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junho 30, 2005

true love is searching too


True love will find you in the end
You'll find out just who was your friend
Don't be sad, I know you will
But don't give up until
True love will find you in the end

This is a promise with a catch
Only if you're looking will it find you
'Cause true love is searching too
But how can it recognize you?
Unless you step out into the light
Don't be sad, I know you will
Don't give up until
True love finds you in the end
True love will find you in the end
You'll find out just who was your friend

So don't be sad, I know you will
And don't give up until
True love finds you in the end
True love will find you in the end
True love will find you in the end

Tom Waits - True love will find you in the end

junho 28, 2005

truth


Apertem os cintos.
Eu poderia começar este post com grandes floreados e criar algum suspense, mas estou com pressa de começar a escrever sobre o que realmente me trás aqui esta noite.

Todos vocês conhecem-me como sendo uma pessoa verdadeira e frontal. De todos os meus atributos confesso que o dizerem que sou uma pessoa frontal é o maior elogio que me podem fazer. Foi Sócrates que disse “Não conhecer o próprio valor é ignorar-se a si mesmo” digamos que eu não me ignoro.
Eu conheço bem o meu valor e o meu potencial. Não preciso que me digam que sou inteligente, eu sei que sou. Sei que sou meiga, carinhosa, emotiva, criativa, dinâmica, teimosa, determinada, corajosa, audaz, fiel, perspicaz, apaixonada… e sim por vezes arrogante.

Por razões diversas, desde de muito cedo que eu apreendi a gostar de ser eu própria e sempre me defendi dos ataques alheios com uma barreira que fui aperfeiçoando ao longo dos tempos. Eu era a Maria-Rapaz numa vila e num tempo em que a sociedade ainda não compreendia muito bem essas coisas. O facto de não ser uma menina de totós como a minha irmã, o facto de não brincar como as outras meninas, o facto de ser uma endiabrada e super energética também não ajudava.

E eu ouvia os comentários, daqui e dali, sentia o “gostar menos” de pessoas da minha própria família e eu sabia que era diferente. Tipo patinho feio.
Não obstante tudo isto, eu olhava-me no espelho - fundo nos meus olhos - e dizia para mim própria: “tu és muito gira” … e desde então eu olho-me nos olhos e tranquilizo o mais sagrado em mim. Não é que eu diga que sou gira de cara, sou gira num todo… num todo. E é esse todo que escapa a muita gente!

Os anos têm passado e congratulo-me por ter vencido ser eu própria.

Dizem que a vida é ruim, que a vida é sacana, que a vida prega com cada partida, bla bla, nhô nhô … mas o que esperávamos nós?! Se vivemos num mundo complicado, lotado de pessoas imperfeitas?! O que nos resta então? O que nos resta se não sermos sempre verdadeiras connosco próprias?
Faça o que eu fizer as pessoas vão sempre comentar. È verdade. Faça eu bem ou mal.

Assim, que me resta se não ser eu própria?
Fazer aquilo que eu quero, ser como eu sou, viver os meus valores, viver a minha vida com base na minha integridade, naquilo em que acredito e como acredito!
Não é que esteja a ser arrogante ou rebelde, mas esta é a minha vida. Sou eu que a vou morrer, por isso sou eu que a devo viver, em pleno.

Por isso que fico deliciada quando me dizem que sou … Verdadeira. Porque isso significa que estou a ter sucesso naquilo que estou a fazer. Eu sei que não sou perfeita! Algumas de vós vêm-me como uma amiga de ouro, uma pessoa com um coração enorme, generosa, protectora, confidente, outras como uma “ganda maluca”, uma sedutora, uma parva, uma curtida…
Mas estou tranquila com isso. Nem todas me podem conhecer bem… ou saber o quanto eu sou. Há quem saiba e essas pessoas são as minhas melhores amigas. O plural está de facto correcto, pois, sendo uma pessoa de sorte, eu não tenho uma mas sim 5 excelentes melhores amigas.


