte de nós vive as suas vidas como se fossemos todos morrer com muita saúde aos 87 anos. Yeah, right, sure, why not!

Não tenho nem nunca tive medo da morte.
Vai se lá saber porquê, mas lembro que era ainda muito criança quando percebi que um dia haveria de morrer. Não sei se foi influência do James Dean, mas desde cedo eu fazia questão de viver a minha vida sem arrependimentos e ao máximo, para que quando a morte me leve eu sinta que vivi tudo aquilo que eu queria viver.
Até hoje tem sido assim. Se eu morrer amanhã, terei vivido a minha vida sem arrependimentos e aproveitei ao máximo todas as situações da minha vida. As boas e as más.
É claro que não vou morrer amanhã. Pelo menos não é isso que me quero!!

“For you a day its not one more day, its The Day” disse-me a Nagwa quando cá esteve de visita. Tem razão, ela quando diz que para mim um dia não é mais um dia, é O Dia.
E com razão, não? Que tenho eu mais do que isto, mais do que O dia de hoje?
Que garantias tenho eu de que se eu não começar a fazer Surf este verão vou poder faze-lo no próximo? Que garantias tenho eu de que se eu não mostrar os meus sentimentos hoje o vou poder fazer amanhã?

Quando foi o 11 de Setembro em NY - entre outras coisas –uma das coisas que mais impacto me causou foram os relatos de familiares, namorados, namoradas, amigos … de como naquela manhã não tinham dito Amo-te, como na noite anterior se tinham zangado ou como no meio do desespero outras pessoas encontraram conforto numa última conversa ao telefone onde foi dito amo-te, numa última mensagem deixada no voicemail de um pai para os filhos…

Com efeito, eu não preciso de passar por uma situação de vida ou de morte para dar valor à minha vida e ao tempo que me está destinado. A forma como eu vivo a minha vida, é para mim um motivo de satisfação e – esconder porquê – de orgulho.
Através da minha mãe, todos os dias sou confrontada com a morte certa num tempo incerto. De repente, a morte e o sofrimento, tornam-se tão presentes como o lavar os dentes todas as manhãs.

Sou feliz comigo própria, com a minha vida e o futuro, tenha ele o tempo que tiver.
È como naquela canção … it´s one life and there is no return and no deposit.

big fish


Big fish


Apesar de não ter tido tempo para alimentar o blog tenho andado a pensar em posts para colocar. Um deles é sobre o passado Sábado…

Sábado é dia de praia - Meco, Costa, Meco, Ericeira, Meco – e neste último tinha combinado de me encontrar com um pessoal no Meco. Porém, por problemas ainda por entender, vim-me sozinha com o dia à frente.
Tranquila. Fui comprar o jornal, tomei o pequeno almoço na explanada, fui para uma praia mais sossegada, montei o corta vento (que na realidade comprei para ter mais privacidade para fazer charros e para quando tiver um determinado tipo de companhia), fiz o tal charro, desfruto de um belo mergulho, vou ver a fonte de argila onde algumas pessoas se besuntavam, acho piada e pinto-me de argila quando …

Perto de mim estavam duas jovens espanholas.
Ambas muito elegantes, atraentes e com um elevado sentido de sensualidade.
Nuria e Dolores tinham-se pintado também com argila mas fizeram-no de uma forma muito artística: desenharam nos seus corpos formas aritméticas que se completavam nos corpos de cada uma. Após isto, começaram a tirar fotografias uma à outra, contra as rochas, contra a areia, uma, a outra, os umbigos, as costas, os lábios, os seios …
Estava eu a pensar que as miúdas eram lésbicas e que tinham um blog quando uma delas pergunta-me se não me importo de lhes tirar uma fotografia.

Não só se tirou uma fotografia, como se iniciou uma sessão de fotografia.
Neste momento eu poderia dizer outras coisas, mas receio que a maior parte me iria achar vulgar.
Claro que depois das fotografias o resto veio por acréscimo. Elas trouxeram as coisas delas para junto das minhas, fumamos um charro, vamos ao banho lavar a argila que persistia em ficar marcada na pele, rimos da nossa figura triste e assim se passou um dia.


A noite foi tão ou mais deliciosa.
Coisa de última hora, fui ver a Zélia Dunca na Aula Magna.
Não havia casa cheia, mas nunca tinha visto tanta lésbica no mesmo sítio, pelo menos em Portugal. Mesmo assim, apesar da quantidade não havia ninguém que pudesse dizer… ora ali está uma mulher atraente. Bom, isto excluindo a senhora que me vendeu o bilhete, mas como ela é comprometida isso coloca-a no nível das intocáveis.

