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dezembro 31, 2004


Boas saídas e Excelentes entradas.
Que o melhor de 2004 seja o pior de 2005

dezembro 30, 2004

Familia da Eira cresce!

A Família Da Eira cresceu.
Ao peixe Betadine Turrinhas Da Eira, à gata de 6 meses Luna Azul Tigreza Da Eira junta-se agora Saturno Sebastião Da Eira, um Border Collie Sable de 2 meses. Sim, um cão!

Saturno Sebastião foi-me dado por uma amiga recente, o único rapaz da ninhada da sua Border Collie. Tudo começou durante jantar onde se falou sobre a hipótese de eu ficar com o Sebastião. A verdade é de que eu andava à procura de um outro felino para fazer companhia à Luna - a gata rebelde de 6 meses -, mas querendo, querendo eu sempre quis era um cão.

Vim para casa e fui para a net à procura de informação sobre os Border Collie. Eu já sabia alguma coisa sobre a raça, mas não o suficiente para saber se o Sebastião era o cão para mim e para a Luna. Ah, e para o Betadine - está ele a gritar! Após algumas páginas decentes percebi de que se haveria algum cão capaz de se integrar na nossa família seria... um Border Collie.

Assim, Sebastião - em transição para Saturno - tornou-se no mais recente membro da Familia da Eira! A minha principal preocupação era ver como é que a Luna reagia à presença de um canino. Se bem que ela tenha nascido numa família com dois cães, duvido que ainda se recorde. Porém, com os animais nunca se sabe!

E a reacção de Luna foi ...
Não sei se deva contar, afinal de contas, nunca se sabe se algum líder da Igreja Felinotólica ou da Igreja Canínodorxa não emitirá uma fatah qualquer contra os meus pobre animais. Porquê? Porque eles desafiam todas e quaisquer leis, regras e costumes de uma relação entre um cão e um gato!

Em menos de 3 horas juntos, já comeram do mesmo prato, brincaram juntos, dormiram na mesma cama e já lamberam o pêlo um do outro. A Luna não apresenta qualquer tipo de medo, embora Saturno seja o triplo do tamanho dela e pese já kilos que ela nunca virá a pesar! O mais giro de se ver é quão depressa o Border Collie aprende os truques fugidios da gata. Se Luna pensava que Saturno iria ser um cão tipo Oddie, enganou-se capitalmente!

Estou deliciada a vê-los correrem atrás um do outro, a evitar que Saturno seja bruto com a Luna, que a Luna não provoque tanto o Saturno com os olhos... Bolas, isto é pior do que ter crianças! Há 3 horas que tento escrever este post. Entretanto tive que os separar em camas separadas para que terminassem com a brincadeira. Snuffff... Crianças!

Antes de vos deixar com algumas fotos da familia, quero agradecer a 3 pessoas por este esplêndido presente: Obrigada à Sa. pelo convite para jantar onde tudo se proporcionou; Obrigada à Su. por ter feito a primeira sugestão e por fim Obrigada à Ma. por ter confiado em mim para adoptar o Sebastião ... Saturno!
Posted by Hello


<<< It taste like chicken >>>


Amena cavaqueira!


Finalmente em paz!


A Luna com 3 meses ... always the fish!


>>>

boxers ou .. parte 2?

boxers ou .. ?

Mas isto 'e pergunta que se faca? Uma pessoa chega aos trinta, encaixa-se na poltrona com o conforto de saber que as grandes dores de crescimento adolescentes estao para tr'as, e de saber que para a frente, pelo menos durante uma decada, temos a carinha laroca dos 20 e a agudeza de um pouco mais que isso, e pronto! Alguem decide desenterrar a pergunta prosaica que sempre me pus antes desta ou daquela noite, ou mesmo tarde, ou at'e mesmo pausa de almoco, quando a disponibilidade para tudo era de tal ordem no ar que "que qualquer oportunidade era para se aproveitar"..