Há pouco tempo conversei com uma delas sobre um pensamento que me passou pela cabeça, pensamento fugaz, coisa sem significado verdadeiro, como aqueles pensamentos que de vez em quando nos passam pela cabeça quando estamos menos bem. “ Se eu não mudar eu vou passar o resto da minha vida sozinha”

Que palermice.
Primeiro porque eu já tentei mudar e também não deu resultado. Segundo porquê estar com alguém se não vou poder ser eu própria? Eu gosto de ser como sou! Eu não morro se estou sozinha, tenho uns amigos fantásticos, gosto da minha companhia, ando sempre de um lado para o outro, o apoio à minha mãe …

Mas eu também sou uma mulher apaixonada, alguém que quer ser feliz … com outra pessoa. Sim, curto-me muito … mas tenho carência de paixão, de amor, de companheirismo, de namoro, de mimos.

Eu não quero ser intransigente, é preciso uma pessoa ajustar-se, ser flexível… mas mudar, isso é não.
Creio que o problema seja o facto de eu me tornar cada vez mais exigente sobre que tipo de pessoa será essa. Que tipo de mulher, as qualidades, as sensualidades e muitas outras coisas terminadas em ades e adas… porém, no fim, no meio e por tudo… apenas isto: alguém que me estimule intelectualmente, emocionalmente e sexualmente.
Eu sei. Exigente! Tipicamente aquariana diria porquê ficar na terra se podemos ir atrás das estrelas. Porque não ir atrás do tudo?

Talvez quando eu morrer e enfrentar todos os meus erros e falhas, talvez aí eu veja que afinal de contas estive errada toda a minha vida e de que tudo aquilo em que acredito e como acredito esteja errado. Mas, até lá… acredito de que se quisermos fervorosamente algo, isso ser-nos-á dado. Acredito de que vou encontrar esse alguém, de que vou viver o amor da minha vida, uma vida inteira, um amor como eu o sinto… e vejo… um amor eterno e verdadeiro.

junho 27, 2005

sunlight "surfing"


tears in heaven

malibu

its only me


its only me

junho 24, 2005

limpeza


Decidi limpar a casa. O que significa que aterrei, que já me passou o choque de perder alguém que amo.

Limpei o MSN de todas as pessoas que não conheço bem, que não quero conhecer, limpei o e-mail e apaguei números que não me dizem nada nem nunca virão a dizer.
Nas últimas 24 horas muita coisa aconteceu e a verdade é de que graças a isso a palavra avalanche tem para mim um significado completamente novo.

Eu gostava sinceramente de vos poder contar todos os detalhes, mas nem com as melhores metáforas eu poderia explicar tudo o que se sente quando a ideia de um amor nos passa pelo coração. O bater de tambores dentro do coração, as espirais de borboletas no estômago, mãos que não sabem estar, que suam, que tremem, a euforia no pico da voz, o desconcerto geral, a ansiedade, a corrida e num milésimo de segundo crash!
Um milésimo de segundo … que poder.

È como se fosse uma viagem numa daquelas diversões de feira, em que vamos dentro do carro a subir, a subir, iuupiii, a subir, ahhhhh, a subir, e quando estamos mesmo, mesmo, na curva para começar a descer que nem um relâmpago… Aparece uma Luz vermelha, ouve-se um sinal sonoro clack, clack e uma senhora com um chapéu de hospedeira aparece para nos dizer: “lamentamos, mas temos um problema técnico, este passeio tem que ser interrompido. Por favor, queiram sair por aqui.”
E temos que fazer o nosso caminho para baixo a pé… pelas escadas.

junho 22, 2005

moonlight surfing

Passava da uma da manhã quando eu e uma amiga bodyboarder saimos de dentro de água!
A Lua estava espectacular, a temperatura, as ondas, o luar no mar ... fazer Surf à noite pode ser perigoso, mas com as devidas precauções, torna-se numa experiência viciante! Sinto-me super reenergisada, a adrenalina das ondas à noite, as quais só se conseguem ver quando já estão quase em cima de ti, apanhar uma onda e seguir o rasto do luar na água, a atenção ao perigo de sermos levadas pelas ondas em direção às rochas, a paixão pelo mar ... Aventura total!