Há uma amiga minha que tem a ilusão de que eu não estou mais do que uma semana sem namorada, ou pelo menos sem curtir, ou dar uma queca, ou coisas desse género. Loucura completa! Sim, nunca estive muito tempo sozinha … mas … e sem receios, vejo que vou estar muito tempo sozinha. Não porque não esteja pronta ou porque ainda sofra, mas porque vejo que me tornei mais exigente, mais selecta.

A seu tempo.
Tudo a seu tempo.

julho 22, 2005

revolta


Há algo de libertador na revolta, na raiva.
Não falo de ódio … ódio não liberta, aprisiona.
Falo daquilo que percorre o estômago às voltas, para baixo e para cima … algo que vai apagando, queimando o que corre cá por dentro e não deveria de correr mais.

Perceber é uma coisa …
Há muito que percebi que Thetis não é a mulher para mim, já tinha percebido que nunca a tive (apesar de ter sentido que sim) e se nunca a tive, na realidade nunca a perdi. Perdi o meu tempo, perdi a minha estabilidade emocional, perdi a minha paz ... perdi temporáriamente.

Sentir é outra coisa, bem diferente...
Sentir de que por muito que queira ter uma última palavra antes de me afastar de vez – até mesmo como amiga – é completamente desnecessário.
Não preciso explicar o que Thetis nunca viu, pois nem assim ela o vai ver e mesmo que o veja, de que serve? Eu não a quero de volta e mesmo que quisesse Thetis tem a sua nova namorada e mesmo que assim não fosse. Ela não é a mulher para mim e eu não sou para ela.
Não preciso de lhe fazer ver a pessoa extraordinária que sou, a mulher devota que posso ser, a amante apaixonada, a amiga objectiva … não preciso de lhe mostrar nada, pois mesmo que ela o veja e perceba … já é tarde. Muito tarde.

Há algo de libertador na revolta.
Revolta pela cobardia das pessoas, pela falta de sinceridade e até revolta contra mim própria… por ter corrido atrás de algo que sabia incerto, por ter continuado acreditar na imagem que criei apesar de a realidade ter sempre evidenciado que aquilo que eu via não era bem assim, tal e qual como a Alegoria das Cavernas de Platão.

Há algo de libertador, algo que dentro de mim grita assertivamente: c´mom girl, SNAP SNAP out of it! Enough now!

julho 21, 2005

lua cheia


Hoje é noite de Lua Cheia.
Antigamente costumava ficar surpreendida com a quantidade de pessoas às quais as fases da lua passam completamente despercebidas, agora acho, que já estou mais acostumada com o facto.

Pois então, hoje é noite de Lua cheia, mas há algo que torna a fase de hoje um pouco mais magnífica, acontece que neste momento a Lua encontra-se o mais perto possível da terra que a sua trajectória permite. Assim sendo, a Lua Cheia de hoje será mais brilhante e irá parecer-nos que está maior … isto porque na realidade, está mais próxima. È claro que a Lua voltará a estar tão próximo da terra, como está hoje e como esteve milhares de vezes antes… mas a doce parte é … quantas das vezes foram e serão noites de Lua Cheia?

Há já alguns anos que celebro as Luas Cheias, no entanto, o clima quente e o mar por perto são ingredientes perfeitos para as minhas celebrações. E muito mais convidativos!

Mais logo, lá vou eu para uma praia qualquer prestar a minha homenagem à Lua e às Deusas que hoje vão dançar em sua volta.
Mais logo, na hora das Bruxas, vou limpar o coração de tudo o que sente, abrir o meu peito e deixar que o vento leve cada mágoa. Que as ondas levem mar adentro cada sentimento não correspondido, que o brilho da Lua seja como um fogo que me queime o coração, que o purifique, que o reduza a pó e - tal como qualquer Fénix - que o faça renascer das cinzas.

julho 20, 2005

enfim sós


Finalmente só!
A sister e as crianças voltaram hoje para casa, a Evenilde veio para ajudar a restaurar a ordem na casa, a máquina de lavar ainda anda num virote e a Luna - a minha gatinha de 25 meses - está contente por ter o seu espaço de volta.

Pouco passava das 5 da tarde quando fiquei sozinha em casa. Coloquei os tapetes acabados de secar - bendito Sol de verão -, desliguei os telefones, acendi um incensso e deitei-me no sofá da sala a ouvir algo que há muito não ouvia ... silêncio!
Satisfeita de silêncio coloquei um som instrumental - Alex Cortiz - e devorei durante 4 horas o meu Harry Potter.