Este DejaVu 'e mau demais. Odiei sempre colocar-me esta pergunta, porque me remeteu sempre para as tais dores de crescimento e procura de identidade. Sou masculina ou feminina? sou butch ou nem por isso? Bela que te sentas 'a minha frente: vais me meter na tua caixinha dos preconceitos ou vais me deixar ser eu pr'opria? Logo eu que sou masculina demais para as belas que gostam das mais femininas, ou sou demasiado feminina para quem procura a caixinha mais mais masculina. Que fazer entao?

Vou usar boxers ou cuecas?
Vou me atrever de vez em quando a uma saia? ou vou vestir aquele fato?
Vou cortar o cabelo ou deixa lo crescer?
Vou escrever um soneto ou vou mudar as velas ao carro?
MAs apetece me fazer isto tudo e ser muito mais!

j'a nao sao as perguntas antes da noite especial. Sao as perguntas de todos os dias. Em comparacao, j'a perdi de vista a pergunta sobre boxers ou cuecas, de tao facil que 'e!

Basicamente escolher o tecido que combina melhor com a cor de pele do momento. Ou que dentro da gaveta ficou mais perto do saquinho aromatico de alfazema... Ou o que me der a maior serenidade por qualquer razao fetischista ou nao.

dezembro 29, 2004


He who binds to himself a joy
Does the winged life destroy
But he who kisses the joy as it flies
Lives in Eternity´s sun rise.

Hail - Série Lua


Hail para todos
A Deusa segue para Minguante. É tempo de afastar aquilo que não queremos nas nossas vidas, no nosso ser. É tempo de afastar.

Faz já muito tempo que não dedico umas horas à Deusa. Faz tempo que não faço os meus Rituais Lunares. Para estas coisas há que haver uma disponibilidade emocional e mental. Convenhamos, que não é esse o meu caso. Há demasiadas coisas envolvendo a minha atenção.

Não obstante, urge recomeçar a minha evolução espiritual.
E depois, o Imbolc está para vir e confesso que é um dos rituais pagãos pelo qual nutro um maior carinho. Há que estar preparada!!

Bright blessings
Avalone


Lembro-me de quando estava prestes a fazer os 30 anos.

Estava em Londres a viver finalmente uma fase de Paz na minha vida. Tinha o meu estúdio, a minha aparelhagem com 250 v em cada coluna, tinha uma bicicleta topo de gama - transporte principal na cidade Londrina - e tinha uma relação com uma mulher que verdadeiramente amei e me amou.

Eu tinha uma certa felicidade em deixar os 29 anos, em deixar os vinte anos para trás. Tinha sido uma década intensa: uma nova relação com uma mulher dos 21 aos 22 anos, um esconder da minha identidade sexual, aos 25 anos uma paixão louca por uma mulher, aos 26 anos o assumir da minha sexualidade, aos 27 anos duas tentativas de suicídio, vou para Londres, a reafirmação pessoal, profissional e social, um assalto sexual, aos 28 anos um descansar, aos 29 anos de novo uma mudança ... às portas dos 30 ... eu estava a entrar numa fase de tranquilidade.
Por isso, eu olhava para os 30 como uma coisa boa, uma coisa óptima.

Como se isso não bastasse, comemorei o meu 30º Aniversário num bar de Striptease de Lésbicas para Lésbicas. A Kim, a minha namorada na altura, ficou muito nervosa: Oh No, how can we Lesbians go and use other women like that. Us above all people?!
Ouvi-a. Que mais poderia eu fazer?
- Yes Dear, humm sure babe ... but ... They are there because they want. Maybe it is a fantasy that some of them have. Maybe they do it for the money, but ... who am I to judge them? I am going to play the game. I am not going to use anyone. They are there for one thing: to dance. I will go there for one thing: to watch. It´s an open game, we all know.

A verdade é de que nessa noite lá fomos nós. Eu, a Kim e mais um grupo de amigas minhas. 17 ao todo.

Eu não sei o que foi mais hilariante ... as meninas pudicas e tímidas colocarem lascivamente notas nos soutiens das models ou o facto de nos deixar-mos envolver em todo aquele espectáculo!

Bom ... nessa noite disseram-me: Morgan, you are now 30, your skin will be like peach and your soul sharper. The 30´s rock, you will see.

Yeah, right, sure ... why not!