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junho 20, 2005

praia das gaivotas

Já estou de volta.

Voltamos no Domingo à noite, uma com mais histórias do que a outra, mas ambas vivemos um fim de semana divinal. Houve de tudo. Bom, quase tudo!

No Sábado fomos então explorar a praia mas não as grutas.
Fica no Algarve, perto de Armação de Pêra, a Praia das Gaivotas. Para quem quiser conhecer e aventurar-se, siga como referência o Hotel Viking e a Vira Lara – um resort de luxo. A entrada para a praia fica a cerca de 200 metros do Hotel e é uma passagem para umas escadas que fica entre os pinheiros e a vedação do resort Vira Lara.
As escadas são muitas e aconselho a levarem o indispensável.
A chegada à praia é feita em suspense, depois de muitas escadas chega-se a um pequeno areal, uma parede de rocha enorme à esquerda, um circulo de areia, uma rocha que quase chega ao mar – na maré cheia – e só quando descemos até à beira mar é que se vê toda a praia … e é linda. Cerca de 3 kms de paraíso, ou quase isso. Para nós e para mais meia dúzia de destemidos.
As escadas, não as subestimem!

Seja em tempo morno, seja em tempo frio, faça vento ou não, esta Praia garante uma temperatura quente. O facto de ficar embutida na costa Algarvia dá-lhe esta vantagem. Mas isso é para quem gosta de ficar ao Sol tipo leão na savana.
Para quem goste de andar à beira mar, a Praia das Gaivotas ou a Cova Redonda – como lhe chamam agora – proporciona um passeio, numa praia de beleza extraordinária, com um sem número de Gaivotas e com os pinheiros no topo do penhasco.
Para quem goste de acção na água, esta praia é palco para grandes aventuras: nadar até ao fim da linha das rochas e ver ao nosso lado esquerdo a costa linda do Algarve e os seus penhascos, com barbatanas pode-se nadar de praia em praia, sobretudo a praias que não estão acessíveis por terra e tem-se acesso a grutas feitas pelas ondas do mar.
Para quem sonhe com uma praia semi deserta no pico do verão, este é o sítio!

Eu e a Praia das Gaivotas somos velhas conhecidas.
O meu pai era Algarvio (Alentejano de nascença) e como tal, todo o santo verão a família lá ia para o Algarve para 15 dias de férias. Entre as praias e ir visitar os tios e os primos e os compadres e a Moura encantada no Castelo de Silves, o pessoal percorria aquilo tudo. E eu gostava. Penso que assim que eu tinha idade para subir escadas, a família começou a frequentar a Praia das Gaivotas e assim foi durante muitos anos.

Cada vez que vou ao Algarve vou lá. Seja verão ou Inverno. A última vez que lá tinha estado foi há 3 anos. Gosto de lá levar pessoas especiais, sejam amiga ou namorada, mas tem que ser especial.

O resto do dia foi espectacular e a noite também.
A verdade é de que o Algarve está bem e recomenda-se!

junho 18, 2005

Algarve I


O Algarve está bom e recomenda-se. Claro que não é todo o Algarve, mas grande parte dele, ou pelo menos parte do que já revi. Que é um Algarve muito diferente do que se vende no turismo. Mas isso provavelmente deve-se ao facto de o Algarve ter sido uma segunda casa ao longo do meu crescimento e há praias que se vai conhecendo que só os “locals” sabem e vamos vendo encostas que muitos olhos nem sonham existir. Isso, e o outro facto é de que me encontro com os locals e com velhas conhecidas – Algumas das amigas da Duffie, foram da minha convivência há cerca de 7 anos, mesmo antes de eu ir para Londres.

O Algarve está bom e eu também.
Na viagem para baixo, Duffie e eu brincávamos com a nossa própria figura. Uma mistura de Thelma e Louise com Priscilla a rainha do deserto. Ahh, e um pouco de E tudo o vento levou. Tudo com banda sonora a condizer!