Sabe bem ter o meu espaço de volta. E o meu tempo.
E já agora a minha cama também!

julho 18, 2005

sem título


Não são os teus olhos que me têm cativa, que me prendem neste sentir.
Não é o teu sorriso, nem tão pouco o teu regaço, que me envolvem neste aroma.
É o teu coração, alegria, sensualidade e carinho, que me têm como correntes
No centro deste círculo, onde sou sozinha com a memória de ti.

Sofro. Sofro de dor.
Um sufoco constante,
Um crescente ardor,
Gritos de silêncio e nada …
Nada pode resgatar-me deste miserável estado.
Não me dói o fim. Nem tão pouco ver-te e não ter-te
Dói o amor que lhe dás, as manhãs que nunca serão minhas
Dói os beijos que lhe dás, a intimidade que nunca será minha.

Sofro, porque não sei o que fazer a este amor perdido,
Sofro, porque não sei como livrar-me desta dor…

julho 17, 2005

rock bottom


A minha casa está um caos.
Há mais de uma semana que a minha irmã e os meus dois sobrinhos estão comigo e é difícil de manter tudo no lugar. O que vale é que quando eles forem embora, a maior parte da confusão vai com eles.

A minha cabeça está um caos.
Há mais de uma semana que ando a dormir e a descansar pouco. Torna-se um pouco complicado gerir a visita da família, com as continuas responsabilidades e a visita de uma amiga de Londres por 4 dias.

O meu coração está um caos.
Há muito que se trava uma batalha e ontem atingi o que os ingleses chamam e muito bem … rock bottom. Torna-se praticamente impossível controlar os nossos sentimentos, as nossas emoções perante a pessoa que amamos.

Houve duas alturas na minha vida em que sofri de facto. Quando refiro, de facto, faço-o porque tudo o mais pode ser mágoa, soror, angustia… mas eu refiro-me à aquela dor de força incalculável, que nos percorre por dentro até ao amalgo do ser e por fora até nos fazer tremer. Aquela dor que nos abafa, que consome o ar e aperta a garganta, que nos arrepia, que nos fere o coração e nos deixa cair - sem forças - de joelhos no chão…

Essa dor quente que descompassa o ritmo e que dura, e que continua e que chega a um ponto onde - por segundos – pensamos que só a morte nos pode livrar de tanta dor...

A última vez que senti tal dor, foi ontem, Sábado.
Foi algo que foi crescendo dentro de mim ao longo do dia, uma série de situações … e à noite eu sentia-me um vulcão à beira da erupção.

Rock bottom … again.

julho 11, 2005

o teu perfume



O rebound é lixado. Uns dias estás no topo, outros no lodo.
Mas o rebound só se pode superar com endurance, não com velocidade. É com endurance que se pode ultrapassar essas coisas chamadas recaídas, que geralmente acontecem quando pensamos que já passou tudo, damos um passo numa determinada direcção, apenas para perceber que tudo aquilo que já não sentimos por toda a pele, continua de facto, à solta no coração.

Cometi um erro. A pessoa mais analítica diria decerto que cometi um acto de suicídio-emocional!
Entrei numa perfumaria. Peguei numa tira de papel e afoguei-a no perfume dela. Coloquei a tira dentro do meu notebook e cada vez que o abro … aquele perfume … Bang.

--

O teu perfume ainda me lança numa viagem, sem limites, sem forma e onde o brilho dos teus olhos me recebe com calor e paixão. O teu perfume ainda agita o meu coração, que sem te ver abraça tudo aquilo que já tinha visto antes.
Ah, se soubesses as tonturas e as ânsias que o teu perfume, ainda, provoca em mim. Se soubesses o duelo que vai dentro de mim, a ambiguidade… o querer fechar este livro, o saber que não há futuro, o querer seguir em frente e simplesmente não conseguir.

O teu perfume é o que me basta para dar cor a tantas imagens, às boas e às más, onde os teus olhos agora eram desejo e depois distantes. O teu perfume é o que me resta para apaziguar este sentimento que me fere o coração; é o que me impede de soltar as lagrimas a toda esta tristeza, que de vez em dia me envolve e me enche de um vazio seco que me corroí os pulmões, o coração e a alma.

Helena
--

julho 06, 2005

under construction


Depois da limpeza ao computador e telemóvel decidi fazer uma limpeza a mim própria. Ou seja, parei de correr atrás, já acabou o estado de pânico e segundo o meu astrólogo acabou também oficialmente um capitulo decisivo na minha vida. Agora eu posso respirar de novo, agora posso dar-me ao luxo de olhar para trás e perguntar-me porque é que me esforcei tanto, porque que é que me preocupei tanto ou porque é que senti tanto. Fiz o que tinha a fazer.