Não foi preciso dar muito tempo para reconhecer de que Al estava certa.
Já aos 31 anos eu me tinha apercebido de que as coisas eram diferentes.

Hoje estou às portas de fazer 33. A idade emblemática!
Pode até ser, mas que o próximo ano vai ser de alerta lá isso vai. Porém, vai ser acima de tudo um ano onde eu vou continuar a desfrutar a minha independência e existência.

È verdade, os 30 rockam!


Ando deliciada a ouvir o novo trabalho dos The Gift. Desde o album dos keane que não me deliciava tanto!

dezembro 28, 2004


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Boxer Shorts?



Há momentos muito interessantes na vida de uma lésbica!
As coisas que nos passam pela cabeça, as preocupações existenciais ... esta noite vai ser diferente e o que vou eu usar? Boxers ou cuecas? A verdade é de que diariamente prefiro usar boxer shorts, há um certo conforto, uma certa casualidade e cumplicidade. Coisa que não sinto quando uso cuecas!

Mas o que fazer quando se sabe que a noite vai acabar de uma certa maneira? O que será que ela vai pensar se me vir de boxers? De que sou mais uma butch? De que não sou feminina ... hum, acho que é mais isso. Seja como for, naquela noite optei por usar cuecas ... pretas a condizer com o soutien, preto. You can never compromised with black. So they say!

Kiddo chegou para o serão. Fazia tempo que estávamos juntas e havia muita conversa para colocar em dia. O tempo entre mim e ela passa como sempre a... Fluir. Há química, há atracção, há o estimulo intelectual, há desejo e a nossa rendição! Os nossos corpos começam a fundir-se e o calor da carne solta os mais fogosos momentos. Os mais abafados gemidos.

Para mim um dos mais apetecíveis jogos é o da sedução e da conquista, é interessante ver a reacção quando libertamos o mais feminino de nós. O que, nem sempre acontece!
Há coisas que nos são mais preciosas do que outras e estas diferem de pessoa para pessoa.

Gosto.
Gosto de ver o olhar surpreendido de quem está às portas da paixão, envolto em sensualidade e voluptuosidade.
Gosto de tocar uma nova pele, de ter uma nova língua na minha boca, descobrir esta mulher na ponta dos meus dedos.

Não gosto.
Não gosto daquele momento em que estás perante o medo: E se tudo isto for um fracasso?

Mas não foi.


dezembro 26, 2004

You are with us or ...



Este Natal foi, eu diria, sóbrio.
Em vez de passarmos em casa, eu e a minha mãe decidimos ir passar o Natal a Fátima. Não por motivos de extrema devoção, mas por queríamos um lugar calmo, um lugar onde o Natal seria isso mesmo ... sóbrio.

Tendo em conta que o meu pai faleceu, fez agora um mês, este Natal passou-se bem: com paz, tranquilidade, alegria, tristeza, revolta, saudades, magia, doces ...
Não houve prendas embrulhadas, mas houve outras mostras de amor e carinho.

Penso que aquilo que de facto me agradou a mim e à minha mãe foi a sensação de que fizemos tanto neste Fim de semana e ela pouco se cansou. O que é natural, tendo em conta de que fui eu que levei sempre as malas, a ajudava a vestir-se e a despir, a empurrei numa cadeira de rodas no Santuário de Fátima ... enfim .. com muito orgulho e amor fui um verdadeiro Mordomo!

Um dos pontos altos foi de facto a ida ao Santuário de Fátima.
È indescritível o que se sente, esta mistura de emoções, uma rendição, uma humildade, uma revolta, um desprendimento ...
Andava eu muito envolta nas minhas orações, agradecimentos e pagamentos quando um click se fez dentro da minha cabeça: “Helena Margarida, tu estás em Fátima. O que não falta aqui é Padres ... que tal quando a tua mãe for ao confessionário ... tu não te vais confessar também?”
E fui!

