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março 09, 2004

Eu e Londres

Parece-me que chegou a altura de me apresentar!
Quem sou eu? Sou a Helena, nick Avalone, tenho 32 anos que rockam e sou uma Aquariana orgulhosa. Actualmente vivo em Londres, mas, em breve volto para Portugal!!

Desde os finais de Setembro de 1998 que vivo em Londres. Apaixonei-me por uma actriz Inglesa que estava a trabalhar com a companhia dela - The Natural Theatre - na Expo 98. She is the Lady in Pink ...




Pois bem, a coisa engraçada foi que quando eu cheguei, ainda nem tinha trazido as minhas malas todas para Londres, 3 dias após eu ter chegado, a Pink disse-me de que se sentia “Claustrophobic” no seu próprio quarto! Eu que nessa altura só tinha o Inglês de Escola. Mas eu sabia exactamente o que ela queria dizer ... claustrofóbica.
Claro que fiquei incrédula... Crash and Burn Sunshine, yeeaaahhhh!

Só nunca compreendi... exacto – agora me lembro – só que nunca soube ao certo porquê. O que foi que havia em mim nessa altura, que ela não tivesse visto em Lisboa?
Em Lisboa, foi tudo muito ... muito Summerlove. Assim, típico dos filmes mesmo. As duas trabalhávamos durante o dia, às 7 da tarde íamos ver o pôr do sol a Cascais, comer morangos e beber vinho branco, enquanto líamos poesia uma para a outra. Enquanto falávamos do tudo e do nada. Em Lisboa, eu era esta muito cool latin lesbian que a levava aos bares, onde as pessoas sabiam o meu nome, onde os meus amigos nos arranjavam entradas para espectáculos.

Nunca soube o que aconteceu 3 dias em Londres!
Na noite em que a Pink me disse de que eu poderia ficar em Londres com ela, mas não como namorada, nós tínhamos ido ver um musical com uns amigos dela, From Jack to a King, naquela noite eu fui mais de King para Jack! Não sei. Pois, que não sei se de repente eu já não era tão cool. Afinal de contas, os amigos dela pensavam que não havia metro em Lisboa, de que não havia electricidade no norte de Portugal. Definitivamente, Not cool ... não. Portugal? What is that?

Mas, decidi ficar em Londres.
Na segunda-feira de manhã quando acordei depois das notícias da véspera. Levantei-me e fui para a rua. Completamente nova na zona, com a língua, com os hábitos desta terra, fui. Fui ver o grande monstro. Sentei-me num banco em frente à Biblioteca de Brixton e fiquei a olhar o rebuliço das 8:00 da manhã.

Pessoal a correr para o metro, pessoal à espera dos autocarros, luzes verdes os carros a andar, luzes vermelhas e as bicicletas a passar. Mendigos, sem abrigo, pessoas que passam com cafés ... observava e pensava que hipóteses tinha: Ou decidia voltar para Portugal e levava aquilo que tinha comigo em Londres ou voltava para Portugal para ir buscar o resto das coisas e ficar em Londres. Embora, eu tivesse perdido algo, pelo menos perdi-o na melhor altura. No momento em que eu estava mesmo no meio de dois caminhos possíveis , onde eu me encontrava completamente dividida, mas em ambos os lados eu tinha que fazer a mesma coisa. Independentemente de tudo, se eu voltasse para Lisboa, tinha que procurar uma casa, um trabalho ... se eu ficasse em Londres eu teria que ... procurar casa ... trabalho. Simples!

Assim sendo, porque não nesta cidade. Londres?

Afinal de contas, Lisboa já eu conheço e por aqui, desde de que eu mantenha a minha vida, sempre dá para ir descobrindo coisas. Pelo que eu vi nessa manhã, foi apenas mais uma Cidade, onde as pessoas tal como em Lisboa correm para o metro e o tráfico da hora de ponta.

Fiquei. E tenho tido muita sorte, tem sido uma experiência de vida fantástica. Superb ... as they say. Passadas 3 semanas após ter aterrado de vez, encontrei um emprego nos escritórios de contabilidade da cadeia de ginásios Holmes Place, onde a pessoa que me entrevistou, a Regine, é hoje uma das minhas melhores amigas. Tive sorte de com o primeiro emprego vir também uma pessoa que me ajudou muito a adaptar-me.

Muita coisa aconteceu nestes 6 anos. Eu deveria de ter começado este Blog à mais tempo. Talvez um dia eu faça um blog com a aventuras de uma “citizen” na Citizen Meca of the world ... Londres. Snapshot do passado?

Durante 3 meses brinquei de relações públicas com a tribo lésbica. Austrália, UK, Irlanda, Somalia ...
Jan 99 começo uma relação com uma Irlandesa que durante um ano me deu a calma de que eu precisava para finalmente me centralizar. Mas, a pessoa tinha problemas alcoólicos e a relação deu de si Abril a Nov de 2000, tenho altos e baixos. Não me envolvo com ninguém , vivo a vida com os meus amigos, nos momentos baixos ... eu e a Irlandesa tentamos voltar, mas não deu mesmo. A relação torna-se abuso.

Durante este período, tomo contacto com a vida da Tribo Lésbica em pleno. Os bares, as festas, os barbecues ... e também os grandes concertos, e todos os dias poderias ir a um concerto diferente.
Também nesta Altura, o meu trabalho ia bem, mas ser Assistente de Contabilidade não era o meu máximo de vida e comecei a tirar cursos de web design. Em Set de 2000 consegui o emprego que queria ... Web Manager! Continuo hoje com a mesma empresa, e mais, sou uma das felizardas, que tem o escritório em casa!

Nov 2000 a Jan 02
Este foi o período mais interessante, mais feliz, mais estimulante, mais vívido que alguma vez tive na vida. Se tem que haver aquele momento, onde tu estás a fazer algo, mas depois reparas de que ... tu conseguiste! Tu tens o emprego que queres, que te paga aquilo que necessitas para os teus gastos egadgets. Tu tens uma namorada com qual tens a melhor relação da tua vida. Tu tens o teu próprio espaço e uma cama King Size com quem partilhas com a namorada quando fica lá em casa... Definitivamente esta é a altura de comprar a T-shirt: Made London.

Depois houve mais episódios ...
mas esses ficam para outros dias!

Avalone, nas brumas

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