Ontem, passamos o dia na praia com mais umas amigas. Muito beach ball, muitas ondas, um linguado grelhado para o almoço, gente bonita ao meu redor, muito sol e muita areia… eu estava deliciada.

Depois do duche e do creme no corpo, seguimos rumo a Faro para ir ter com uma amiga da Duffie, que afinal de contas, era minha conhecida e até chegou a ficar na minha casa nos tempos de Lisboa. Este mundo é do tamanho de uma nádega! Acreditem-me.
Colocamos a conversa em dia e fomos tentar descobrir os bares temáticos em Faro. A coisa não foi fácil, mas como nesta altura éramos um grupo de 7 mulheres fomos atacar o Salsa Latina. Eu e mais 3 entramos numa aula de dança, no fim bebo o meu Malibu e pergunto à Duffie se quer ir andando. Troco números de telefone com uma pessoa – lamenta-mos, temos mesmo que ir. Tivemos um dia em cheio e amanhã vai ser uma directa.

Como eu tinha fumado e bebido a Duffie era a condutora de serviço. No regresso a casa – um sítio lindo no Alvor – dou por mim a pensar porquê é que tinha desperdiçado uma oportunidade tão boa de acabar a noite numa praia qualquer, no regaço de uma mulher.
A situação poderia ter chegado até aí. Mas não. Vim-me embora. Conscientemente.
Porquê?
Porque a pessoa não me atraía o suficiente? Porque estou de tal forma exigente que têm que me apanhar do jeito e no momento certo? Não estou a dar espaço, nem oportunidade para se aproximarem?

Hoje vamos passar o dia a explorar umas pequenas praias semi-desertas e grutas que conheço para os lados de Armação de Pêra, trouxe todo o meu material de snorkelling e está garantida uma boa dose de mergulho! Depois de explorarmos as praias e as grutas, vimos para casa, duche, creme, perfume e vamos para a nite!

Até este momento a Gay life Algarvia, tem se mostrado ser tão dead que a Duffie e eu decidimos implementar um plano B a esta mini aventura!
Ao que tudo indica, o Boémio, é o único bar “assumidamente” gay em todo o Algarve. Assim, Portimão é o local de romaria das lesbians e gays aqui de baixo. Tudo bem. Tudo óptimo. Excepto, dizem-nos as locals de que o “B” – como lhe chamam aqui – é frequentado pelos seguintes estereótipos de lésbicas: camionistas, camiões TIR, Jipes, Bulldozers, pitas de 20 aninhos, desportistas e de vez em quando, muito raramente, once in the Blue Moon, aparece lésbicas com um certo gladiar.

A Duffie e eu não tivemos qualquer acto de pânico, não gritámos, não começamos a chorar, mas só deixámos de ter os olhos arregalados depois de criarmos o Plano B.

Plano A
Depois da praia, um jantar à beira-mar, um copo no Boémio, ficamos a ver as modas, divertimo-nos com estilo, uma de nós quer ficar, ficaremos as duas até o Boémio fechar.

Plano B
Depois da praia um jantar à beira-mar, um copo no Boémio, ficamos a ver as modas, às 01:45 horas decidimos que estamos vestidas bem demais para o local e eu conduzo-nos até ao Mister Gay onde chegaremos por volta das 4 da manhã, mesmo quando aquilo está no ponto!


A ver vamos!
Toss your coin

junho 16, 2005

"eu nao ando á procura de ninguem" por antidote

Ah pois...
Essa é que é essa. Mas confessem de tod@s vós, quem nunca atirou a primeira pedra, quem nunca disse "nao ando á procura de ninguém", se voces teriam vontade de conhecer alguém que diga "sim, estou mesmo á procura de alguém"? Isso dá alguma pica? Claro que nao, nao tem interesse, parece mesmo aquelas cenas de filme em que alguem arranja um relacionamento por conveniencia da mesma maneira que arranja um gato ou um carrito em segunda mao.