- Boa tarde Sr. Padre
- Entra, entra, Boa tarde menina, então como vai...

e lá fizemos as nossas apresentações, o que me tinha trazido de novo a Portugal, o que me tinha levado a Fátima, de como eu cuidava da minha mãe.... e o Sr. Padre a dar louvores pelo meu comportamento e amor.
Depois é que a porca torceu o rabo:

- Mas, sabe, Sr.Padre, eu não venho aqui para me confessar ou coisa no género. Quero dizer, não é que eu não peque. Provavelmente eu peco todos os dias, mas dos meus pecados só mesmo Deus me os pode absolver.
O que eu quero é uma coisa diferente, quero que o Sr. Padre me ajude a fazer as pazes com a igreja Católica, porque metade de mim é Cristã e a outra Pagã.
È que sabe, Sr.Padre eu sou Gay ...
- A menina é o quê?
- Sou lésbica, gay ... sabe.
- ahh, sim
- ok ... então diga-me Sr. Padre, porque é que eu devo aceitar e acreditar naquilo que a Igreja Católica diz e ensina se a mesma me descrimina. Porque devo eu de seguir uma religião que não me aceita como eu sou? Sim, porque se trata de religião ... Porque acredito em Deus independentemente daquilo que a Igreja Católica afirma.
Como podem dizer que o amor que eu sinto por uma mulher é contra-natura?
- Oh minha filha, é contra natura pois a Bíblia nos diz assim. Deus fez o homem e a mulher e disse-lhes Crescei e Multiplicai-vos. A Bíblia fala-nos de homem e mulher, não de mulher e mulher. Isso é artificial.

Aqui eu quase que me levantei e disse-lhe que assim não íamos a lado nenhum. Porém, já que ali estava, decidi continuar.

- Mas, Sr. Padre, a Bíblia também nos diz outras coisas que hoje em dia já não se praticam. Hoje em dia seria impensável atirar pedras a uma mulher infiel! Como é que se pode ter uma medida e duas colheres? Por isso é que só Deus me pode perdoar dos meus pecados. Como é que pode o Sr. Padre dizer-me que é artificial o amor e o desejo que sinto em ter uma pessoa para amar, crescer, acompanhar e viver para o resto da minha vida. O que tem isso de artificial se a minha identidade assim o exige?

A verdade é de que eu e o Sr. Padre não conseguimos chegar a lado nenhum.
A nossa conversa já tinha durado tempo demasiado e havia mais pecadores para purificar.

Dou-me por mim a pensar que não me interessa mais.
Tenho o meu Deus, a minha Deusa, as minhas Santas e Santos, Anjos, Elfos e os meus rituais. Para mim é isso que importa, tudo o resto são pormenores.
A verdade é de que saí do confessionário sem absolvição ou abençoada!
Nessa noite ao jantar, eu e a minha mãe ainda nos fartamos de rir com esta situação.

dezembro 25, 2004


Pegadas na Areia

Autor desconhecido
Sonhei que estava caminhando na praia juntamente com Deus.
E revi, espelhado no céu, todos os dias da minha vida.
E em cada dia vivido, apareciam na areia, duas pegadas : as minhas e as d´Ele.
No entanto, de quando em quando, vi que havia apenas as minhas pegadas, e isso precisamente nos dias mais difíceis da minha vida.
Então perguntei a Deus:
"Senhor, eu quis seguir-Te, e Tu prometeste ficar sempre comigo.
Porque deixaste-me sozinho, logo nos momentos mais difíceis?
Ao que Ele respondeu:

"Meu filho, Eu te amo e nunca te abandonei. Os dias em que viste só um par de pegadas na areia são precisamente aqueles em que Eu te levei nos meus braços".

dezembro 24, 2004

Avalonia em Transição


Avalonia está em transição.
Decidi atender aos muitos pedidos que chegaram - e acima de tudo ao meu lado
mais dark - por isso, preparem-se pois para a semana... tudo vai ser diferente.
Até lá é tempo para alguma contenção, Natal e essas coisas, depois é altura de lançar os "bichos".

Como é natural tenho ouvido muita gente queixar-se do Stress do Natal. Na
realidade trata-se de uma coisa já tão naturalmente instituída, que não ficarei surpreendida quando aparecer um comprimido só para esse efeito.