Fez agora um mês e meio que eu e a minha ex. acabamos.
Parece que foi uma eternidade, parece que foi há muito tempo que senti o desgosto, depois a revolta, a aceitação, calma … Não me posso queixar, perdi uma namorada mas ganhei uma amiga incondicional e é isso que temos tido, uma amizade muito boa.
Para trás fica também as atitudes menos racionais e o flirt leviano. Não sou assim, não é isso que eu quero … pelo menos durante muito tempo. Fiz a minha catarse, fiz da forma como o tinha que fazer, está feito... e claro, mais uma t-shirt.

Lembram-se daquela situação “ Eu não ando à procura de alguém” … pois bem, neste momento, acreditem ou não … eu não ando à procura. Voltei-me para dentro. Qualquer pessoa que se aproxime de mim neste momento vai deparar-se com o sinal – Under Construction * Will be back soon –

Vou entregar-me aos meus projectos, a harmonizar-me … a limpar a minha estrada.

junho 30, 2005

true love is searching too


True love will find you in the end
You'll find out just who was your friend
Don't be sad, I know you will
But don't give up until
True love will find you in the end

This is a promise with a catch
Only if you're looking will it find you
'Cause true love is searching too
But how can it recognize you?
Unless you step out into the light
Don't be sad, I know you will
Don't give up until
True love finds you in the end
True love will find you in the end
You'll find out just who was your friend

So don't be sad, I know you will
And don't give up until
True love finds you in the end
True love will find you in the end
True love will find you in the end

Tom Waits - True love will find you in the end

junho 28, 2005

truth


Apertem os cintos.
Eu poderia começar este post com grandes floreados e criar algum suspense, mas estou com pressa de começar a escrever sobre o que realmente me trás aqui esta noite.

Todos vocês conhecem-me como sendo uma pessoa verdadeira e frontal. De todos os meus atributos confesso que o dizerem que sou uma pessoa frontal é o maior elogio que me podem fazer. Foi Sócrates que disse “Não conhecer o próprio valor é ignorar-se a si mesmo” digamos que eu não me ignoro.
Eu conheço bem o meu valor e o meu potencial. Não preciso que me digam que sou inteligente, eu sei que sou. Sei que sou meiga, carinhosa, emotiva, criativa, dinâmica, teimosa, determinada, corajosa, audaz, fiel, perspicaz, apaixonada… e sim por vezes arrogante.

Por razões diversas, desde de muito cedo que eu apreendi a gostar de ser eu própria e sempre me defendi dos ataques alheios com uma barreira que fui aperfeiçoando ao longo dos tempos. Eu era a Maria-Rapaz numa vila e num tempo em que a sociedade ainda não compreendia muito bem essas coisas. O facto de não ser uma menina de totós como a minha irmã, o facto de não brincar como as outras meninas, o facto de ser uma endiabrada e super energética também não ajudava.

E eu ouvia os comentários, daqui e dali, sentia o “gostar menos” de pessoas da minha própria família e eu sabia que era diferente. Tipo patinho feio.
Não obstante tudo isto, eu olhava-me no espelho - fundo nos meus olhos - e dizia para mim própria: “tu és muito gira” … e desde então eu olho-me nos olhos e tranquilizo o mais sagrado em mim. Não é que eu diga que sou gira de cara, sou gira num todo… num todo. E é esse todo que escapa a muita gente!

Os anos têm passado e congratulo-me por ter vencido ser eu própria.

Dizem que a vida é ruim, que a vida é sacana, que a vida prega com cada partida, bla bla, nhô nhô … mas o que esperávamos nós?! Se vivemos num mundo complicado, lotado de pessoas imperfeitas?! O que nos resta então? O que nos resta se não sermos sempre verdadeiras connosco próprias?
Faça o que eu fizer as pessoas vão sempre comentar. È verdade. Faça eu bem ou mal.

Assim, que me resta se não ser eu própria?
Fazer aquilo que eu quero, ser como eu sou, viver os meus valores, viver a minha vida com base na minha integridade, naquilo em que acredito e como acredito!
Não é que esteja a ser arrogante ou rebelde, mas esta é a minha vida. Sou eu que a vou morrer, por isso sou eu que a devo viver, em pleno.