E porque? porque se "estamos á procura de alguma coisa" geralmente as expectativas disparam astronomicamente (e a capacidade de nos adaptarmos a coisas que nao "encaixem" no nosso sonho privado diminui proporcionalmente), e nao temos o minimo interesse pela tal "valorisacao pessoal", ou se quiserem, pela nossa própria VIDA que deve estar lá sempre nem que apareca o maior aviao á nossa frente..


E qual é a maior treta disto? é que a partir do momento que as emocoes estao mais ou menos apaziguadas, que as hormonas tambem, quer estejamos extaticamente fullfilled ou nao com esta pessoa, lá se vai a criatividade e a disciplina. A infelicidade ou a solidao sao os grandes motores da criatividade humana (e a tusa frustrada também).

A grande contradicao inerente nisto é a memória (ou falta dela) selectiva que nos permite obliterar a volubilidade com que esquecemos os projectos e a leviandade descarada com que os voltamos a por de pé. Sao estes processos bondosos do nosso cérebro que nos impedem de enlouquecer com as nossas faltas de constancia e contradicoes.

Felizmente que quando a lucidez volta e nos faz ver isto há sempre o riso... "o riso e a faca" (TomZé).

expectativas



Este próximo fim de semana promete. Amanhã tou de partida para o Algarve!
A amiga com quem vou também está toda entusiasmada. Sempre que estamos juntas passamos excelentes momentos. Ambas temos a facilidade de rir da nossa situação. Que situação? A de duas mulheres que estão a passar mais ou menos pela mesma coisa… ao mesmo tempo. Uma diferença aqui outra acolá, mas a coisa anda ali, ombro a ombro.

O problema é de que quando geralmente criamos demasiadas expectativas, elas raramente se concretizam. Estou eu aqui a pensar numa grande festa, mulheres bonitas, olhares brilhantes de luxúria, música a correr … mas a não ser que os planetas se conjuguem a meu favor, o mais provável é encontrar uma catacumba com folhas de bambu e camionistas de manga arregaçada!

Esta vida de lésbica solteira tem muito que se diga.
Eu adoro quando depois de terminar um relacionamento, fazemos todos os esforços para nos dedicarmos a projectos pessoais, a valorização da auto-estima e essas coisas bonitas. Depois dizemos.. ahh eu estou bem assim, estou a curtir as minhas amizades, o meu espaço, o meu tempo … yeah, yeah, sure, why not!

Mas a minha preferida é: Ahh, não, eu não ando à procura de ninguém.
Ahh não! Pois.
Claro que não!


Às vezes parece que andamos em círculos, como chegamos aos mesmos lugares de sempre, é que não compreendo. Oh Deuses, vá lá pah … quer dizer, não é que eu não tenha apreendido com as experiências do passado, não é que eu não saiba o que quero … por isso que tal darem-me uma ajuda?!

Mas uma coisa de cada vez.
Ainda não estou pronta!
Ainda há muita coisa que soa rente aos meus ouvidos, há um perfume que insiste em ficar...

Pensem o que pensarem de mim, mas confesso: neste fim de semana o que eu quero mesmo é flirt! Quero o flirt na mesa, os olhares furtivos de parede a parede… Quero tirar este sabor da minha boca, sentir outras formas, enrolar-me num sorriso, quero uma noite descomprometida.

junho 15, 2005

eu também


Há sempre um momento numa determinada situação nova, no qual temos sempre a opção de escolha: entre o cair no tentador desconhecido e o simplesmente não cair.
Por vezes, não há boas escolhas, mas mesmo quando ambas são más, a verdade é de que temos sempre que decidir. E aqui, confesso, que as consequências podem ser tão nefastas como fantásticas … tanto de um lado como no outro.

Que fazer então?
Eu tento sempre fazer aquilo com o qual poderei viver o resto da minha vida. Como tenho uma certa dificuldade em lidar com o arrependimento, prefiro sempre perder porque arrisquei, do que perder sem nunca ter sabido o que perdi. Mesmo que depois se tenha que chorar a maior das perdas. Não é que seja masoquista, mas a eterna pergunta “E se?” … e se … não! Vamos já resolver o assunto!