Pode ser que as coisas sejam diferentes para algumas pessoas. Serão concerteza, mas para a maioria o Natal é uma obrigação. Quando na realidade deveria de ser um prazer. Afinal de contas, não é a celebração do nascimento de Jesus Cristo a razão de existir do Natal? Ou será que vendemos todos a Alma ao diabo quando começamos a adorar o Pai Natal da Coca-cola?

Infelizmente todos nós sobrevivemos ao Natal: ao stress, à nostalgia, à saudade, à dor, ao desfalque na carteira... e para alguns, para quem o Natal corre de feição, infelizmente também esquecem aquele espírito generoso, familiar, o entusiasmo às portas de um novo ano e o acreditar que pode ser possível estar melhor.

Para todos aqueles que celebram o Natal... Um Santo Natal
E da outra metade de mim... Um abençoado Yule!

E o melhor presente de Natal vai para ...


Recebi hoje o melhor presente de Natal que poderia ter recebido este ano, um email. Um simples email.
Quando vi o remetente assumi logo que se tratava de mais uma auto reply, mas quando reparei no Assunto, fiquei em êxtase. Ela respondeu ... Houston we have contact!

A minha história com Ann remota aos meus 14 anos, quando nos conhecemos durante umas férias de verão - ambas estávamos em casa das nossas Tias. Desde aí, mantivemo-nos sempre em contacto e todo o verão eu me encontrava com ela, nem que fosse, como aconteceu uma vez, uns míseros 30 minutos no aeroporto. Ann, é filha de pais Portugueses a residir em Paris.

No ano em que fiz 18 anos, fui visitá-la a Paris. Os meus pais ofereceram-me a passagem de avião, contudo disseram-me que eu tinha que arranjar o dinheiro para gastar lá. Uns Sábados na feira da Ladra e um part time na rádio local resolveu isso.

Após uma grande ansiedade lá aterrei em Paris. Levava nas malas muitas saudades e um desejo ingénuo e ardente de beijar Ann ... na boca.

Não vamos aqui entrar em detalhes, mas a verdade é de que desde então a minha vida nunca mais foi a mesma. O que aconteceu em Paris, foi o primeiro passo para conhecer e aceitar a minha homossexualidade, uma longa caminhada, já que só aos 26 anos assumi que era Lésbica.

Pois bem, desde essa viagem a Paris em 1992, a minha vida e a de Ann tomaram caminhos diferentes, no ano em que ela se casou foi o ano em que eu saí do armário, apesar de ter sido sempre ponto acerte entre nós ... Não fui ao casamento dela. Ann nunca me perdoou. Não que eu não tivesse ido, mas porque nunca tive a coragem de lhe dizer que não iria. Fugi sempre do contacto dela.

Anos mais tarde os nossos passos cruzam-se em Londres. Ao princípio parecia que tudo ia correr bem, mas, mais uma vez o nosso contacto arrefeceu.Desde então mando emails esporádicos para o email dela, de vez em quando lá vinha um auto reply ... mas nada mais. Cheguei a mandar um email que dizia: Se não queres falar mais comigo, por favor diz-me, mas este silêncio não.

Um dia destes andava eu a pesquisar por rádios Francesas e encontrei uma que me chamou à atenção RFM Paris. Conectei à rádio e apanho ainda o final de uma música, depois, qual não é o meu espanto ... a primeira música que toca é Mujer Contra Mujer dos Meccano ... a minha música com Ann ... Não me contive e enviei-lhe mais um email: Subject: Mecano

Oie,
Isto há coicidências daquelas ... encontrei ontem um website de uma rádio
Francesa e adivinha qual foi a primeira musica que tocou ...

Se estás aí, por favor diz alguma coisa.
Beijinhos
Helena

E hoje veio a resposta e nela um numero de telefone e fotos da filha de Ann!
Nem eu tinha lido o email como deve de ser, já eu estava a ligar para ela ...
Chorei, chorei ... de emoção, de alegria ...

Amo-a
Poxa, ela foi a minha primeira amiga, a minha melhor amiga, a minha primeira mulher.

È claro que ela vai ficar para sempre no meu coração, as nossas férias na costa Alentejana, quando adolescentes, foram momentos maravilhosos. Houve um ano em que fizemos um pacto de sangue... jurarando amizade eterna.
Hoje, é bom saber que esse pacto está a pulsar de novo.

