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outubro 06, 2005

independência


Eu não sou concretamente uma ignorante de mim mesma, ou seja, eu conheço-me … ou tento conhecer-me e nesse processo – por vezes – oiço o que outros dizem sobre mim aqui e ali. Note-se de quando eu digo outros, refiro-me à minha mãe e aos meus amigos mais chegados. Tudo o resto, questiono muito… o bom e o mau.

Em todo este processo é interessante ver como as pessoas se debatem todas nos mesmos problemas … independência, teimosia e obstinada.
E ainda esta noite disseram-me que eu tenho mau feitio.

Eu? Mau feitio? Eu??
Eu, Helena Margarida, protectora dos animais e das plantas, simpática, que ajuda velhotas a atravessar a rua, que é uma simpatia para os vizinhos, que cuido das minhas coisas, generosa para com os meus amigos, cuido da minha mãe, que ambiciono amar uma pessoa para toda a vida, eu sssssrrrrrrrraaaatttttttttccccccchhhhhhhhhhhhhhhhhhhh …. Mau feitio?

Ela tem razão. De vez em quando eu tenho um geniozinho!
E ela, trata-se de Olhos de Chocolate, entretanto acho que já chegou a altura de deixar este nome tribal e dizer o seu nome: Lúcia … Lucy.

Pois bem … sobre mim!
Eu sei que tenho muitas coisas boas. Muitas mesmo.
Mas também sei de que tenho coisas más. Sei de que sou teimosa e que quando meto uma coisa na cabeça não descanso enquanto não a faço ou tenho. Sei de que gosto de depender de mim e só de mim, detesto pedir favores no entanto adoro ajudar alguém, gosto de fazer as coisas sozinha, porque se sou capaz ou se estou capaz de as fazer porquê pedir ajuda?

Há cerca de 2 dias atrás a minha mãe perguntou pela Lucy.
- A Lucyy, tens estado com ela?
- Sim de vez em quando estou com ela, fomos à praia este fim de semana.
- E então?
- E então o quê? – pergunto à minha mãe com os olhos arregalados, mas eu sabia o que ela queria saber e continuei:
… Então que, ela gosta muito de mim mas não estou a conseguir conresponder.
- Pois – começa a minha mãe com toda a sua sabedoria – tu és muito independente. Tu passas muito e bom tempo com as tuas coisas, os teus amigos, o teu surf, o teu cinema. O facto de seres muito independente faz com que não aceites muito bem os pequenos defeitos dos outros.
Olhei para a minha mãe e voltei a colocar os olhos na estrada e a estrada virou ringue de pensamentos.

Eu sei que o excesso de independência pode ser uma coisa tão má como a falta dela. Eu sei disso e também sei que tenho que resfriar esta minha independência.

Esta noite teve a oportunidade para fazer diferente e fi-lo.
Desta vez aceitei ajuda para cozinhar. Pode não parecer muito, mas para uma pessoa possessiva com a sua cozinha – não que seja nada de especial – e com a forma como cozinha, ter outra pessoa por perto – mesmo que abrir as latas e a cortar o frango – pode ser um pouco complicado. Mas não foi.

Eu não acredito estar certa em tudo. Claro que não, mas a única coisa que eu posso fazer é ser o meu melhor dentro de aq que eu acredito ser verdade. Se ao longo desse caminho as coisas se modificam… eu terei que modificar-me com elas, moldar-me sem perder a minha personalidade e individualidade.

Não me importo de ceder um pouco… se a outra pessoa souber receber.

1 comentários:

Anónimo disse...

desculpa lá, alguem te deve ter dito que era muito boa de escrita, realmente pareces ser, mas se alguem que não te conhece, ler isto tudo e tiver uma capacidade acima da média de ler nas entrelinhas, és apenas uma pobre alma perdida, uma criança em corpo de mulher, qual é dificuldade de crescer moça???
W.