É certo que fica este leve estado de desorientada. Claro que fica, por um lado sei que devo seguir em frente, por outro lado, como é que se desligam certos sentimentos? Como procurar algo que já encontrámos? Desorienta qualquer mágico!

Na próxima quinta feira vou para o Algarve e regresso no Domingo. Não creio que vá ser o local ou a altura para quebrar com certos sentimentos, mas está-me a apetecer uns dias de grande euforia, luxúria, praia, água, noites quentes, olhos bronzeados … coisas assim. Estou saturada desta melancolia, deste estar sozinha. Já moí o que tinha a moer.
Acho-a uma pessoa extraordinária, de uma compaixão enorme, de uma bondade natural, adoro a sua natureza … Quero que seja feliz, quão feliz ela deseja ser.

E a verdade é de que eu também... quero ser feliz!

junho 14, 2005

ponto da situação


Oies,

Algumas de vós confundiram o post da Antidote, minha parceira de blog, como sendo meu. Depois dos esclarecimentos de que o meu braço estava bom, fiquei surpreendida por as pessoas, mesmo que algumas, ainda visitem esta página.

Por isso, bem ou mal, decidi reactivar o blog.
Tenho que agradecer à antidote pelo seu post, gosto muito de ti e da forma como escreves. Já te tinha dito, este blog fica mais rico com a tua colaboração. Ainda mais agora que o salvaste da morte certa!
Gostaria de agradecer às cachoupas de Santarém - vocês sabem quem são - saber que o pessoal ainda visitava esta página, mexeu comigo. Um bem haja também para a Mascote, talvez a leitora mais antiga do blog.
Agradecimento também a algumas pessoas da lista Deusas, pois as suas reacções em privado, aos meus emails sobre umas férias com a minha mãe, deram-me vontade de recomeçar a escrever.

Sem mais demora... Aqui estamos!

Ponto da situação

Vi-me emaranhada nas teias do tempo e do coração.
Toda a gente sabe como estar emaranhada nas teias de um já é complicado, estar em duas é angustiante. Talvez tudo isto seja uma metáfora demasiadamente poética para descrever, no que já vão, 6 meses de desconcerto.

Entre o lutar por um amor e entre perder um amor, vão alguns momentos de alegria e fica um amor por viver.
Não vale a pena esmiuçar sobre o que coreu mal, o que não aconteceu. Acabou, acabou, está acabado e quantas vezes tentei eu fechar a porta deste amor. Atirei uma pedra ao rio e isso foi apenas um passo quando deveria de ter sido o fim. O fim deste pensar que ela é para mim o presente e o futuro; o fim de a ver, de a pensar como mulher, amante, paixão, companheira. Mas este fim está perto.
Outro passo foi dado quando há pouco tempo a vi de novo. A verdade é que tudo fica num caos emocional e ainda há tantas portas para fechar.

Há 6 meses atrás, Antidote avisou-me e eu achei-me muito esperta para não lhe dar ouvidos. Seja como for, fiz as minhas opções, eu tinha que arriscar.

Há pouco tempo recomecei a escrever e sabe bem este purgar do coração e da alma através da escrita.


Evidentemente

Sob as estrelas do Sonho
Pedia um amor para crescer
Procurava um porto seguro…
Para fazer um doce alvorecer.

Nos caminhos que me levaram até ti
Fui tudo o que sou, abri as minhas janelas,
Até à mais pequena do meu ser.
Deslumbraste o mais nobre em mim…
Mas tu não vias, estavas cega.

Fui o mar que não abraçaste,
A paixão que deixaste ilesa,
Amor puro que largaste.
Nos caminhos que me separam de ti
Tento quebrar este amor que vive em mim…
Sair deste feitiço que me enrola.

Evidentemente,
Este não era o nosso tempo.
Nem este, nem outro será…
Resta o perfume da memória
Daquele dia, quando …
Por um dia, tudo tivemos.


Helena