Um Santo Natal
Um Abençoado Yule

To Kiddo



Existe esta canção do Johnny Nash - I can see clearly now - é engraçado, em Londres apanhei esta versão:

I can see clearly now
Lorraine has gone
I can see al the girls in front of me
Susan and Sarah, and maybe you
It´s going to be a bright, bright
Sun shining day!

dezembro 16, 2004

Great and Free


It is hard.
Actually, it is very hard to listen to you, your pain, your agony, your heart breaking beat. It is hard because I know it is because of me your heart is breaking down and I cannot do a thing about it... and how I wish I could do so.

Love... forever Love... Unconditional Love, will they ever exist? In my life?
My life?

Once, twice here goes the clock and here I am again...
it´s me and the keyboard.
Me and the Cat. Me and the slipf. Me and... my desires. Yes, desires.
still desire for what?
Desire for a lifetime commitment, with the same woman, refreshed love year after year like any other utopia from a pink novel? Desire for a lustful passion of free nights? Desire for freedom and passion? Desire for two individuals in a relationship... or why not... simply and truly desire to kiss some warm lips?

I want love.. love that allows one to be what one is.
I want love... love that loves the imperfections, that gives rest to fantasies, gives fire to desires... Love that is a safe port in every journey.
I want love... that swings on the goose pumps, that swirls your spine, that twinkle in your eyes of constant smile.

I want love.
Pure and simply.
Great and free.

Great...
And free, I said!

dezembro 13, 2004

I Long to see you


I long to see you
To know you, to speak with you, to watch you.
I long to feel you
Your lips, your tongue, your hand on my naked leg.
I long to be with you
To catch your smile, your touch, a kiss

I long to be with you
I confess

dezembro 10, 2004

South Break


Isto nunca era para ter sido assim, não eram estes os nossos sonhos, os nossos planos, desejos... fantasias.
Disse que te haveria de escrever. Pois, aqui estou eu.
Sei que sofres, que estás infeliz.
Sei quão difícil é viver os dias, os meses do sonho conquistado, o principio do futuro e de repente, olhamo-nos ao espelho e mais uma vez, novamente, estamos sós.
Perguntas-me... As mesmas perguntas de sempre. Acredito que talvez por nunca te ter dado as respostas que querias. Mas estas, são as respostas que tenho. Tu tiveste o meu coração, a minha entrega incondicional, os nomes dos meus sonhos, as cores dos meus desejos, o sabor das minhas fantasias...
Tiveste-os, eu sei. Fui eu que te os dei.
Não adianta esmiuçar o que aconteceu. Este ou aquele motivo. O tapete mágico aterrou e desapareceu debaixo dos meus e dos teus pés. Não estás só. A mim também se evaporou a felicidade e ficou a desilusão.
Mais uma vez... Surge a questão de sempre... “Haverá mesmo o amor de uma vida?” Sei o que sentes por mim, como e quanto o sentes.
Mas também sei o que sinto e o que não consigo sentir. O que tentei e o que esperei para te sentir plena e total, verdadeira e incondicionalmente.
Eu sei. Eu sou complicada, exigente, instável, independente... Mas, a minha vida não é um manto de retalhos. Não consigo coser e descoser os pontos do meu coração. Sabes que te adoro e que para sempre vou querer o teu bem, sabes que tiveste um papel importante na minha vida e eu na tua. No fundo, ambas saímos a ganhar. Fiquemos felizes por isso.
Desfruta a tua vida, sê feliz, são os meus mais sinceros desejos!
Jinhos
Helena

dezembro 09, 2004


When everything was normal!

3 Pirates and 3 Bottles of Rum


Obrigada por uma noite fantástica, pelo vosso sentido de humor, pelo vosso encanto, pela vossa amizade!
Oh, 100 Bottles of Rum on the Wall, 100 Bottles of Rum! Ye take one down, pass it around, 99 bottles of rum on the wall.
Oh, 99 Bottles of Rum on the Wall, 100 Bottles of Rum! Ye take one down, pass it around, 98 bottles of rum on the wall.
Oh, 98 Bottles of Rum on the Wall, 100 Bottles of Rum! Ye take one down, pass it around, 97 bottles of rum on the wall.