Por isso que fico deliciada quando me dizem que sou … Verdadeira. Porque isso significa que estou a ter sucesso naquilo que estou a fazer. Eu sei que não sou perfeita! Algumas de vós vêm-me como uma amiga de ouro, uma pessoa com um coração enorme, generosa, protectora, confidente, outras como uma “ganda maluca”, uma sedutora, uma parva, uma curtida…
Mas estou tranquila com isso. Nem todas me podem conhecer bem… ou saber o quanto eu sou. Há quem saiba e essas pessoas são as minhas melhores amigas. O plural está de facto correcto, pois, sendo uma pessoa de sorte, eu não tenho uma mas sim 5 excelentes melhores amigas.


Há pouco tempo conversei com uma delas sobre um pensamento que me passou pela cabeça, pensamento fugaz, coisa sem significado verdadeiro, como aqueles pensamentos que de vez em quando nos passam pela cabeça quando estamos menos bem. “ Se eu não mudar eu vou passar o resto da minha vida sozinha”

Que palermice.
Primeiro porque eu já tentei mudar e também não deu resultado. Segundo porquê estar com alguém se não vou poder ser eu própria? Eu gosto de ser como sou! Eu não morro se estou sozinha, tenho uns amigos fantásticos, gosto da minha companhia, ando sempre de um lado para o outro, o apoio à minha mãe …

Mas eu também sou uma mulher apaixonada, alguém que quer ser feliz … com outra pessoa. Sim, curto-me muito … mas tenho carência de paixão, de amor, de companheirismo, de namoro, de mimos.

Eu não quero ser intransigente, é preciso uma pessoa ajustar-se, ser flexível… mas mudar, isso é não.
Creio que o problema seja o facto de eu me tornar cada vez mais exigente sobre que tipo de pessoa será essa. Que tipo de mulher, as qualidades, as sensualidades e muitas outras coisas terminadas em ades e adas… porém, no fim, no meio e por tudo… apenas isto: alguém que me estimule intelectualmente, emocionalmente e sexualmente.
Eu sei. Exigente! Tipicamente aquariana diria porquê ficar na terra se podemos ir atrás das estrelas. Porque não ir atrás do tudo?

Talvez quando eu morrer e enfrentar todos os meus erros e falhas, talvez aí eu veja que afinal de contas estive errada toda a minha vida e de que tudo aquilo em que acredito e como acredito esteja errado. Mas, até lá… acredito de que se quisermos fervorosamente algo, isso ser-nos-á dado. Acredito de que vou encontrar esse alguém, de que vou viver o amor da minha vida, uma vida inteira, um amor como eu o sinto… e vejo… um amor eterno e verdadeiro.

junho 27, 2005

sunlight "surfing"


tears in heaven

malibu

its only me


its only me

junho 24, 2005

limpeza


Decidi limpar a casa. O que significa que aterrei, que já me passou o choque de perder alguém que amo.

Limpei o MSN de todas as pessoas que não conheço bem, que não quero conhecer, limpei o e-mail e apaguei números que não me dizem nada nem nunca virão a dizer.
Nas últimas 24 horas muita coisa aconteceu e a verdade é de que graças a isso a palavra avalanche tem para mim um significado completamente novo.

Eu gostava sinceramente de vos poder contar todos os detalhes, mas nem com as melhores metáforas eu poderia explicar tudo o que se sente quando a ideia de um amor nos passa pelo coração. O bater de tambores dentro do coração, as espirais de borboletas no estômago, mãos que não sabem estar, que suam, que tremem, a euforia no pico da voz, o desconcerto geral, a ansiedade, a corrida e num milésimo de segundo crash!
Um milésimo de segundo … que poder.

È como se fosse uma viagem numa daquelas diversões de feira, em que vamos dentro do carro a subir, a subir, iuupiii, a subir, ahhhhh, a subir, e quando estamos mesmo, mesmo, na curva para começar a descer que nem um relâmpago… Aparece uma Luz vermelha, ouve-se um sinal sonoro clack, clack e uma senhora com um chapéu de hospedeira aparece para nos dizer: “lamentamos, mas temos um problema técnico, este passeio tem que ser interrompido. Por favor, queiram sair por aqui.”
E temos que fazer o nosso caminho para baixo a pé… pelas escadas.

junho 22, 2005

moonlight surfing

Passava da uma da manhã quando eu e uma amiga bodyboarder saimos de dentro de água!
A Lua estava espectacular, a temperatura, as ondas, o luar no mar ... fazer Surf à noite pode ser perigoso, mas com as devidas precauções, torna-se numa experiência viciante! Sinto-me super reenergisada, a adrenalina das ondas à noite, as quais só se conseguem ver quando já estão quase em cima de ti, apanhar uma onda e seguir o rasto do luar na água, a atenção ao perigo de sermos levadas pelas ondas em direção às rochas, a paixão pelo mar ... Aventura total!


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