Laughing Out Loud Intro


LOL Série 1


LOL Série 3


LOL Série 2


LOL Série 4


Há noites em que deveriamos ter nascido só para elas!
Bem Hajam
)O(

dezembro 07, 2004


Coragem... ser forte... aceitar a vida.

Já nada nesta vida me espanta, quer dizer, posso ficar surpreendida com certas coisas, admirada por serem novas e espantosas, mas aquela coisa de “uau, por isto é que eu não esperava”... Pois isso, já não me acontece.

Por exemplo, não me espanta que nesta altura da minha vida eu esteja rodeada por pessoas fortes. Pessoas que tomaram nas suas mãos, não só as suas próprias vidas, mas também a de outros em redor delas. Pessoas de personalidade forte, mulheres de coragem e bravura. As Bodicas da nossa era!
É engraçado reparar como sem premeditação isso veio a acontecer.

Numa destas noites recebi uma mensagem, com um convite de última hora para um "bate papo". Aceitei. Foi uma noite super agradável que durou até bem tarde. Houve conversa para todas as emoções e ouvir a pessoa falar da sua experiência de vida e concluir que a vida é um turbilhão de acontecimentos e nós só temos que lidar com eles. A bem ou a mal. Sendo que a bem é mais fácil, não se sente que se trata de um fardo.

Eu gostaria sim, de mostrar o carinho enorme que eu tenho por estas duas amigas que tenho vindo a conhecer. Também elas, mulheres de força, coragem e humildade.

Para a N. e para a S.
O meu Bem Hajam
Posted by Hello

dezembro 06, 2004

Da minha amiga Antidote

Resposta ao meu amigo M., que me deu como mote "we re just two souls swiming in a fishbowl year after year"

Começa por ser embaraçosa, a evocação dos PinkFloyd, que eu ouvi até á exaustão no tempo em que não tinha coragem de procurar musica nas lojas e por esse mundo fora. Um aparte. É também embaraçosa a repetição ad infinito da mesma queixa vinda de varias pessoas que me dão a honra das suas confidencias.

Como em tudo, nunca ninguém é ouvinte para nada a não ser para dizer "é com'a mim" algures "lá para o meo" e começar a desfiar o seu rosário. no meu caso não me apetece nada falar dessa maneira oportunista de mim a não ser para me aproximar de ti, para perceberes que não estou a falar do alto duma cagança, e que, bem, tenho algum prego para meter em estopa.

Pois bem, já perdi ou já me vi á beira de perder uma ou duas relações. Já me vi pelo menos na loucura de as ter perdido pelo menos na minha imaginação, que não é pouco. E sou do tipo relação longa... daquelas que passa o grande fogo inicial muito depressa e se passa á fase de braseiro em volta do qual as pessoas se sentam para se retemperarem e não para se incendiarem. Não espero nunca grandes incêndios de virtuosismo pirotécnico como vêem descritos nos livros que os poetas escrevem, nem me sinto infeliz por não o ter. Nem sequer o procuro. Porque esse incêndio muitas vezes destroi o futuro de qualquer relação. Não sinto que as minhas relações sejam piores ou melhores ou chatas ou cínicas. Muito pelo contrario. Mas deixem me a paixão juntamente com os sapatos á entrada de casa, por favor, ou pelo menos o mais depressa possível. Estou a explicar isto não por necessidade de te impingir o meu sistema, porque o que é bom para mim não é bom para todos, mas apenas para que percebas melhor donde vem isto tudo.

O ponto que eu procuro alcançar é que relação e paixão não tem necessariamente uma coisa a ver com outra. A relação tem a ver com o amor e a necessidade de construir pontes com outra pessoa e um futuro comum feito de compromissos, projectos comuns e claro, algumas cedências, enquanto a paixão procura a consumição da individualidade da presença do ente amado. Dito de outra maneira, enquanto apaixonado a outra pessoa torna se primeiro o teu espelho e depois o teu retrato vivo. Dito de outra maneira, na relação tens espaço para amor e para construir como indivíduo e como parte de algo incompreensível e maior (amares e seres amado), enquanto na paixão ardes tu, arde ela, arde tudo, e depois não fica nada a não ser um grande desapontamento quando vem o dia a dia com a sua rotina asfixiante e aconchegante.

Todas as relações que eu tenho visto, digo eu da minha ignorância e inocência, situam-se em pontos intermédios entre os dois extremos que descrevi, sempre com tendência para puxar ao lado da paixão romântica.

Como quase todos nós vens dum amor de adolescência ou fim de adolescência. As vossas crises confundem se com as crises de retoma da individualidade que todos nós sentimos no principio da vida adulta. "é só isto?" perguntamo-nos, "foi para isto que crescemos tão depressa?"... todos os sacrifícios que se fez para se crescer depressa fizeram nos esquecer a procura do nosso individualismo. Ancoramo nos no amor romântico e erótico confundindo retrato com espelho, desistimos prontamente de sonhos antigos em função de uma felicidade presente, e só quando a adrenalina da peimeira paixão começa a esmorecer, aparece o grande vazio e o pânico.

Já me mandaste calar quantas vezes desde que começaste a ler isto? Se calhar estou errada, não sei.

Só te diria, acalma te, não entres em pânico, pensa não o que queres da relação ou pior ainda o que queres duma relação (essa é a maneira de por as coisas que é mesmo um poço sem fundo). Pensa o que queres fazer realisticamente da tua vida, reencontra o teu individualismo e os teus sonhos, e porque sem duvida a amas e respeitas, ajuda a procurar o dela. E depois encontrem o vosso espaço juntos.
É mais ou menos automático. Porque a rotina não assusta o amor. Assusta-te a ti de tal maneira que tens medo de olhar o Outro.

Para quem procura a paixão permanente, esse vão sempre culpar no outro não ser assim ou assado e vão passar a vida a sonhar com um ideal que não tem nada a ver com a realidade, mantendo as relações que teem ou não. É fácil ficar aborrecido e saltar para a próxima situação excitante ou simplesmente doce e romântica, sem problemas apenas porque nova e vista com os olhos da tal paixão.

Mas de qualquer maneira continuo a achar que amar e conhecer as pessoas continua a ser uma grande e fascinante aventura.

Um beijo.
Antidote

dezembro 05, 2004


Ok. A vida continua.

Fase 2 –
Tentar encaminhar a minha vida para uma fase mais calma, harmonizando a minha vida pessoal com o apoio que dou à minha mãe.

Agora e depois do falecimento do meu pai, a minha mãe é uma das minhas prioridades. Por todo o amor que tenho por ela, por todo o respeito e admiração, a minha mãe merece que eu de facto olhe por ela.

São muitas as histórias que eu poderia contar sobre a minha mãe. Todas juntas - e somente aquelas que eu me lembro e sei – dariam por si só um blog.
È difícil escolher só uma história, pois não há nenhuma que reflicta dentro de si todos os motivos pelos quais a minha mãe é a pessoa que eu mais admiro e amo no mundo.

Que história escolher para falar sobre o amor incondicional dela pelas filhas, sobre o sentido de justiça, compaixão? Que história escolher para falar sobre a forma como ela me educou, como soube amar-me, conhecer-me, entender e acima de tudo ... como sempre me perdoo? Qual será a melhor história: a forma como se despediu de mim no Aeroporto antes de eu mudar-me para Londres; a forma como sempre me defendeu em frente das outras pessoas e para o Mundo; a forma como me deu a vida duas vezes ou a forma como a sua força e humildade interior são um exemplo que eu admiro e tento seguir?

Eu sei, já sei bem que nada nesta vida é eterno. Tudo é temporário, tudo passa ... E ninguém fica cá. Pelos que amamos, há que ama-los em vida, respeitá-los, faze-los sentirem-se seguros. A minha mãe fez-me sentir muito segura e feliz, é a minha oportunidade de retribuir.

Porém, há que haver um balanço.
Esta será uma parte da minha vida, não a minha vida.

dezembro 01, 2004

Eleições Antecipadas ...

... Afinal o Pai Natal sempre existe!